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3 perguntas frequentes sobre a próstata

É muito comum que o paciente chegue ao consultório com milhares de dúvidas e preconceitos a respeito do exame de próstata e um total desconhecimento acerca de sua importância para o diagnóstico precoce de doenças como o câncer. Segundo o INCA, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, e muito desse motivo se dá à falta de informação, preconceito e até vergonha. 

Por isso, hoje, venho esclarecer algumas questões: como é o exame de próstata? Com que idade devo começar a fazer o exame? O tratamento do câncer de próstata provoca incontinência urinária?

Confira!

Importância da próstata

Muito se fala em próstata, mas você sabe qual é a sua utilidade? Bom, a próstata é uma glândula do sistema genital masculino, que fica na frente do reto e logo abaixo da bexiga urinária. Podemos dizer que o seu tamanho varia de acordo com a idade. Por exemplo, em homens mais novos, ela costuma ser do tamanho de uma noz, mas pode crescer com o avançar da idade.

Sua principal função é produzir o fluido que serve como proteção e nutrição dos espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. 

Como é o exame de próstata? 

Por causa do preconceito que envolve o exame, muitos homens são diagnosticados com algum problema no órgão, como o câncer, quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma alta taxa de óbitos. Quando identificado em fase inicial, o câncer de próstata tem altos índices de cura.

Por isso, é tão importante fazer regularmente o exame de próstata, já que eles avaliam se há alterações presentes na glândula. Os exames, conhecidos como PSA e toque prostático, servem para diagnosticar a condição antes mesmo do surgimento de sintomas. O PSA avalia os níveis de concentração dessa glicoproteína que é produzida, primariamente, pelas células epiteliais da próstata. A sua presença no sangue do homem não é anormal, desde que a quantidade esteja equilibrada.

Caso haja alterações nesses exames, o médico especialista poderá solicitar outros, como medição do jato de urina e ultrassonografia transretal, para melhor investigação de tumores que podem ser malignos e evoluírem para câncer.

Com que idade devo começar a fazer o exame?

Simples. Se há na família alguém que tenha tido câncer de próstata, o homem deve começar o preventivo mais cedo, a partir dos 45 anos. Se não tem nenhum histórico na família, aí, sim, pode começar aos 50 anos.

O tratamento do câncer de próstata provoca incontinência urinária?

No caso de câncer, o cirurgião talvez precise cortar o músculo para retirar todo o tumor com uma boa margem de segurança, o que pode ocasionar perdas urinárias no pós-operatório.  Dependendo do quanto se corta o músculo, o paciente pode ter uma perda da continência ou incontinência urinária completa.

Porém, isso ocorre muito raramente, sendo em apenas 1% dos pacientes, geralmente aqueles obesos, sedentários e que fazem uso de cigarro. Os demais tendem a apresentar um grau de incontinência temporária, que some depois do tratamento. 

Vale dizer também que a radioterapia, tratamento muito comum do câncer, não deixa o paciente com incontinência urinária.

Obesidade X saúde urológica

Muitas pessoas não sabem o quanto a obesidade influencia na saúde urológica, mas é uma realidade. A obesidade aumenta o risco de a pessoa desenvolver diversos tipos de doenças. A exemplo, podemos citar câncer de rim e próstata, cálculos renais e problemas no trato.

Continue a leitura para saber mais!

Sobre a obesidade

Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a obesidade como uma doença crônica, ou seja, que demanda tratamento específico e de longo prazo. Ela, hoje, é definida como um depósito de excesso de gordura que prejudica a saúde.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, o índice de obesos jovens aumentou muito no país na última década. Entre 2003 e 2019, por exemplo, o número passou de 12,2% para 26,8%. Além disso, há uma preocupação com a obesidade feminina, que subiu de 14,5% para 30,2%.

A obesidade é considerada uma doença multifatorial e pode causar problemas como hipertensão, diabetes, infarto, AVC, infertilidade e sobrecarga da coluna e dos membros inferiores, sem contar os sintomas sociais e psicológicos envolvidos. 

