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Mitos sobre o câncer de próstata

Dados do Ministério da Saúde evidenciam que um terço dos brasileiros não cuida da saúde como deveria, sendo que 70% dos homens brasileiros só vão ao médico por influência da família. 

Talvez essa resistência seja o motivo de o câncer de próstata ser o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, sendo mais prevalente em maiores de 65 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Afinal, essa é a idade mais resistente em fazer o exame de toque retal, procedimento que faz parte do protocolo preventivo da doença.

Sabendo que a falta de procura por médico e, principalmente, um check-up anual, aumenta as chances de detecção de doenças em estágio avançado, como o câncer de próstata, hoje resolvi trazer alguns mitos sobre a patologia.

Confira!

 

O câncer de próstata

O câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula que fica abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo .

Primeiramente, vale dizer que, em alguns casos, o tumor progride lentamente por anos, dessa forma, o paciente convive com a doença por muito tempo antes de apresentar sintomas. Por isso, é tão importante fazer exames de rotina com frequência.

Mas alguns deles podem incluir: micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar frequentemente à noite, sangue na urina ou no sêmen, disfunção erétil, dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos se a doença se disseminou, fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.

 

Conheça alguns mitos sobre o câncer de próstata

É uma doença de idoso?

Não. O desenvolvimento do câncer de próstata está, sim, atrelado sobretudo ao envelhecimento masculino. Mas também pode ser diagnosticado em jovens, inclusive abaixo dos 40 anos. Apesar de o risco aumentar significativamente após os 50 anos, cerca de 40% dos casos são diagnosticados em homens abaixo desta idade. 

Inclusive, vale mencionar que, mesmo que a doença atinja mais o público idoso, sete novos casos da doença surgem a cada hora. Por isso, homens de todas as idades devem ficar atentos.

 

Já existe exame que elimina a necessidade do toque retal?

Não. Em todo o mundo, o exame de toque retal é o mais eficaz para detectar o câncer de próstata. Nesse sentido, ele deve ser realizado anualmente por pacientes acima de 50 anos. Mas, caso você tenha histórico familiar da doença, deve procurar um urologista antes dos 45 anos.

Apesar de todo o tabu acerca do exame, ele é indolor. O diagnóstico do câncer de próstata é feito por meio do exame clínico, que é o toque retal, juntamente ao exame da dosagem do antígeno prostático específico no sangue. Nos casos suspeitos de tumor, é preciso fazer a biópsia prostática.

 

PSA aumentado é sinal de que tenho câncer de próstata?

Não. À medida que o homem envelhece, ele vai aumentando a sua próstata. Esse processo é conhecido como hiperplasia prostática benigna e não está atrelada ao câncer de próstata. 

O antígeno prostático pode sofrer modificações em diversas situações que não o câncer, como a hiperplasia benigna da próstata, prostatite e trauma.  Nesse sentido, é crucial a avaliação médica e o toque retal. É importante a ida ao médico tendo em vista que o problema pode incomodar e levar a complicações, como infecção urinária e insuficiência renal.

Sabendo desses mitos, os homens precisam se conscientizar sobre a importância de serem protagonistas de sua saúde. No caso do câncer de próstata, o acompanhamento médico preventivo é fundamental, além da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física.

É importante manter os exames e consultas em dia para prevenir o surgimento da doença, seguindo as orientações do seu urologista de confiança.

59% dos homens não costumam visitar o urologista com regularidade

O urologista é o médico que cuida tanto do trato urinário de homens e mulheres como do aparelho reprodutor masculino. Mas você sabia que 59% dos homens não têm o hábito de visitar esse profissional com frequência?

 

De acordo com a pesquisa ‘Um Novo Olhar Para a Saúde do Homem’, realizada pelo Instituto Lado a Lado, em parceria com a revista Veja Saúde e apoio da Astellas Farma Brasil, quase 37% dos homens até 39 anos, e 20% acima dos 40, dizem ir ao médico apenas quando se sentem mal.

 

Por que devemos mudar esses dados?

 

A importância do urologista para a saúde

 

Como dito, o urologista é um médico especialista no diagnóstico e tratamento de doenças do trato urinário. Na verdade, ele também é conhecido como o “ginecologista dos homens”.

 

No caso do público masculino, o urologista cuida da saúde de órgãos como bexiga e rins,  além de canais como uretra e ureteres. 

