O câncer de bexiga é o segundo mais frequente dos tumores urológicos, perdendo somente para o câncer de próstata. Atualmente, representa 3% de todos os tumores diagnosticados nos pacientes, o que corresponde a 50 – 150 casos por 100 mil habitantes.
Sua incidência é de 3 a 4 vezes maior no sexo masculino. Além disso, a prevalência é maior nos idosos, sendo que 80% dos diagnósticos são feitos depois da sexta década de vida.
Vale dizer que o câncer de bexiga é de alto risco, já que é bastante agressivo.
Para superar o tumor de bexiga, a dica é: na presença de sintomas, procure rapidamente um especialista. O paciente não deve perder mais do que três meses para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Vamos entender melhor sobre a doença?
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns estão: sangramento na urina, vontade de urinar a todo momento, ardência e/ou urgência para urinar. Vale lembrar que esses sintomas também aparecem em doenças benignas da próstata e podem ser diferenciados com exames e avaliação cuidadosa do urologista.
O sintoma mais comum de todos é mesmo o sangue na urina, às vezes notado por uma mudança de tom nesse líquido. Mas, em algumas pessoas, isso só é flagrado no exame de urina porque as gotículas vermelhas e microscópicas escapam do olho nu.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco são:
– Tabagismo
– Longa exposição a agentes químicos (fenacetina, ciclofosfamida, nitrosaminas, aminas aromáticas)
– Agentes mecânicos (radioterapia, ITU de repetição, cálculos, cateteres)
Vale mencionar que, entre os fatores, o cigarro é o maior vilão. Filtrados pelos rins, os componentes do tabaco terminam escoados junto com a urina e, enquanto esse líquido fica guardado no reservatório da bexiga, eles vão agredindo suas paredes.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito primeiramente por meio da análise e cultura urinária, de forma a descartar processos infecciosos e detectar possível hematúria microscópica. No caso de hematúria indolor, fazer exames de imagem é essencial, podendo ser utilizado: ultrassonografia, tomografia ou ressonância.
O exame mais indicado é a cistoscopia, que consiste na visualização direta do interior da bexiga, por meio de uma pequena câmera. A técnica permite visualizar a lesão, realização de biópsias, além de ser utilizado no seguimento pós-operatório.
Tratamento
Se descoberto no início, o paciente passa por uma cirurgia endoscópica, feita pelo canal da uretra, onde os médicos raspam completamente a lesão. Caso o tumor já esteja mais avançado, crescendo na direção da musculatura sob as paredes internas do órgão, o tratamento padrão é removê-lo totalmente.
O profissional irá avaliar a necessidade de algum tratamento complementar e como será o andamento do paciente em questão.
Prevenção
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, manter hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, não fumar e praticar atividade física regular, assim como visitar regularmente o urologista, são formas de evitar essa e outras doenças do aparelho urinário.
Deixe uma resposta