Você sabia que qualquer perda de urina, mesmo que seja somente algumas gotas de xixi, já é considerada incontinência urinária? Sim, isso porque perder urina não é normal, independentemente da idade, sexo e da atividade que estiver sendo realizada no momento. 

Se isso acontece com você, é necessário investigar a sua causa e procurar o devido tratamento, pois a incontinência urinária não é somente um problema físico. Ela pode afetar aspectos emocionais, psicológicos e a vida social das pessoas, já que muitos que têm essa condição têm vergonha ou  medo de fazer suas atividades diárias normais para evitar expor o seu problema.

Sabendo disso, entenda melhor a doença e veja as inovações no tratamento!

O que é a incontinência urinária?

Como dito, trata-se da perda involuntária de urina pela uretra. Esse é um distúrbio mais comum no sexo feminino e pode se manifestar tanto depois da menopausa quanto em mulheres mais jovens. A doença ocorre em até 30% da população acima dos 60 anos de idade e, de acordo com dados, é duas vezes mais frequente em mulheres.

 

As causas giram em torno de:

-gravidez e parto;

-distúrbios musculares ou nervosos;

-tumores malignos e benignos;

-doenças que comprimem a bexiga;

-obesidade;

-tosse crônica dos fumantes etc.

Para quem não sabe, existem quatro tipos de incontinência urinária. Veja só:

  • De esforço: perda de xixi ao espirrar, tossir, gargalhar ou carregar peso;
  • Transbordamento: perda de urina sem sentir vontade de ir ao banheiro;
  • De urgência: vontade descontrolada de urinar, com ou sem a sensação de perda de urina antes de chegar ao banheiro;
  • Mista: junção de mais de uma das queixas, como perda por esforço e transbordamento. 

Como tratar a incontinência?

Hoje em dia, existem algumas novidades para tratar o problema. Uma técnica aplicada é a neuromodulação sacral, que funciona como um marca-passo. Porém, o dispositivo é implantado no glúteo com a função de ajustar a condução dos sinais nervosos pela bexiga, para, assim, acabar com o seu imediatismo. 

A novidade é o lançamento de um aparelho para fazer essa tarefa, que diferentemente dos anteriores, é recarregável, com vida útil três vezes maior do que o neuromodulador convencional e ainda permite que o paciente possa fazer um exame de ressonância magnética, se necessário.

E como funciona essa neuromodulação sacral? Basicamente, o cirurgião coloca um eletrodo até ele quase encostar na inervação que segue para a bexiga. O dispositivo ficará conectado a um estimulador externo, pouco menor do que um celular e preso a um cinto. Essa etapa dura uma semana e serve para o médico fazer ajustes na estimulação.

A resposta sendo boa, é feito o implante do dispositivo, do tamanho de um pen drive, na região do glúteo.

Outra opção de tratamento é por meio de injeções de toxina botulínica diretamente em alguns pontos da bexiga. A técnica diminui  a sensação de que a bexiga está cheia e reduz as suas contrações. Porém, o procedimento precisa ser refeito periodicamente.