Novas técnicas de cirurgia robótica estão sendo empregadas no tratamento do câncer de próstata com grande eficácia e redução de complicações para o paciente.
Uma das mais novas apostas é a prostatectomia robótica com preservação da fáscia endopélvica associada à disseccão retrógrada dos feixes neurovasculares. O nome é complicado, eu sei! Mas, na prática, significa tratar o câncer de próstata com a mesma segurança oncológica de outras técnicas, mas permitindo, além disso, uma recuperação mais precoce da continência urinária e da potência sexual.
Depois do câncer de pele não-melanoma, o tumor da próstata é o mais preponderante entre os homens. E a disfunção erétil é o efeito colateral mais temido entre os que sabem que terão que passar por um tratamento para curar a doença.
A técnica que citei foi descrita, inicialmente, pelo colega Rafael Coelho (@coelho_urologia), que tem se destacado no cenário internacional como grande pesquisador do assunto e como expert no tratamento do câncer de próstata, especialmente pela via robótica.
A ideia é preservar, o máximo possível, as estruturas anatômicas ao redor da próstata. Com a plataforma robótica, que permite enxergar melhor e também realizar movimentos mais delicados, é possível fazer uma dissecção mais precisa, mantendo íntegras tais estruturas.
Os resultados têm nos surpreendido positivamente e, por essa razão, temos difundido a técnica entre os colegas cirurgiões da urologia. Em diversos eventos da área realizados ao longo de 2019, pudemos compartilhar esses resultados, além de mostrar, em cirurgias realizadas ao vivo, como tudo é feito.
Desde o ano 2.000, homens diagnosticados com câncer de próstata podem tratar a doença por meio da prostatectomia radical assistida por robô. Atualmente, cerca de 10% das cirurgias para remoção desse tipo de neoplasia, no Brasil, já são feitas com o auxílio da robótica.
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