Obesidade X saúde urológica

Como dito, a obesidade pode aumentar o risco de patologias como câncer de rim e próstata, cálculos renais, problemas no trato urinário como incontinência, litíase renal e hiperplasia prostática benigna.

Além do mais, a obesidade é  fator de risco para vários tumores urológicos, por exemplo o câncer de próstata e o câncer de rim.

Vale destacar que ela pode contribuir para o surgimento de disfunções sexuais, uma vez que, quando o paciente é obeso, fica com a produção de testosterona prejudicada. 

Tratamento

Uma alimentação saudável é um dos primeiros passos para o tratamento da obesidade. Nesse sentido, adote uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras, laticínios com baixo teor de gordura e gorduras saudáveis. Escolha também alimentos ricos em fibras e proteínas, pois eles são mais nutritivos e ajudam a se sentir mais satisfeito.

Somando-se a isso, vale a pena praticar exercícios regulares como caminhada, ciclismo ou natação para queimar calorias extras e fortalecer o seu corpo.

Isso sem falar da importância de controlar o estresse, que pode levar ao ganho de peso. Aprenda técnicas de relaxamento e pratique exercícios de respiração profunda para reduzir os níveis de estresse.

Por fim, tente, ainda, obter entre 7 e 8 horas de sono por noite, pois isso ajuda a regular os hormônios relacionados à saciedade e à fome.

Para que sua saúde urológica fique em dia, faça o acompanhamento periódico com o urologista. Assim, você garante uma qualidade de vida maior e a chance de diagnósticos precoces.

Câncer de bexiga: sangue na urina é um sinal que merece atenção!

Muito pouco ainda se fala sobre o câncer de bexiga, porém, você sabia que ele está entre os dez tipos de câncer mais comuns do mundo? 

Sabendo disso, é importante ficar atento aos sinais, que podem ser parecidos com outras doenças no trato urinário. O sangue na urina, por exemplo, é um sintoma que merece bastante atenção. 

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Câncer de bexiga

A bexiga é o órgão que armazena a urina antes de ser eliminada do corpo. Durante a micção, os músculos da bexiga se contraem e a urina é eliminada através da uretra.  O câncer de bexiga ocorre quando parte das células do órgão começam a crescer e a se multiplicar de forma desordenada, criando tumores que podem invadir órgãos vizinhos. 

Trata-se de uma doença que possui alto risco de recidiva, além de progressão rápida. Mesmo que o paciente não sinta dor ao urinar, mas identifique sangue na urina, é preciso buscar ajuda profissional, visto que esse é o principal sintoma do tumor. Como é um sinal visível, isso faz com que os pacientes busquem ajuda médica logo. Por isso, normalmente, os tumores são diagnosticados no início.

Outros sintomas incluem desconforto ao urinar, vontade de fazer xixi várias vezes ao dia, dores na região pélvica e redução da urina. Em casos mais avançados, os pacientes podem apresentar sintomas como perda de peso, cansaço, fraqueza, perda do apetite, dor óssea e incapacidade de urinar. 

Mas vale dizer que esses sinais também são comuns em outras doenças como infecção urinária, aumento benigno da próstata, bexiga hiperativa e pedras nos rins e bexiga.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco podem contribuir altamente para o câncer de bexiga, como o tabagismo, responsável por mais da metade dos casos. As substâncias químicas presentes no cigarro entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins. Na bexiga, a urina ainda carrega seus componentes e pode danificar as células do órgão.

Outros fatores incluem:

  • exposição a diversos compostos químicos
  • baixo consumo de líquidos
  • analgésicos em excesso
  • idade e etnia

Tratamento

Quando o câncer de bexiga está nos estágios iniciais, o tumor pode ser retirado por via endoscópica através da uretra, com uma ressecção transuretral endoscópica. Contudo,  em estágios mais avançados, pode ser necessária a retirada total da bexiga e órgãos próximos. 

