O câncer de próstata é um dos mais incidentes e letais entre os homens de todo o mundo, mas muitos deles nem sabem que têm essa glândula. A próstata se localiza na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e em frente ao reto. Trata-se de uma glândula do sistema reprodutor masculino que fabrica o líquido prostático, que protege os espermatozoides.

No passado, o diagnóstico de câncer de próstata costumava ser feito quando o tumor já estava avançado, invadindo órgãos vizinhos e formando metástases ósseas. A introdução do PSA e do toque retal nas recomendações internacionais para a saúde dos homens, permitiu a detecção mais precoce da doença, reduzindo a chance dos pacientes morrerem por complicações do câncer.

Como funciona o teste do PSA e quando é considerado alto? 

O teste de PSA é um exame de sangue que mede uma proteína que a próstata produz. Homens com câncer de próstata, geralmente, apresentam altos níveis dessa proteína. No entanto, níveis elevados nem sempre significam câncer.

O PSA tende a aumentar com o avanço da idade, mas, em geral, considera-se alto um PSA acima de 4,0 ng/mL. Neste caso, o urologista vai solicitar a repetição do teste e outros exames complementares. Pacientes com idade avançada, fatores de risco ou histórico familiar também podem ser submetidos a uma biópsia de próstata para verificar se há câncer. 

Doenças ligadas ao PSA alto

Descartado o câncer de próstata, o médico irá averiguar outras doenças ligadas à próstata que também causam o aumento do PSA. São elas: 

Hiperplasia prostática benigna –  é um problema bastante comum em homens após os 50 anos, que se caracteriza pelo aumento da próstata e pode aumentar os níveis de PSA. A hiperplasia prostática benigna não aumenta o risco de câncer de próstata, mas seus sintomas podem ser semelhantes. Os sintomas incluem:  dificuldade para urinar, irritação ou demora para começar e terminar de urinar, várias ao banheiro frequentes, jato de urina fraco. 

Prostatite – se caracteriza por uma inflamação da próstata, podendo se tornar um problema crônico. Essa condição pode ocorrer devido a uma infecção bacteriana. Homens com prostatite tendem a apresentar elevação dos níveis de PSA, além de dificuldade e dor ao urinar, febre, pressão no reto, problemas de ejaculação ou alterações na função sexual. 

Infecções no trato urinário – essas infecções podem se desenvolver na uretra, rins ou bexiga, causando alterações no nível de PSA. Exames simples de urina podem detectar se a alteração no teste advém de doenças prostáticas ou de infecções urinárias. 

Colocação de cateter urinário ou procedimentos médicos – após a inserção de um cateter urinário ou depois de exames como a cistoscopia, toque retal, biópsia, cirurgia ou ressecção transuretral da próstata, o PSA pode sofrer alterações. O ideal é que o teste seja realizado passadas algumas semanas desses procedimentos.

Outros fatores também podem aumentar o PSA, entre eles: exercícios de alta intensidade, alteração na ejaculação, retenção urinária, etc. 

E agora? 

Como você pode observar, vários fatores podem aumentar o nível de PSA. Apesar desta alteração ser sinal de alerta, não significa que pacientes com essa condição tenham o câncer de próstata. 

Consultas regulares com o urologista e exames anuais para acompanhamento do PSA, principalmente em homens acima dos 50 anos, são de suma importância para a detecção precoce tanto do câncer quanto de outras doenças que atingem a próstata. E você, já fez sua consulta de rotina?