Novidade no campo da cirurgia robótica: Pesquisadores italianos desenvolveram uma ferramenta para a navegação cirúrgica intra operatória que sobrepõe, em tempo real, imagens de modelos tridimensionais da anatomia do paciente às imagens captadas pelos equipamentos cirúrgicos durante o procedimento videolaparoscópico ou robótico. 

O estudo compara esse recurso à ultrassonografia e foi divulgado na edição de novembro de 2019 da revista @euro_urol, uma publicação da Associação Europeia de Urologia. 👨🏻‍🔬

Ao utilizar o Sistema Cirúrgico da Vinci, por exemplo, o cirurgião já tem visualização em 3D, com um aumento de até 15 vezes da área operada. Com o novo recurso, ele vai enxergar ainda melhor as estruturas a serem operadas.

Se pensarmos, por exemplo numa nefrectomia (cirurgia indicada para casos de câncer de rim), fica fácil entender as vantagens da tecnologia: evitar que o paciente perca todo o órgão, permitindo que apenas a parte com tumor, mesmo os de maior extensão, seja extraída durante a operação. 🕹️

No estudo, os modelos tridimensionais foram criados a partir de tomografias computadorizadas pré-operatórias. Depois, com uma plataforma desenvolvida especialmente para essa finalidade, os modelos podem ser “manipulados” de acordo com a intervenção a ser feita. Por fim, esse vídeo é sobreposto às imagens da anatomia do paciente em tempo real e é exibido no monitor do Sistema Cirúrgico da Vinci. 

Interessante, não é? Reconstruções de alta precisão como essa são possíveis graças à colaboração entre urologistas e bioengenheiros. Assim, a nefrectomia parcial pode ser feita aliando duas das mais modernas tecnologias para o tratamento do câncer de rim: cirurgia robótica e realidade aumentada 🤝

De maneira geral, os resultados demonstraram que o uso de Realidade Aumentada tridimensional diminuiu o risco do desenvolvimento de complicações pós-operatórias, além de ter mostrado um impacto positivo no retorno da função renal pós-cirurgia. 👍🏻

A técnica ainda apresenta algumas limitações. Exige uma grande equipe de profissionais, além de ser necessário realizar novos estudos utilizando um grupo amostral maior. No entanto, ela já aponta possibilidades de aperfeiçoar ainda mais a cirurgia e, consequentemente, a recuperação e qualidade de vida dos pacientes. 🔭