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Câncer de testículo: por que é mais comum entre homens de 15 a 35 anos e como prevenir?

O câncer de testículo é um tipo de tumor que, embora raro, pode ter um impacto significativo na vida de homens jovens. Este câncer afeta principalmente aqueles na faixa etária de 15 a 35 anos, período de alta capacidade reprodutiva. Apesar de ser uma doença menos frequente em comparação com outros tipos de câncer, a sua incidência em homens jovens a torna uma preocupação importante em termos de saúde pública e pessoal.

O que é o câncer de testículo?

O câncer de testículo é uma neoplasia que se origina nas células dos testículos, que são as glândulas sexuais masculinas responsáveis pela produção de esperma e testosterona. Existem diferentes tipos de câncer de testículo, mas a grande maioria dos casos (cerca de 95%) é classificada como tumor de células germinativas, que se dividem em seminomas e não-seminomas. Ambos os tipos têm características distintas e podem influenciar o tratamento e o prognóstico.

  • Seminomas: Estes tumores geralmente crescem mais lentamente e tendem a ser menos agressivos. São mais comuns em homens na faixa dos 30 a 40 anos.
  • Não-seminomas: Estes tumores costumam se desenvolver mais rapidamente e são frequentemente diagnosticados em homens mais jovens, por volta dos 20 anos.

Por que o câncer de testículo é mais comum em homens jovens?

O câncer de testículo é notavelmente mais prevalente em homens jovens, especialmente entre os 15 e 35 anos. Existem várias razões pelas quais essa faixa etária é a mais afetada:

  1. Desenvolvimento das células germinativas: Durante a puberdade e a fase adulta jovem, os testículos passam por um processo intenso de desenvolvimento e atividade celular, o que pode aumentar a probabilidade de mutações genéticas. Essas mutações podem resultar no crescimento descontrolado das células, levando ao desenvolvimento de tumores.
  2. Histórico de criptorquidia: A criptorquidia, uma condição em que um ou ambos os testículos não descem para o escroto no nascimento, é um fator de risco conhecido para o câncer de testículo. Homens que tiveram essa condição na infância têm maior risco de desenvolver a doença na idade adulta jovem.
  3. Fatores genéticos e hereditários: A presença de histórico familiar de câncer de testículo também pode aumentar o risco. Homens cujos pais ou irmãos tiveram câncer de testículo estão em maior risco de desenvolver a doença.
  4. Fatores ambientais e hormonais: Embora menos compreendidos, acredita-se que fatores ambientais e alterações hormonais durante o desenvolvimento possam desempenhar um papel na predisposição ao câncer de testículo.

Sintomas do câncer de testículo

O diagnóstico precoce do câncer de testículo é crucial para um tratamento eficaz. Os sinais e sintomas mais comuns incluem:

  • Nódulo ou inchaço em um dos testículos: Este é frequentemente o primeiro sintoma notado. O nódulo pode ser indolor ou acompanhado de uma sensação de peso no escroto.
  • Dor ou desconforto nos testículos ou no escroto: Alguns homens podem sentir dor persistente ou uma sensação de desconforto nos testículos.
  • Sensação de peso no escroto: Pode haver uma sensação de que o escroto está mais pesado do que o normal.
  • Aumento ou diminuição do tamanho de um testículo: Qualquer alteração perceptível no tamanho de um testículo em comparação ao outro deve ser avaliada por um médico.
  • Acúmulo repentino de líquido no escroto: Embora menos comum, o acúmulo de líquido pode ser um sinal de câncer de testículo.

É importante destacar que esses sintomas podem não estar relacionados ao câncer, mas é fundamental que qualquer alteração seja avaliada por um médico para um diagnóstico correto.

Como prevenir o câncer de testículo?

Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o câncer de testículo, existem algumas estratégias que podem ajudar na detecção precoce e, possivelmente, na redução do risco:

  1. Autoexame regular dos testículos: Homens jovens devem ser incentivados a realizar autoexames mensais dos testículos para detectar quaisquer alterações precocemente. O autoexame é simples e pode ser feito durante o banho, quando a pele do escroto está relaxada. Ao sentir qualquer nódulo, endurecimento ou aumento de tamanho, é importante procurar um médico imediatamente.
  2. Atenção aos fatores de risco: Homens com histórico de criptorquidia, câncer de testículo anterior ou histórico familiar da doença devem estar particularmente vigilantes e realizar exames regulares com um profissional de saúde.
  3. Consultas médicas regulares: Mesmo na ausência de sintomas, é importante que homens jovens façam consultas regulares com um urologista, especialmente aqueles com fatores de risco conhecidos. O exame físico e, se necessário, exames de imagem ou de sangue podem ser recomendados para monitorar a saúde testicular.
  4. Educação e conscientização: Promover a educação sobre o câncer de testículo entre adolescentes e homens jovens é essencial para garantir que eles conheçam os sintomas e a importância da detecção precoce. Campanhas de conscientização podem desempenhar um papel vital em reduzir a mortalidade associada a esta doença.