Por isso, seja qual for o sintoma, não hesite em procurar um urologista, afinal, as causas para esse problema podem ser várias, porém, quanto antes for tratado, mais chances de sucesso.

Cirurgia robótica no câncer de bexiga: entenda!

A cirurgia robótica é uma tecnologia que veio mesmo para ficar. É indiscutível que os robôs vêm revolucionando a medicina, já que, com pequenas incisões, é possível retirar tumores, ter uma ampla visão da região e contar com muito mais precisão. A cirurgia robótica, por exemplo, tem sido eficaz quando o assunto é o câncer de bexiga.

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O câncer de bexiga

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, cerca de 10 mil novos casos de câncer de bexiga são diagnosticados no Brasil. Esse tipo de câncer é o 6º mais comum nos homens e o 19º mais frequente nas mulheres. A maior incidência no sexo masculino está atrelada a hábitos como o fumo e contato com outras substancias químicas. 

A partir de sintomas sugestivos da doença, como dor ao urinar e sangue na urina, os pacientes podem ser submetidos a testes clínicos, laboratoriais ou radiológicos. Alterações como urgência para urinar ou aumento da frequência urinária também são sintomas que merecem atenção e investigação.

Nos casos mais avançados, podem ocorrer sintomas como perda de peso, cansaço, fraqueza, perda do apetite, dor óssea e incapacidade de urinar. Porém, vale destacar que esses sintomas também são comuns em outras doenças como infecção urinária, aumento benigno da próstata, bexiga hiperativa e pedras nos rins e bexiga.

Na presença de sintomas, é fundamental buscar o auxílio de um profissional o quanto antes. O diagnóstico será feito após exames e a alternativa de tratamento vai depender do grau de evolução da doença.

Cirurgia robótica no câncer de bexiga

Há uns anos, usava-se a cirurgia aberta para tratamento de câncer na bexiga, chamada de cistectomia, onde se fazia um grande corte do abdômen. Mas, hoje em dia, a cirurgia robótica vem oferecendo uma opção menos invasiva para este tipo de procedimento.

Sendo uma técnica minimamente invasiva, essa cirurgia é feita com incisões mínimas, o que diminui o tempo de recuperação e internação, oferecendo mais conforto ao paciente e menos riscos de infecções, por exemplo.

A cirurgia robótica permite que o cirurgião tenha uma excelente visão da cavidade interna e uma ótima precisão dos movimentos. Consequentemente, há menor chance de sangramento e maior segurança para realizar a retirada do tumor.

Câncer de próstata: 20% dos casos são diagnosticados em estágio avançado

Você sabia que aproximadamente 20% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata possuem o tipo localmente avançado do tumor? Esse tipo diz de tumores que cresceram a um nível que afetou as estruturas próximas à próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e em frente ao reto, porém, sem acometer os gânglios ou apresentar metástase.

Vamos entender melhor? Continue a leitura!

O câncer de próstata

A próstata, sem dúvidas, é um dos temas mais abordados quando falamos sobre saúde masculina. O câncer de próstata se caracteriza como uma doença silenciosa, que representa 29% dos diagnósticos da doença no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que apontam ainda para mais de 65 mil novos casos a cada ano.

Nos estágios iniciais, a patologia não costuma causar nenhum sintoma ao homem. Contudo, em estágio avançado, pode apresentar sinais como dor óssea, perda de peso, hematúria, retenção urinária e dificuldade na micção. Entre os fatores de risco, podemos citar a idade avançada, o histórico familiar, a obesidade e o uso de tabaco.

20% dos pacientes têm o tipo localmente avançado

Esse número, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pode ser fruto da pandemia. Em função dela, 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico. Ainda há aqueles que sentem o preconceito, sobretudo quando o assunto é o exame de toque. Mas o que seria o tumor avançado?

O tumor localmente avançado da próstata costuma atingir a gordura em torno da próstata, a vesícula seminal e a bexiga. Mesmo sendo de alto risco para os pacientes, ainda existe um alto índice de cura quando é tratado de forma adequada e precoce. Estudos apontam que as chances de cura são superiores a 80%.