 

Esse profissional é capaz de tratar problemas como infecções urinárias, inflamações, tumores, cálculos renais, incontinência urinária, impotência sexual, ejaculação precoce, infertilidade, entre outros. 

 

Urologista ajuda a salvar vidas

 

Todos devem se consultar com um urologista ao menos uma vez ao ano, principalmente os homens. Essa frequência deve ser seguida a partir dos 18 anos de idade. Depois dos 40 anos ou em casos de histórico familiar com doenças, como o câncer, a frequência deve ser aumentada.

 

Inclusive, o câncer de próstata é o tumor mais comum entre os homens depois do câncer de pele, porém, quando diagnosticado em estágio inicial, há mais de 90% de chance de cura. Esses fatores deveriam ser motivo suficiente para encorajar os homens com mais de 45 anos de idade a realizar exames e ir com regularidade ao urologista, mas não é o que acontece.

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que um homem vive em média sete anos a menos do que uma mulher. Em muitos casos, são problemas urológicos identificados tardiamente, justamente pela falta de hábito de se consultar com um urologista. 

 

Ou seja, além de tratar doenças como o câncer, o urologista também ajuda com a prevenção e no tratamento precoce de problemas que, quando diagnosticados em seu início, podem salvar vidas.

 

Por que os homens não procuram o urologista com frequência?

 

Sabemos que a falta de procura dos homens por assistência médica faz com que eles sejam mais vulneráveis a doenças e tenham um índice maior de mortalidade precoce. Mas por que eles não procuram?

 

Entre os motivos, estão os preços das consultas, a falta de agenda dos médicos no SUS e o fato de se sentirem bem, sem ter uma razão para ir ao médico. O que pode ser observado também é o fator emocional, tendo em vista que um dos maiores desafios é estar bem emocionalmente. Por exemplo, um estudo epidemiológico no Brasil mostrou que 40% dos homens têm sintomas urinários, e os dados apontam que 70% de deles não procuram um médico para investigação

 

O que fazer para mudar essa realidade?

 

A ideia é promover iniciativas de conscientização para quebrar os tabus ligados à saúde masculina. Segundo a pesquisa do Instituto Lado a Lado, 24% dos homens afirmam estar mais atentos com a saúde e 8% fazem exames regularmente depois de terem sido impactados por algumas ações, como a campanha “Novembro Azul”. 

 

É claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que os homens respeitem sua vulnerabilidade e, mais do que isso, entendam que não precisam ser super-heróis, principalmente, quando se trata da sua própria saúde. Mas chegaremos lá!

 

Por isso, cuide bem da sua saúde. Também é importante adotar hábitos saudáveis, como ter uma boa alimentação, fazer atividades físicas e manter relações sexuais com preservativos. Isso, juntamente a um cronograma regular de consultas e exames, pode evitar uma série de doenças.

Fístula uretral: entenda mais sobre este quadro raro

Você já ouviu falar da fístula uretral? Ela nada mais é do que um canal de comunicação anormal que pode aparecer entre a uretra, tubo que liga a bexiga ao meio externo, e outro órgão, como o reto ou a pele.

Neste ano, por exemplo, o ator Marcos Oliveira, de 66 anos, conhecido por interpretar Beiçola em “A Grande Família”, comentou que iria passar por uma intervenção cirúrgica para tratar uma fístula uretral.

Mas quais os sintomas dessa condição? Quais as causas? Continue lendo este artigo para entender melhor.  

 

Sintomas da condição

A fístula acontece quando algum tipo de anomalia faz com que a urina vaze para outros órgãos que, normalmente, não estão relacionados de nenhuma forma com a passagem da urina.

Pacientes que possuem fístula uretral apresentam como sintoma mais comum o vazamento de urina. Isso significa que durante a micção pode urinar pelo pênis, mas, ao mesmo tempo, por esse pequeno orifício, que pode estar atrelado à pele ou outro órgão entre a uretra e o reto. 

Além da incontinência urinária quase ininterrupta, também é comum sentir dores na região pélvica e, em alguns casos, até um acúmulo de urina na pelve.

 

Causas

A fístula uretral é um quadro bastante raro, porém, há situações que predispõem o surgimento de fístulas. Um exemplo são os casos de pós-operatório para tratamento de câncer na próstata. 

Além disso, o problema pode aparecer como resultado de uma complicação depois de cirurgias para retirada de útero ou tratamento cirúrgico de incontinência urinária. Somando-se a isso, é possível afirmar que pacientes com doença de Crohn ou estenose uretral têm maior probabilidade de desenvolver a condição. 