Tratamento e prognóstico

O câncer de testículo é uma das formas de câncer mais tratáveis, especialmente quando detectado precocemente. O tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do tipo e estágio do tumor.

  • Cirurgia: A cirurgia para remover o testículo afetado, chamada de orquiectomia, é o tratamento primário para todos os estágios do câncer de testículo.
  • Radioterapia: É utilizada principalmente para tratar seminomas, que são mais sensíveis à radiação.
  • Quimioterapia: Usada para tratar casos mais avançados ou não-seminomas, a quimioterapia pode destruir células cancerígenas remanescentes após a cirurgia.

O prognóstico para homens com câncer de testículo é geralmente muito bom, com taxas de cura superiores a 95% quando o câncer é diagnosticado precocemente. Mesmo em casos avançados, as taxas de cura permanecem altas com o tratamento adequado.

Pode-se concluir que o câncer de testículo, embora raro, é uma preocupação significativa para homens jovens, especialmente aqueles entre 15 e 35 anos. A boa notícia é que, com a detecção precoce e o tratamento adequado, as chances de cura são extremamente altas. No entanto, a chave para o sucesso no tratamento é a conscientização e a vigilância.

Incentivar o autoexame regular, a consulta médica periódica e a educação sobre os sintomas são passos cruciais para garantir que o câncer de testículo seja identificado e tratado rapidamente. Ao adotar essas práticas, os homens podem proteger sua saúde e continuar a viver uma vida plena e saudável.

Autoexame dos testículos salva vidas!

Autoexame dos testículos salva vidas!

O câncer de testículo, apesar de ser pouco falado em comparação ao de próstata, atinge cerca de 74 mil homens no mundo todos os anos.

Outro dado preocupante se refere à média de idade que esse tipo de câncer costuma aparecer, algo entre 15 e 34 anos, o que pode causar problemas de autoestima e comprometer a fertilidade masculina.

 

Autoexame é primeiro passo para um diagnóstico precoce

Em geral, o diagnóstico do câncer de testículo costuma acontecer de forma tardia, pois os pacientes confundem os sinais e sintomas com outras causas como, doenças sexualmente transmissíveis ou algum trauma no local.  

Isso porque os nódulos que aparecem no pênis, em geral, são indolores e, como não apresentam sintomas, os homens tendem a postergar uma visita ao médico. 

Mas um exame simples pode ajudar na detecção precoce da doença. É o autoexame de testículos. Assim como as mulheres têm o hábito de realizar o autoexame das mamas, o autoexame masculino também é essencial para verificar alterações nos testículos, que diga-se de passagem, nem sempre vão ser um câncer. 

 

Como realizar o autoexame dos testículos?

O autoexame deve ser realizado uma vez por mês durante o banho. É importante que o autoexame seja realizado com frequência para que o homem se habitue com o órgão, seu tamanho e consistência e consiga identificar uma quebra de padrão, ou seja, o surgimento de algo diferente. 

Seguem agora algumas dicas de como realizar o autoexame:

  • Em pé no chuveiro examine os testículos, um de cada vez, com ambas as mãos;
  • Gire delicadamente os testículos com os dedos para sentir toda a superfície; 
  • Procure por inchaços, caroços ou anomalias. 

Ao perceber qualquer irregularidade nos testículos, marque imediatamente uma consulta com o urologista para avaliar a possibilidade de ser um câncer. Quanto mais rápido o diagnóstico, maiores as chances de cura e queda na mortalidade. E a possibilidade de ter sua vida normal de volta!

Testículos: Já fez seu autoexame hoje?

Felizmente, não estamos falando de uma doença muito frequente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer testicular representa cerca de 5% de todos os tumores que afetam os homens no Brasil. Falar sobre esse assunto, no entanto, é muito importante por vários motivos.

✔O primeiro deles é que a doença atinge majoritariamente  jovens em idade produtiva – segundo o INCA, rapazes na faixa dos 20 aos 40 anos.

✔O carcinoma é também um dos poucos que partem do princípio de cura e não de sobrevida. Conforme demonstra a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a chances de cura chegam a 95%, mesmo com metástase instalada.

✔Temos ainda o fato de que, embora rara, a incidência da enfermidade tem aumentado nos últimos anos. Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute mostrou que, de 1988 a 2008, a prevalência passou de 3,7 casos por 100 mil americanos para 5,4 por 100 mil (as causas do fenômeno ainda não são claras).

