A última sensação da internet é o chamado desafio dos 10 anos, que tomou as redes sociais em que as pessoas postam uma sequência de duas fotos:uma mais antiga, de 2009, e outra mais recente, de 2019.
A brincadeira me lembrou como a medicina evoluiu absurdamente em 10 anos, especialmente na área da urologia. Com presença cada vez mais forte da tecnologia, os diagnósticos foram aperfeiçoados e o tratamentos trazem grande esperança para quem convive com doenças que, antes, eram vistas quase como sentenças de morte.
Mais do que nunca, remédios que atuam por diferentes mecanismos trazem grande esperança para quem convive com doenças que, antes, eram vistas como sentenças de morte.
Outra grande mudança nesse contexto foi a compreensão de que o paciente deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar. O envolvimento de profissionais como urologista, oncologista, fisioterapeuta e radioterapeuta permite uma discussão mais ampla dos casos e possibilita compreender e tratar o paciente de forma integral e integrada.
Hoje, podemos contar com exames mais precisos e procedimentos avançados que, além de curar, proporcionam menos ou quase nenhuma sequela ao paciente, diminuindo não apenas as estatísticas de óbitos, mas o caráter assustador de certas enfermidades.
É o caso das cirurgias minimamente invasivas, especialmente a cirurgia robótica. Essa tecnologia foi criada nos Estados Unidos e, desde o ano 2000, o robô cirúrgico da Vinci tornou-se o mais utilizado em cirurgias laparoscópicas por lá. Tanto que 95% das cirurgias de câncer de próstata realizadas no país são realizada pela plataforma robótica. No Brasil contudo, ela está presente há apenas dez anos, e conquistando espaço ano a ano.
Em Belo Horizonte, há atualmente três plataformas em ação, e a previsão é que cheguem mais para para consolidar de vez a nossa presença nesta seara e, possivelmente, elevar o estado à mesma posição dianteira que sempre ocupou no que diz respeito à oferta dos melhores tratamentos em urologia.
Olhando para trás e vendo o que temos hoje, fica claro que a cirurgia robótica é, com certeza, o maior e mais importante avanço que tivemos na urologia, tanto para os pacientes quanto para os médicos, que agora podem realizar intervenções muito mais complexas e desafiadoras com muito mais segurança e precisão.
A inovação deu aos cirurgiões e às equipes certas capacidades que vão além do que é naturalmente humano. E isso só tende a se expandir ainda mais, principalmente levando em conta as inúmeras possibilidades que a convergência de tecnologias carregam, como computação, inteligência artificial e sensores.
Lembrando que uma forma como a indústria de tecnologia constrói valor é democratizando-a, reduzindo seu custo e permitindo que ela atinja bilhões de pessoas. Portanto, a acessibilidade ao que já temos será ampliada e a medicina avançará mais nos próximos 10 anos do que avançou nos últimos 100.