Podemos afirmar, ainda, que a fístula uretral pode ser congênita, ou seja, presente no organismo desde o nascimento.

 

Complicações

Pessoas com a doença têm maior risco de desenvolver alguns tipos de infecções urinárias de repetição. Além do mais, como há o vazamento, muitas vezes a autoestima e a qualidade de vida ficam prejudicadas.

O ator da Globo, por exemplo, contou que apresenta escape de urina pelo ânus e que, por isso, precisava usar absorventes. Ou seja, são pacientes e, por vezes, sentem-se envergonhados e perdem seu convívio social. 

 

Tratamento

Essas fístulas raramente se fecham sozinhas, sendo necessária uma cirurgia. As técnicas usadas dependem da localização da fístula, do tratamento que o paciente já tenha recebido e das causas do problema.

No procedimento, o especialista retira o trajeto fistuloso e sutura os locais de vazamento. É comum interpor algum tecido entre as regiões suturadas a fim de evitar que os tecidos encostem um no outro e que as fístulas retornem algum tempo depois.

Também é comum o uso de tecidos externos para fechar a fístula, como a mucosa oral ou músculo da parte interna da coxa. Na verdade, as técnicas cirúrgicas já existem há muito tempo, mas as intervenções com o uso de enxertos têm ganhado mais espaço nos últimos 20 anos.

Câncer no pênis é sinal de amputação?

O câncer de pênis é um tipo de tumor raro que pode surgir no órgão ou apenas na pele que o cobre, sendo mais comum em idosos, mas podendo acometer  jovens. Uma das causas da doença é a falta de acesso adequado à higiene íntima, fruto de baixas condições socioeconômicas e de instrução.

Inclusive, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de mil homens têm o pênis amputado parcial ou totalmente a cada ano devido ao câncer, e o maior motivo é justamente a falta de higiene no pênis. Mas câncer no pênis é sinal de amputação? Saiba mais!

 

Tenho câncer no pênis: terei de amputar?

Felizmente, se o câncer de pênis for diagnosticado no estágio inicial, o tratamento é feito apenas com a retirada da lesão, preservando o órgão. Essa retirada pode ser feita com uma pequena cirurgia.

Portanto, se você tem uma lesão pequena, o ideal é procurar logo o urologista para fazer uma biópsia. Caso o diagnóstico se confirme, é importante seguir os tratamentos recomendados para preservar o órgão e manter sua vida normalmente, inclusive as atividades sexuais. Não retarde o tratamento, afinal, o câncer de pênis tem cura.

 

Sintomas

A manifestação mais comum do câncer de pênis é uma ferida ou úlcera persistente, ou ainda uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis.

Além disso, a presença de gânglios inguinais pode ser sinal de progressão da doença (metástase). A presença de um desses fatores, juntamente com secreção branca, pode ser um indicativo de câncer no pênis. 

 

Então, fique atento a:

  • Aparecimento de ferida avermelhada que não cicatriza;
  • Nódulo no pênis, na glande ou no prepúcio;
  • Pele do pênis mais espessa ou com alterações na cor;
  • Secreção persistente, muitas vezes com mau cheiro;
  • Ferida ou úlcera crônica, que sangra;
  • Inchaço da extremidade do pênis;
  • Dor e inchaço nas ínguas da virilha;
  • Pequenos edemas sólidos.

 

Prevenção

Uma das maneiras de se prevenir contra o câncer de pênis é realizando diariamente a higiene adequada do local. O ideal é lavar a região com água e sabão, sobretudo depois das relações sexuais ou masturbação, sem deixar de secar.

Outra forma de evitar a doença é por meio da cirurgia de fimose, onde se retira o excesso de pele da glande. Em muitos casos, esse excesso de pele impede que o homem faça a limpeza correta da região. 

Também é importante prevenir Doenças Sexualmente Transmissíveis, principalmente o HPV. Isso porque o HPV é um vírus contagioso e transmitido, principalmente, através do ato sexual. Ele tem o poder de infectar a pele e mucosas dos pacientes, causando verrugas e lesões precursoras de câncer.

Por fim, vale dizer que o câncer de pênis não é uma doença silenciosa e o seu desenvolvimento costuma ser lento. Portanto, quanto mais cedo for identificado, menor será o tumor e, consequentemente, menores as chances de precisar retirar um pedaço do pênis. 