Para isso, é preciso fazer a cirurgia para a retirada local da próstata, procedimento nomeado como prostatecmonia radical, enviando o material coletado para análise em laboratório para confirmação do estágio do câncer. Mas, além disso, existem algumas técnicas, como a laparoscopia e a cirurgia robótica, que trazem excelentes resultados.

Por meio dessas técnicas, os cirurgiões conseguem fazer pequenas incisões e inserir instrumentos especiais a fim de remover a próstata de maneira menos invasiva e com mais precisão dos movimentos. Essas alternativas aceleram o tempo de recuperação do paciente e diminuem o risco de complicações, como infecções.

Existem, ainda, outras opções que englobam a radioterapia e a hormonioterapia, entretanto, vale lembrar que a melhor escolha depende de uma análise criteriosa de cada caso. 

Prevenção

O ideal é realizar o exame de PSA e o exame de toque retal para identificar o câncer. Se necessário, é possível solicitar exames adicionais como ultrassom e biópsia. Vale lembrar que a rotina urológica após os 40 anos é fundamental, pois, em estágios precoces, o câncer de próstata tem boas chances de cura com o tratamento adequado.

Além disso, existem alguns cuidados que todos devem seguir, como não ficar muito tempo sem urinar, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de álcool, ficar longe de cigarros e controlar doenças como diabetes, pressão alta e problemas de colesterol. 

Também vale a pena contar com um médico de confiança para realização de consultas e check-up anual. 

Inovações no tratamento de incontinência urinária

Você sabia que qualquer perda de urina, mesmo que seja somente algumas gotas de xixi, já é considerada incontinência urinária? Sim, isso porque perder urina não é normal, independentemente da idade, sexo e da atividade que estiver sendo realizada no momento. 

Se isso acontece com você, é necessário investigar a sua causa e procurar o devido tratamento, pois a incontinência urinária não é somente um problema físico. Ela pode afetar aspectos emocionais, psicológicos e a vida social das pessoas, já que muitos que têm essa condição têm vergonha ou  medo de fazer suas atividades diárias normais para evitar expor o seu problema.

Sabendo disso, entenda melhor a doença e veja as inovações no tratamento!

O que é a incontinência urinária?

Como dito, trata-se da perda involuntária de urina pela uretra. Esse é um distúrbio mais comum no sexo feminino e pode se manifestar tanto depois da menopausa quanto em mulheres mais jovens. A doença ocorre em até 30% da população acima dos 60 anos de idade e, de acordo com dados, é duas vezes mais frequente em mulheres.

 

As causas giram em torno de:

-gravidez e parto;

-distúrbios musculares ou nervosos;

-tumores malignos e benignos;

-doenças que comprimem a bexiga;

-obesidade;

-tosse crônica dos fumantes etc.

Para quem não sabe, existem quatro tipos de incontinência urinária. Veja só:

  • De esforço: perda de xixi ao espirrar, tossir, gargalhar ou carregar peso;
  • Transbordamento: perda de urina sem sentir vontade de ir ao banheiro;
  • De urgência: vontade descontrolada de urinar, com ou sem a sensação de perda de urina antes de chegar ao banheiro;
  • Mista: junção de mais de uma das queixas, como perda por esforço e transbordamento. 

Como tratar a incontinência?

Hoje em dia, existem algumas novidades para tratar o problema. Uma técnica aplicada é a neuromodulação sacral, que funciona como um marca-passo. Porém, o dispositivo é implantado no glúteo com a função de ajustar a condução dos sinais nervosos pela bexiga, para, assim, acabar com o seu imediatismo. 

A novidade é o lançamento de um aparelho para fazer essa tarefa, que diferentemente dos anteriores, é recarregável, com vida útil três vezes maior do que o neuromodulador convencional e ainda permite que o paciente possa fazer um exame de ressonância magnética, se necessário.

