O câncer de bexiga está entre os 10 tipos de câncer mais comum no país, principalmente entre os homens acima de 55 anos de idade. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no triênio de 2020/2022 serão 10.640 novos casos da doença. 

A bexiga é um órgão que se assemelha a um balão e armazena a urina antes que ela seja expelida pelo corpo. O câncer de bexiga surge quando as células que revestem a parede interna do órgão apresentam algum tipo de mutação, crescendo de forma desordenada. À medida que o câncer cresce através das camadas da parede da bexiga, torna-se mais difícil de tratar.

Os principais sinais do câncer de bexiga são a hematúria ou sangue na urina, necessidade de ir ao banheiro com frequência, dor ao urinar e na região pélvica ou nas costas, entre outros. 

Tipos de Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga pode ser classificado de diferentes maneiras, de acordo com as células que deram origem ao tumor. Os principais tipos são: 

  • Carcinoma de célula urotelial ou de transição. É o tipo de câncer de bexiga mais comum e representa a maioria dos casos, tendo início nas células do tecido interno da bexiga. 
  • Carcinoma de células escamosas: surgem depois de infecção ou irritação prolongadas na bexiga.
  • Adenocarcinoma: se formam na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

 O câncer de bexiga é considerado superficial quando se limita ao interior da bexiga e invasivo, quando se dissemina para órgãos próximos ou gânglios. 

Como é o Diagnóstico do Câncer de Bexiga

Com base nos relatos do paciente e nos testes clínicos, o urologista pode solicitar uma série de exames para diagnosticar o câncer de bexiga. Além do exame de urina, o paciente também deverá ser submetido a uma cistoscopia. Durante o exame, o médico consegue olhar dentro da bexiga e detectar se existe alguma anormalidade.

Em alguns casos, o médico pode realizar uma cistoscopia com luz azul. Nela, um medicamento especial é colocado na bexiga durante o exame. Assim as células cancerosas absorvem essa droga e depois brilham quando o médico lança uma luz azul através do escopo. Isso contribui para que o médico veja as células  cancerígenas com mais facilidade. Durante a cistoscopia também são retiradas parte das células para biópsia comprobatória da doença.

Além desses exames, também podem ser solicitados raio-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética etc. Quando o câncer de bexiga já se espalhou para os ossos, o paciente também deverá ser submetido a uma cintilografia óssea. 

Tratamentos 

O tratamento para o câncer de bexiga vai depender do grau e do tipo do tumor. Existem muitas maneiras de tratar a doença e os tratamentos podem ser combinados. Entre os procedimentos mais comuns para controle da doença estão a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

É Possível Prevenir o Câncer de Bexiga?

Ainda não se sabe as causas exatas do câncer de bexiga, mas alguns fatores podem contribuir para o aparecimento da doença e um dos principais deles é o tabagismo. Já se sabe que os fumantes têm mais chances de serem acometidos por esse tipo de câncer. 

Outros fatores de risco são: beber pouca água, exposição a produtos químicos ou à radiação, infecções urinárias frequentes. 

Como você viu, o câncer de bexiga pode – e deve – ser prevenido. Cuidados simples no dia a dia já contribuem para se evitar a doença. Consultas regulares com seu médico também são indicadas para se descobrir a doença em suas fases iniciais, até porque, pacientes submetidos a tratamentos nos primeiros estágios do câncer têm grandes chances de cura.