Não deixe de procurar o seu especialista para uma avaliação médica e mais orientações! 

Os estágios do câncer de próstata

Infelizmente, a cultura machista é a causa de grandes problemas relacionados à saúde dos homens. Prova disso são os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que apontam um número de 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano. 

Boa parte desses casos poderia ser evitada se os homens fizessem exames preventivos e consultas regulares com o urologista.

Para quem não sabe, o câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula que fica abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O tumor é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.

Por isso, é imprescindível que seja diagnosticado precocemente e tratado de forma correta. Isso só é possível a partir do comprometimento dos homens com os exames e consultas de rotina.

Hoje, vamos saber um pouco mais sobre os estágios da doença.

Estágios do câncer de próstata

Para saber qual o melhor tipo de tratamento, é preciso entender cada estágio da doença, bem como a idade do homem, seu estado geral de saúde e expectativa de vida.

Estágio I: os tumores ainda são pequenos e não se estenderam para fora da região da próstata. Possuem baixa pontuação de Gleason (até 6) e nível de PSA baixo (menor que 10). Eles costumam crescer de forma lenta e não provocam sintomas ou outros problemas.

Para esses casos, as opções são a radioterapia ou a prostatectomia radical. Os homens mais jovens e saudáveis também podem optar pela vigilância ativa, a prostatectomia radical ou a radioterapia.

Estágio II: aqui, os tumores estão na glândula prostática, porém são maiores, têm maior pontuação de Gleason e os níveis do PSA são superiores do que os tumores do estágio I. Os que não são tratados com cirurgia ou radioterapia têm mais chances  de se espalharem além da próstata e provocarem sintomas.

A vigilância ativa é uma boa alternativa, bem como a radioterapia com ou sem hormonioterapia. As opções de tratamento para os homens mais jovens e saudáveis ​​podem englobar braquiterapia, radioterapia e prostatectomia radical. 

Estágio  III: esses tumores já cresceram para fora da glândula da próstata, podendo ter atingido a bexiga e o reto. Ainda não se espalharam para os linfonodos ou outros órgãos, mas têm maior probabilidade de recidivar depois do tratamento.

As opções de tratamento para este estágio são radioterapia,  hormonioterapia, braquiterapia, prostatectomia radical e vigilância ativa. 

Estágio  IV: nesse estágio, o tumor já se disseminou para as áreas próximas, como linfonodos, ou para órgãos distantes, como os ossos. A maioria deles não é mais curável, mas podem ser tratados. O objetivo aqui  é manter a doença sob controle durante o maior tempo possível, melhorando a qualidade de vida do paciente.

As opções de tratamento são hormonioterapia, quimioterapia, radioterapia, cirurgia para aliviar sintomas, tratamentos para metástases ósseas, vigilância ativa, participação em um estudo clínico e combinações dos procedimentos.

Quer entender sobre os sintomas?

O câncer de próstata pode ser silencioso, ou seja, não espere um sintoma aparente. Porém, em estágios avançados, o paciente pode ter:

  • Emagrecimento rápido e exagerado;
  • Necessidade de ir ao banheiro muitas vezes seguidas;
  • Sensação de esvaziamento incompleto da urina;
  • Dores na coluna e na região do quadril;
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen;
  • Dor no momento da ejaculação.

Fatores de risco

Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de próstata, como a idade, a raça, a nacionalidade, o histórico familiar e alterações genéticas. Já outros, como dieta, obesidade, tabagismo e ISTs, são fatores de risco incertos para esse tipo de câncer.

Hábitos saudáveis ajudam na prevenção

Ter uma alimentação balanceada, fazer atividades físicas regularmente, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar são hábitos que ajudam a prevenir diversas doenças, incluindo o câncer de próstata, um dos tipos mais frequentes da doença que atinge os homens.

Além do mais, é aconselhado que todos os homens a partir dos 50 anos procurem um urologista para definir a rotina de avaliação. A avaliação deve ser realizada através do toque retal, ultrassonografia e de dosagens sanguíneas de PSA. Aquelas pessoas com história de câncer de próstata na família ou de raça negra devem iniciar essa avaliação aos 45 anos, devido ao maior risco associado.

Quando descoberta precocemente, a doença possui altos índices de cura e controle. Cuide-se!

O que pode melhorar a chance de superar o câncer de bexiga?