E como funciona essa neuromodulação sacral? Basicamente, o cirurgião coloca um eletrodo até ele quase encostar na inervação que segue para a bexiga. O dispositivo ficará conectado a um estimulador externo, pouco menor do que um celular e preso a um cinto. Essa etapa dura uma semana e serve para o médico fazer ajustes na estimulação.

A resposta sendo boa, é feito o implante do dispositivo, do tamanho de um pen drive, na região do glúteo.

Outra opção de tratamento é por meio de injeções de toxina botulínica diretamente em alguns pontos da bexiga. A técnica diminui  a sensação de que a bexiga está cheia e reduz as suas contrações. Porém, o procedimento precisa ser refeito periodicamente.

Pandemia afeta diagnóstico de câncer de pênis

Pandemia afeta diagnóstico de câncer de pênis

O mês de fevereiro é marcado por uma importante campanha da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): Prevenção ao Câncer de Pênis. Apesar de não ser uma doença tão recorrente, acometendo cerca de 2% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, o câncer de pênis, se não diagnosticado de forma precoce, pode levar a graves consequências, como a amputação do membro. 

 

E a pandemia provocada pela Covid-19 fez com que o diagnóstico da doença caísse bastante, se comparado aos anos anteriores. De acordo com o Datasus, em 2019, o Brasil registrou 2.197 casos da doença, enquanto em 2020, ano em que se iniciou a pandemia, o número de diagnósticos de câncer de pênis não passou de 1.791. 

 

Sem diagnóstico precoce, as chances de um tratamento mais conservador para o câncer de pênis são reduzidas de forma drástica. Só para efeito de comparação, em 2019 quando foram registrados mais casos da doença, o número de penectomia (amputação do pênis) foi de 637 casos, enquanto que em 2020, mesmo com um número menor de diagnósticos, as amputações chegaram a 455. Esses dados revelam que, mesmo com menor número de diagnósticos, os casos estão cada vez mais graves, sendo a penectomia a única solução definitiva para combater a doença. 

 

A penectomia traz várias consequências para a qualidade de vida do homem muito além da sexualidade. Além do preconceito que envolve a doença, o paciente pode ter dificuldades para urinar, não conseguir mais ter relações sexuais satisfatórias e problemas emocionais graves. 

 

Fatores de risco para o Câncer de Pênis

 

A doença ainda está bastante ligada a fatores culturais e à vulnerabilidade social. Infelizmente, ainda não é comum falar abertamente sobre os cuidados com a saúde íntima e a má higiene do pênis é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. O simples ato de lavar a genitália com água e sabão já ajuda o homem a se prevenir do câncer. 

 

Outros fatores de risco são: 

  • Papilomavírus Humano, HPV, infecção sexualmente transmissível que causa desde verrugas até o câncer de pênis; 
  • Fimose; 
  • Tabagismo;
  • Doenças sexualmente transmissíveis;
  • Lesões no pênis não tratadas;
  • Zoofilia. 

 

O câncer de pênis também está ligado à falta de saneamento básico, baixo índice de escolaridade, difícil acesso ao sistema de saúde e higiene inadequada do local. 

 

Sinais e Sintomas

 

Uma das maneiras de detectar a doença de forma precoce é observar o órgão genital. Lesões no pênis avermelhadas ou que mudam de cor, prurido na região, feridas que não cicatrizam, alteração na textura do pênis, principalmente em cima da lesão que podem se tornar mais ásperas, secreção malcheirosas, verrugas, nódulos no pênis ou na região da virilha merecem uma atenção especial e uma consulta com o médico urologista. 

 

Prevenção e Diagnóstico Precoce

 

Além da higienização adequada, é impressidível que os homens usem preservativos em todas as relações sexuais e façam a postectomia, que é a retirada da fimose. Crianças e adolescentes também devem ser vacinados contra o HPV, que ajuda a proteger contra a doença na fase adulta. 

 

O tratamento vai depender, em grande parte, do grau de acometimento das lesões no pênis. Em tumores pequenos, o médico consegue ressecar os nódulos, mantendo o órgão e com chances de cura bastante elevadas. Em pacientes com diagnóstico tardio e lesões extensas, a penectomia parcial ou total pode ser a única alternativa. 

