De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, apesar do número de pacientes com câncer de próstata ter diminuído nos país na última década, a doença metastática dobrou, passando de 4% para 8% dos pacientes.
Isso porque, certas mutações genéticas podem ser mais agressivas e gerar o câncer metastático em pacientes mais jovens, como os genes BRCA.
Os genes BRCA1 e BRCA2 produzem proteínas que ajudam a reparar o DNA danificado, porém, quando apresentam variantes ou mutações, o câncer pode se desenvolver. Como os genes não podem reparar células danificadas como faziam anteriormente, as células cancerígenas passam a se desenvolver sem controle.
Como forma de conter a doença, a empresa farmacêutica americana Johnson & Johnson está desenvolvendo uma nova medicação capaz de bloquear as células cancerígenas do câncer de próstata ao mesmo tempo que repara o DNA atingido pela doença.
Testes Clínicos
A empresa está realizando testes clínicos para uma nova forma de tratamento do câncer de próstata para pacientes com esta mutação genética, mas que também pode ser estendida a outras, como FANCA, PALB2, CHEK2, BRIP1, HDAC2 e ATM.
O DNA Damage Repair Factor, como essa nova droga tem sido chamada pela Johnson & Johnson, ajuda as células a se recuperarem dos danos, por meio de medicamentos como a polimerase ou inibidores de PARP. Esses inibidores fazem com que as células doentes não consigam se reproduzir e acabem morrendo.
Pesquisas realizadas pela empresa mostraram que os PARP são especialmente benéficos para pacientes com câncer de próstata avançado, que tiveram uma mutação BRCA, pois as células cancerosas seriam mais sensíveis aos inibidores de PARP.
A indicação é que esse novo medicamento seja utilizado a partir da descoberta da doença com essas mutações, melhorando os resultados do tratamento e garantindo sobrevida aos pacientes.
Uma boa notícia para homens que enfrentam o câncer de próstata metastático. Agora é só esperar a aprovação pelo órgãos de saúde americano, para que depois essa terapia possa ser aprovada também por outros países.
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