O câncer de bexiga é o segundo mais frequente dos tumores urológicos, perdendo somente para o câncer de próstata. Atualmente, representa 3% de todos os tumores diagnosticados nos pacientes, o que corresponde a 50 – 150 casos por 100 mil  habitantes. 

Sua incidência é de 3 a 4 vezes maior no sexo masculino. Além disso, a prevalência é maior nos idosos, sendo que 80% dos diagnósticos são feitos depois da sexta década de vida.

Vale dizer que o câncer de bexiga é de alto risco, já que é bastante agressivo.

Para superar o tumor de bexiga, a dica é: na presença de sintomas, procure rapidamente um especialista. O paciente não deve perder mais do que três meses para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Vamos entender melhor sobre a doença?

 

Sintomas

Entre os sintomas mais comuns estão: sangramento na urina, vontade de urinar a todo momento, ardência e/ou urgência para urinar. Vale lembrar que esses sintomas também aparecem em doenças benignas da próstata e podem ser diferenciados com exames e avaliação cuidadosa do urologista.

O sintoma mais comum de todos é mesmo o sangue na urina, às vezes notado por uma mudança de tom nesse líquido. Mas, em algumas pessoas, isso só é flagrado no exame de urina porque as gotículas vermelhas e microscópicas escapam do olho nu.

 

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são:

– Tabagismo

– Longa exposição a agentes químicos (fenacetina, ciclofosfamida, nitrosaminas, aminas aromáticas)

– Agentes mecânicos (radioterapia, ITU de repetição, cálculos, cateteres)

Vale mencionar que, entre os fatores, o cigarro é o maior vilão. Filtrados pelos rins, os componentes do tabaco terminam escoados junto com a urina e, enquanto esse líquido fica guardado no reservatório da bexiga, eles vão agredindo suas paredes.

 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito primeiramente por meio da análise e cultura urinária, de forma a descartar processos infecciosos e detectar possível hematúria microscópica. No caso de hematúria indolor, fazer exames de imagem é essencial, podendo ser utilizado: ultrassonografia, tomografia ou ressonância.

O exame mais indicado é a cistoscopia, que consiste na visualização direta do interior da bexiga, por meio de uma pequena câmera. A técnica permite visualizar a lesão, realização de biópsias, além de ser utilizado no seguimento pós-operatório.

 

Tratamento

Se descoberto no início, o paciente passa por uma cirurgia endoscópica, feita pelo canal da uretra, onde os médicos raspam completamente a lesão. Caso o tumor já esteja mais avançado, crescendo na direção da musculatura sob as paredes internas do órgão, o tratamento padrão é removê-lo totalmente.

O profissional irá avaliar a necessidade de algum tratamento complementar e como será o andamento do paciente em questão.

 

Prevenção

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, manter hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, não fumar e praticar atividade física regular, assim como visitar regularmente o urologista, são formas de evitar essa e outras doenças do aparelho urinário.

Câncer de próstata: cirurgia robótica pode evitar sequelas?

Infelizmente, o câncer de próstata é a causa de morte de cerca de 29% da população masculina entre todos os tipos da doença. No nosso país, por exemplo, um homem morre a cada 38 minutos devido a essa patologia, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Para se ter uma ideia, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros, atrás somente do câncer de pele não-melanoma. Em 2020, o país registrou 65.840 novos casos da doença, segundo a Pesquisa da Estimativa de Câncer no Brasil do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença também ocupou o segundo lugar entre os cânceres que mais matam, na margem de 15.841 casos.

Sabendo desses índices alarmantes, o que fazer? Além de optar por hábitos saudáveis e realizar exames médicos com frequência, uma boa alternativa para atingir a cura da doença é apostar na cirurgia robótica. Veja mais a seguir.

 

Cirurgia robótica para casos de câncer de próstata

Entre as formas de tratamento, a cirurgia robótica é uma boa indicação. Para quem não sabe, a cirurgia robótica é uma operação assistida por robôs. É uma técnica minimamente invasiva, em que todas as manobras são conduzidas pelo cirurgião e executadas por meio do robô, com controle de movimentos feito por meio de joysticks.

Atualmente, é a técnica mais moderna no que se refere a procedimentos minimamente invasivos. No caso do câncer de próstata, ela pode evitar sequelas como a impotência sexual e a incontinência urinária, preocupação de muitos homens depois da cura. 