 

Infelizmente, o Brasil hoje está entre os países com maior incidência de câncer de pênis do mundo, comparado a nações cujo índice de pobreza é bastante elevado. Por isso mesmo, campanhas como essa realizadas pela Sociedade Brasileira de Urologia são tão importantes para esclarecer sobre a doença e promover a prevenção e o diagnóstico precoce. 

Doenças neurológicas podem causar distúrbios na bexiga

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de um bilhão de pessoas no mundo tem algum tipo de doença neurológica.

Quando a pessoa sofre com alguma doença neurológica, entre outros problemas, ela pode ficar com os movimentos comprometidos, distúrbios de sono, tremores, desequilíbrio, problemas olfativos e até urinários. 

Isso porque o sistema nervoso comanda também a bexiga, fazendo com que ela segure a urina na hora certa e promova o relaxamento durante a micção. Porém, traumas e algumas dessas doenças neurológicas causam uma distúrbio na bexiga, fazendo com que ela deixe de controlar o ato miccional, causando a incontinência urinária. Quando esses músculos e nervos trabalham de maneira desordenada, a bexiga não sabe a hora de reter ou esvaziar seu conteúdo. 

Causas

Em pessoas com distúrbios neurológicos, os nervos e os músculos não funcionam muito bem juntos. Como resultado, a bexiga pode não encher ou esvaziar corretamente. Com a bexiga hiperativa, os músculos podem estar hiperativos e contrair com mais frequência do que o normal antes que a bexiga esteja cheia de urina, levando à micção frequente. Em outros casos, os músculos do esfíncter não são fortes o suficiente e deixam a urina passar antes da pessoa estar pronto para ir ao banheiro, causando a incontinência urinária.

Em outras pessoas, o músculo da bexiga pode estar sub ativo. Ele não vai espremer quando está cheio de urina e não vai esvaziar totalmente, sendo que por mais que o paciente faça força para urinar, ela não consiga de forma satisfatória.

Tratamento 

Além do acompanhamento da doença neurológica em si, o tratamento das doenças da bexiga deve ser orientado por um urologista, que vai levar em consideração: a idade do paciente, saúde geral e histórico médico, a causa do dano  neurológico, a gravidade dos sintomas etc. 

Com base nesse diagnóstico, os objetivos do tratamento serão definidos e tendem a controlar os sintomas, prevenir danos ao trato urinário e melhorar as idas ao banheiro por parte dos pacientes. Em geral, mudanças no estilo de vida e treinamento do assoalho pélvico ajudam a resolver o problema, porém quando estes tratamentos paliativos não fazem efeito, o médico pode recomendar o uso de algumas medicações para relaxar os músculos no caso da bexiga hiperativa ou cateteres usado no tratamento da bexiga hipoativa. Este pequeno tubo é inserido na uretra para ajudar a esvaziar completamente a bexiga. 

O importante é que você saiba que existe tratamento para os problemas de bexiga decorrentes dos distúrbios neurológicos e quanto antes você começar a tratá-los, melhor vai ser a sua qualidade de vida. 

Informação é poder

 

É normal ao sentir uma dor ou sensação estranha no corpo consultar o Dr. Google para tentar achar um ‘diagnóstico’. E esse não é um hábito comum somente do brasileiro. Estima-se que 70 mil buscas relacionadas à saúde são realizadas no Google por minuto, ou seja, a cada 20 pesquisas, uma é sobre o assunto.

Mas, essa pesquisa, aparentemente inofensiva, pode esconder alguns perigos. Isso porque muitas informações contidas na web, além de não serem 100% seguras e confiáveis, podem enganar o paciente com relação aos sintomas. E fazer com que tome ações inadequadas, como a automedicação, por exemplo. 

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, pesquisar doenças na internet pode fazer com que o paciente se sinta realmente pior e em apenas ⅓ das vezes, os sintomas coincidem com o diagnóstico correto. 