✔Trata-se, por fim, de uma neoplasia cujos sintomas podem ser detectadas por meio do autoexame – o que ajuda muito no diagnóstico precoce, situação desejável em qualquer tipo de câncer.

No post de hoje, portanto, minha intenção é ajudar você a entender melhor esse tema, além de ensiná-lo a examinar sua genitália.

O que é como se manifesta o câncer testicular?

Eu sei que você sabe, mas não custa relembrar: testículos são estruturas localizadas dentro da bolsa escrotal. Sua principal função é produzir espermatozóides e testosterona, o hormônio sexual masculino.

O câncer nessa região pode pertencer a dois grandes tipos: germinativo não seminomatoso, de caráter mais agressivo, e o tumor germinativo seminomatoso, de crescimento mais lento. Há ainda uma terceira variedade bem mais rara, constituída por linfomas, sarcomas e pelo tumor de Sertoli e Leydig.

As causas da doenças ainda são um tanto misteriosas para a ciência. Sabe-se, porém, que alguns fatores de risco podem estar associados ao seu aparecimento. O mais comum é a criptorquidia, isto é, a permanência do testículo fora da bolsa escrotal depois do nascimento. Outros elementos relacionados são algumas síndromes genéticas raras, traumas crônicos, infecção por HIV e história da doença no passado. Alguns estudos mostram risco ligeiramente maior em pessoas com histórico familiar de câncer de testículo.


O tumor é normalmente sentido na forma de nódulo ou massa rígida, que cresce e fica perceptível ao ver ou apalpar o saco escrotal (frequentemente, do lado direito) e seus arredores. Pouquíssimos pacientes apresentam dor aguda nos testículos – geralmente provocada por hemorragia interna nesse órgão. Dor nas costas, tosse, edema indicam metástases decorrentes do avanço da doença.

Autoexame e diagnóstico

Embora a presença do tumor testicular nem sempre seja sempre perceptível, o ideal é que os homens realizem mensalmente o autoexame da genitália, a fim de detectar os sintomas da doença. Simples, o procedimento não costuma levar mais que cinco minutos. Para fazê-lo, basta ficar de pé, em frente ao espelho e procurar por alterações visíveis na região. Depois, é preciso examinar cada testículo com as mãos e os dedos, bem como identificar o epidídimo – canal pelo qual o transporte do esperma acontece – para diferenciá-lo de nódulos. Ao fim do post tem um passo a passo bem detalhado sobre o método 😉

Qualquer alteração deve ser relatada ao seu médico. No consultório, o protocolo é a realização do exame físico, seguido de solicitação de exames. O mais importante é a ultrassonografia, que, além de revelar a existência do tumor (muitas vezes, em  estágio não não palpável), aponta sua relação com os órgãos vizinhos.

Testes laboratoriais também estão no pacote, sobretudo os que avaliam marcadores tumorais como Beta HCG, DHL, e alfa-fetoproteína. A tomografia pélvica e do abdômen e os raios X são comumente solicitados no pré-e pós operatório.

Tratamento

O tratamento do câncer de testículo é, principalmente, cirúrgico. O que o cirurgião faz é retirar o testículo afetado, substituindo-o por uma prótese de silicone. Desde que um dos órgãos seja preservado, a operação não afeta permanentemente a fertilidade, tampouco a sexualidade.

Em alguns ocasiões – bem mais raras, por sinal – há necessidade de remoção dos dois testículos. A capacidade de ter filhos, nesse caso, pode se garantida através do congelamento do esperma. Já para manter a normalidade da função sexual, o paciente passa a fazer reposição de testosterona sob orientação médica.

A presença ou não de metástases determinará a necessidade de tratamentos adjuvantes como radioterapia e quimioterapia. A literatura médica recomenda que, mesmo nos casos de infertilidade temporária, a pessoa só tenha filhos dois anos após o término do tratamento quimioterápico.

Passo a passo do autoexame dos testículos

Como fazer

  • De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto relevo na pele do escroto.
  • Examine cada testículo com as duas mãos. Posicione-o entre os dedos indicador, médio e polegar e movimente-o. Você não deve sentir dor. Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior que o outro — é normal.
  • Procure o epidídimo — pequeno canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma. Isso é importante para se familiarizar com tal estrutura e não confundi-la como uma massa suspeita.

O que procurar

  • Qualquer alteração no tamanho dos testículos
  • Sensação de peso no escroto
  • Dor no abdômen inferior, na virilha, nos testículos ou no escroto
  • Líquido que sai do escroto.

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