Se o cirurgião consegue preservar os nervos que passam fora da próstata, consegue evitar a impotência sexual. E isso é mais fácil com a cirurgia robótica, uma vez que, com a câmera e os braços robóticos,  o cirurgião tem mais precisão para operar através de incisões cada vez menores. 

O console do cirurgião onde o profissional controla os braços, câmera e todos os instrumentos com uma visão HD 3D, e todos os seus movimentos, são filtrados para evitar tremores. 

 

Benefícios

Além disso, esse tipo de procedimento traz diversas vantagens para o paciente, principalmente na fase de recuperação. Por ser menos invasiva, o pós-operatório é mais tranquilo, com menos dor e sangramento, por exemplo. Somando-se a isso, a recuperação do controle da urina também é mais rápida, assim como a volta da ereção.

A robótica também permite menor quantidade de medicação e tempo de internação reduzido. A volta às atividades cotidianas também acontece mais rapidamente.

 

Diagnóstico precoce

A forma mais eficaz de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal.

Esse exame permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cuidar da saúde é essencial!

Afinal, o que é cirurgia robótica?

Nos últimos anos, a cirurgia robótica cresceu bastante no Brasil, tanto em número de intervenções realizadas anualmente quanto em hospitais e médicos cirurgiões envolvidos com essa tecnologia.

Entretanto, muita gente ainda não sabe o que é cirurgia robótica ou, equivocadamente, imagina robôs trabalhando sozinhos, sem o comando humano.

A cirurgia robótica é um ramo da cirurgia minimamente invasiva e se fundamenta no uso da inteligência artificial. O procedimento cirúrgico é realizado com auxílio de um robô equipado com braços que desempenham várias funções, como a manipulação de tecidos delicados (sutura, corte e dissecção) e geração de imagens. 

A plataforma robótica é totalmente controlada pelo médico cirurgião. É ele quem executa os movimentos que serão reproduzidos pelos braços do sistema com precisão e segurança.

Além do cirurgião que faz toda a cirurgia a partir de um console distante do paciente, um cirurgião auxiliar permanece junto ao paciente, na mesa de cirurgia, fazendo ajustes como troca de pinças e outros movimentos necessários durante o procedimento.

Dessa forma, a cirurgia robótica oferece diversos benefícios tanto para os cirurgiões quanto para os pacientes, tais como:

  • redução do tremor e reprodução imediata dos movimentos das mãos do cirurgião;
  • visualização em três dimensões do interior do organismo, com imagens ampliadas e em alta definição;
  • redução de dor e complicações no pós-operatório dos pacientes;
  • menos tempo de internação e retorno mais rápido às atividades diárias.

Embora os primeiros procedimentos tenham sido realizados por volta da segunda metade da década de 1980 em diante, é o ano de 1999 que marca de forma mais impactante a história da cirurgia robótica.

Naquele ano, foi lançado o robô Da Vinci, que revolucionou as intervenções cirúrgicas realizadas com auxílio da plataforma robótica de uma vez por todas, a começar da urologia. Essa tecnologia chegou ao Brasil em 2008, quando foi realizada a primeira cirurgia com auxílio dessa tecnologia no país.

Atualmente, nosso país é o líder em procedimentos de cirurgia robótica da América Latina, constituindo-se como um destaque a nível mundial na área.

Bactérias na urina que podem estar ligadas a casos de câncer de próstata avançados

O câncer de próstata nem sempre é considerado uma ameaça. Homens com idade mais avançada e que apresentam crescimento lento da doença por vezes não precisam de tratamento. Neste caso pode usar o método da vigilância ativa, ou seja, monitorá-lo de tempos em tempos para ver como ele se desenvolve. 

Porém, o desafio para os médicos de todo o mundo é diagnosticar e tratar rapidamente os homens que têm tumores mais agressivos, de crescimento rápido e com potencial para se espalharem para outras partes do corpo. 

Atualmente, para detectar o câncer de próstata, segundo tipo mais comum no Brasil, são utilizados os exames de toque retal e o PSA. Porém, esses testes não são capazes de identificar a agressividade dos tumores.

 

Bactérias que podem identificar o câncer de próstata

Por isso, pesquisadores do Reino Unido estão estudando bactérias presentes na urina que podem estar ligadas ao câncer de próstata em estágio avançado, fazendo com que essas pessoas tenham tratamento precoce, possibilitando, assim, mais chances de cura.