Por isso, é importante que ao perceber algum sintoma que se mantenha por dias ininterruptos, um médico seja consultado. Afinal, ele é o único profissional capacitado  a oferecer um diagnóstico correto. 

Além das queixas do paciente, o médico vai se apoiar em testes físicos, exames laboratoriais, de imagem, histórico familiar e, se necessário, consultar outros especialistas. Só então irá propor um tratamento. 

Importância da Informação de Qualidade

Em tempos de fake news e notícias consumidas pelo whatsapp, a informação de qualidade se faz mais que necessária, e inclusive ajuda a salvar vidas. E o  direito à informação está garantido na Constituição brasileira, bem como o direito à saúde.  

Por isso, eu mantenho vários canais de comunicação (Instagram, Facebook, Site, Youtube) para que meus pacientes possam se informar sobre a saúde e tirar suas principais dúvidas em relação aos procedimentos, recuperação, tratamentos etc.

Isso porque um paciente bem informado ajuda não somente na hora do diagnóstico médico. Como em todo o processo de tratamento, por estar mais consciente de tudo o que foi feito e do seu papel como protagonista para sua recuperação. Quanto mais bem informado o paciente chega ao consultório, mais produtiva é a consulta e é dever do médico incentivar esses questionamentos.

Dica importante: Diante de tudo que foi falado até aqui, se manter bem informado é fundamental para a adesão do paciente ao tratamento. Mas, é importante ficar atento a todas as informações que se recebe da internet. Na hora de pesquisar sobre a saúde busque fontes confiáveis, como o blog do seu médico de referência, sites das sociedades médicas ou de hospitais. Informação é poder, mas desde que ela seja segura e confiável. 

Johnson & Johnson pesquisa bloqueador de células cancerígenas que repara, ao mesmo tempo, o dna danificado

Johnson & Johnson pesquisa bloqueador de células cancerígenas que repara, ao mesmo tempo, o dna danificado

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, apesar do número de pacientes com câncer de próstata ter diminuído nos país na última década, a doença metastática dobrou, passando de 4% para 8% dos pacientes. 

Isso porque, certas mutações genéticas podem ser mais agressivas e gerar o câncer metastático em pacientes mais jovens, como os genes BRCA. 

Os genes BRCA1 e BRCA2 produzem proteínas que ajudam a reparar o DNA danificado, porém, quando apresentam variantes ou mutações, o câncer pode se desenvolver. Como os  genes não podem reparar células danificadas como faziam anteriormente, as células cancerígenas passam a se desenvolver sem controle. 

Como forma de conter a doença, a empresa farmacêutica americana Johnson & Johnson está desenvolvendo uma nova medicação capaz de bloquear as células cancerígenas do câncer de próstata ao mesmo tempo que repara o DNA atingido pela doença. 

Testes Clínicos

A empresa está realizando testes clínicos para uma nova forma de tratamento do câncer de próstata para pacientes com esta mutação genética, mas que também pode ser estendida a outras, como FANCA, PALB2, CHEK2, BRIP1, HDAC2 e ATM.

O DNA Damage Repair Factor, como essa nova droga tem sido chamada pela Johnson & Johnson, ajuda as células a se recuperarem dos danos, por meio de medicamentos como a polimerase ou inibidores de PARP. Esses inibidores fazem com que as células doentes não consigam se reproduzir e acabem morrendo.

Pesquisas realizadas pela empresa mostraram que os PARP são especialmente benéficos para pacientes com câncer de próstata avançado,  que tiveram uma mutação BRCA, pois as células cancerosas seriam mais sensíveis aos inibidores de PARP.

A indicação é que esse novo medicamento seja utilizado a partir da descoberta da doença com essas mutações, melhorando os resultados do tratamento e garantindo sobrevida aos pacientes. 

Uma boa notícia para homens que enfrentam o câncer de próstata metastático. Agora é só esperar a aprovação pelo órgãos de saúde americano, para que depois essa terapia possa ser aprovada também por outros países. 

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