O tratamento padrão para o câncer de rim é a remoção parcial ou total do órgão, já que esse tipo de tumor não costuma responder bem à quimio ou radioterapia. Além disso, quando uma massa é identificada no rim do paciente, é difícil dizer se é maligna ou benigna. Então, a cirurgia é fundamental, já que ela vai permitir fazer a biópsia.
A decisão de remover todo o órgão ou somente a parte comprometida pelo câncer vai depender do tamanho do tumor, da sua localização e do estado de saúde do paciente.
Atualmente, a nefrectomia parcial, nome da cirurgia de retirada de parte do rim, pode ser feita por cirurgia robótica, com grandes benefícios para o paciente.
Devido à sua precisão, essa tecnologia possibilitou que mais pacientes pudessem continuar com os dois rins ativos, mesmo depois do tratamento de câncer.
Como é a cirurgia robótica para câncer de rim
Com o paciente sedado, são feitas pequenas incisões em seu abdômen, por onde serão inseridos os instrumentos robóticos. Esses cortes substituem a grande feita durante a nefrectomia aberta, possibilitando uma recuperação mais rápida e menores chances de complicações.
O cirurgião opera sentado, enxergando por um visor que exibe imagens 3D em tempo real de dentro do corpo do paciente. Com os dedos, ele controla os movimentos dos instrumentos que vão fazer a ressecção do tumor, preservando o maior número de néfrons (estruturas responsáveis pela filtragem do sangue) possível, na nefrectomia parcial.
Essa é uma cirurgia considerada delicada porque um grande fluxo sanguíneo passa através da artéria e veia renal. Para impedir o sangramento excessivo, o médico poderá utilizar uma técnica chamada clampeamento (ou isquemia) dos vasos renais. Depois de fazer o clampeamento, é necessário ser muito rápido para restabelecer o fluxo sanguíneo e não danificar os tecidos saudáveis.
Caso não seja possível realizar a isquemia, haverá maior sangramento na região e, mais uma vez, agilidade é fundamental na hora da sutura. Em ambas as situações, a cirurgia robótica é uma grande aliada, porque permite que o cirurgião realize o procedimento com muita rapidez e precisão.
Como a tecnologia infravermelha ajuda na cirurgia robótica para câncer de rim
Uma das novidades nos últimos anos que possibilitou levar a cirurgia robótica a um novo nível de precisão, principalmente para compensar a falta de sensibilidade tátil, foi a tecnologia infravermelha, também chamada de Firefly.
Essa técnica utiliza um corante de lidocaína que fica verde brilhante quando uma câmera especial de infravermelho é utilizada durante a cirurgia, possibilitando melhor visualização do tecido saudável, além de acompanhar o suprimento de sangue para o tumor.
Ela pode ser utilizada em três fases diferentes do procedimento:
- Na primeira, o anestesiologista injeta o corante por via venosa, o que fornece uma imagem detalhada do suprimento de sangue ao rim.
- A segunda injeção permite que o cirurgião diferencie melhor o tecido canceroso do tecido renal saudável, diminuindo a possibilidade de deixar fragmentos do tumor para trás ou de ressecar porções sadias.
- A terceira e última injeção de corante vai garantir que o suprimento de sangue para o rim foi devidamente restaurado.
É importante ressaltar, no entanto, que nem toda nefrectomia parcial necessita da tecnologia infravermelha.
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