No estudo, publicado na revista European Urology Oncology, os cientistas mapearam mais de 600 pacientes, com e sem câncer de próstata, para avaliar as bactérias presentes na urina deles.

Eles encontraram cinco tipos de bactérias na urina que também estavam presentes em tecidos da próstata, cujo câncer se tornou agressivo. Três dessas bactérias ainda não tinham sido descobertas pela ciência. 

De acordo com os pesquisadores, o caminho ainda é longo até chegar a respostas definitivas sobre como essas bactérias podem ajudar no tratamento dessas pessoas. Uma das questões ainda sem resposta é como esses homens foram contaminados por essas bactérias ou se elas são uma espécie de resposta do sistema imunológico dessas pessoas. 

 

Possibilidades de tratamento

Os pesquisadores já sabem que quatro em cada 10 casos de câncer de próstata têm a ver com fatores conhecidos, como o tabagismo e a obesidade. Agora eles estão estudando a relação das bactérias com a doença. 

 Caso seja confirmada a relação entre essas bactérias e o câncer de próstata agressivo, podem ser desenvolvidos antibióticos capazes de impedir a progressão da doença, porém mais estudos são necessários. 

Para a equipe que desenvolveu a pesquisa, apesar dos dados ainda não serem conclusivos, esse estudo pode ajudar na triagem de pacientes com o tumor potencialmente agressivo, diminuindo o número de mortes relacionadas à doença. 

 

Você sabia? A agressividade do câncer de próstata pode ser detectada através de exame

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, no triênio de 2020 a 2022 cerca de 66 mil homens serão acometidos com o câncer de próstata, por ano, no Brasil. Essa estatística coloca esse tipo de tumor como o mais prevalente entre a população masculina, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

O câncer de próstata, muitas vezes, só é descoberto em fases mais avançadas da doença pois a maioria dos sintomas podem ser confundidos com outras patologias, como doenças benignas da próstata ou problemas urinários. 

Por isso, a melhor forma de prevenir o aparecimento da doença é fazer os exames de rotina como o PSA e o toque retal a partir dos 40 anos de idade ou de acordo com a recomendação médica, principalmente em pacientes negros, mais suscetíveis a doença, ou pessoas com histórico familiar de câncer de prostata. Em casos suspeitos de câncer, é colhido material para confirmação do tumor através da biópsia. 

Tipos de Tratamento

O tratamento do câncer de próstata vai depender, entre outros fatores, do tipo do tumor, idade do paciente, localização e se ele já apresenta metástase. Com base nesses dados o médico apresenta ao paciente as alternativas de tratamento e o caminho a ser seguido. 

O tratamento pode variar de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU), cirurgia e radioterapia. O HIFU é um tratamento não invasivo, onde o urologista insere uma sonda no reto do paciente e gera um um ultrassom focado, capaz de queimar as células cancerígenas. O tratamento pode ser focal, parcial ou total, englobando toda a próstata. A vantagem desse método é que ele é livre de radiação e é feito de forma ambulatorial.

Em grande parte dos casos os pacientes precisam ser submetidos a uma cirurgia para a retirada do tumor, chamada prostatectomia. Ela pode ser feita da maneira tradicional, que é a cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica. Nesse tipo de procedimento, o cirurgião retira a próstata e regiões periféricas atingidas pelo câncer. 

A radioterapia também pode ser recomendada para o tratamento do câncer de próstata, onde o paciente é submetido a radiação que destrói as células cancerígenas. O número de sessões vai depender do grau de acometimento do paciente. Durante o tratamento são relatados como efeitos colaterais a impotência sexual, náuseas, problemas intestinais e dor ou sangramentos.

Exames que detectam a gravidade da doença

Com o avanço da tecnologia aplicada à medicina, alguns exames ajudam a detectar a severidade da doença em cada paciente e a direcionar o médico para os melhores tipos de tratamento. Um desses exames é o teste Polaris, que analisa o RNA de 46 genes e verifica a gravidade da doença em pacientes com diagnóstico de câncer de próstata. 

Esse exame genômico avalia os riscos do paciente morrer em decorrência da doença, caso a próstata não seja retirada, e também faz um prognóstico para metástase nos próximos 10 anos.   

 Esse exame contribui para que oncologista, urologista e o paciente definam as melhores estratégias de tratamento de acordo com a agressividade da doença, levando em consideração a qualidade de vida do paciente. E como eu sempre gosto de frisar, é a tecnologia a serviço da saúde. 

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