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Nefrectomia parcial: quando é indicada?

A nefrectomia parcial é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de uma parte do rim, em oposição à nefrectomia total, na qual todo o rim é retirado. Esta técnica cirúrgica específica é frequentemente recomendada em situações específicas. Neste artigo, exploraremos em detalhes quando a nefrectomia parcial é indicada e os cuidados necessários antes e após o procedimento.

Indicações da nefrectomia parcial

Tumores renais

Uma das principais indicações para a nefrectomia parcial é o tratamento de tumores renais, como o carcinoma de células renais. Quando um tumor é detectado no rim, os médicos podem considerar a remoção cirúrgica. No entanto, a escolha entre a nefrectomia parcial e a nefrectomia total depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a localização do tumor, bem como a saúde geral do paciente.

  • Tumores pequenos e localizados: Quando o tumor renal é pequeno e está localizado em uma parte específica do rim, a nefrectomia parcial pode ser preferida. Isso permite a remoção apenas da porção afetada, preservando o máximo possível da função renal.

Doação de rim

Outra indicação importante para a nefrectomia parcial é a doação de rim para um paciente que precisa de um transplante renal. Nesse caso, um doador saudável pode optar por doar um dos rins para um receptor compatível. A nefrectomia parcial é realizada no doador para remover o rim doado, enquanto o rim restante continua a funcionar normalmente.

Cuidados necessários

  • Avaliação médica completa

Antes de realizar uma nefrectomia parcial, é fundamental passar por uma avaliação médica completa. Isso inclui exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para determinar a extensão do problema renal, seja um tumor ou outra condição.

  • Discussão com a equipe médica

É essencial discutir todas as opções de tratamento disponíveis com sua equipe médica. Eles podem ajudá-lo a entender os prós e contras da nefrectomia parcial em comparação com outras abordagens, como a nefrectomia total, e ajudá-lo a tomar a decisão mais adequada ao seu caso.

  • Recuperação pós-operatória

A recuperação após uma nefrectomia parcial varia de paciente para paciente, mas geralmente envolve um período de internação hospitalar e um plano de cuidados pós-operatórios. É importante seguir todas as orientações médicas, incluindo repouso, dieta e medicação, para garantir uma recuperação bem-sucedida.

Por fim, podemos dizer que a nefrectomia parcial é uma opção cirúrgica valiosa em situações específicas, como o tratamento de tumores renais localizados e a doação de rim. No entanto, a decisão de realizar esse procedimento deve ser cuidadosamente avaliada em consulta com a equipe médica. O objetivo é sempre preservar a função renal e garantir a melhor qualidade de vida possível para o paciente.

Se você ou alguém que você conhece está considerando uma nefrectomia parcial, lembre-se de que a decisão deve ser baseada em uma avaliação completa e em discussões detalhadas com os profissionais de saúde. A saúde renal é preciosa, e o tratamento adequado pode fazer toda a diferença.

Como é o pós-operatório de uma nefrectomia parcial

Como é o pós-operatório de uma nefrectomia parcial

A cirurgia de remoção de parte do rim é chamada de nefrectomia parcial e, em muitos casos, quando é realizada por via minimamente invasiva, costuma ter um período pós-operatório bastante tolerável e de rápida recuperação. 

Quando a nefrectomia, parcial ou total, é realizada por via aberta, é necessário realizar uma grande e profunda incisão na parte lateral do abdômen do paciente, por onde o médico irá acessar o órgão. Já na cirurgia minimamente invasiva, o acesso acontece por pequenas incisões por onde são introduzidos os instrumentos da cirurgia, tanto na videolaparoscopia quanto na cirurgia robótica. 

Enquanto ambas as técnicas anulam a necessidade dessa grande incisão abdominal, a cirurgia robótica vai além, possibilitando grande precisão na remoção da parte comprometida do rim e menos riscos durante e após a operação. Tudo isso se traduz, é claro, num pós-operatório mais tranquilo para o paciente. 

Quando a nefrectomia parcial é indicada

Geralmente, a nefrectomia parcial costuma ser indicada para pacientes com câncer de rim quando o tumor tem menos de 4 centímetros de diâmetro e está em localização favorável. Pacientes que possuem tumor renal recidivante ou apenas um rim também podem se beneficiar da técnica, mas cada caso deve ser analisado individualmente. 

Antes do advento da cirurgia robótica, a técnica era reservada para tumores muito pequenos e, hoje, alguns crescimentos até mesmo maiores do que 4 centímetros podem ser tratados com a nefrectomia parcial. 

Como a nefrectomia parcial robótica é feita

Com o paciente sedado, são feitos pequenos cortes em seu abdômen, que precisa ser inflado com gás carbônico para que os instrumentos tenham espaço para se movimentar na cavidade abdominal. 

Por essas aberturas, são inseridos uma microcâmera e os instrumentos, que estão conectados aos quatro braços do robô. O cirurgião fica sentado num console na mesma sala, onde enxerga por um visor com imagens aumentadas, em 3D e em tempo real de dentro do corpo do paciente. 

Por meio de controles semelhantes a um joystick de videogame, o médico controla os instrumentos que vão realizar as incisões, suturas e outras etapas importantes da nefrectomia parcial, como a realização de uma isquemia, por exemplo. 

Trata-se de um clampeamento dos vasos renais para paralisar, temporariamente, o fluxo de sangue do rim e prevenir uma hemorragia. Como as delicadas estruturas do órgão não podem ficar sem irrigação sanguínea por muito tempo, as suturas precisam ser feitas rapidamente para que a isquemia seja revertida e não haja dano aos tecidos. 

Na cirurgia robótica, o tempo da isquemia tende a ser menor, preservando as funções renais do paciente. Já em casos em que o clampeamento não é possível, o nível de sangramento é grande. Nessa situação, a tecnologia robótica é muito vantajosa para suturar de maneira rápida e segura. 

Por fim, a porção do rim a ser removida é colocada num pequeno saquinho plástico dentro do abdômen do paciente e retirada por uma das incisões.

O pós-operatório da nefrectomia parcial

Apesar de menos traumática do que por via aberta ou laparoscópica, a nefrectomia parcial robótica ainda é uma cirurgia e, portanto, o paciente irá experienciar algum desconforto após o procedimento. Entretanto, ele será monitorado pela equipe médica e o anestesista é responsável por administrar medicamentos que aliviem a dor. 

Para promover a cicatrização, circulação sanguínea e o funcionamento normal dos rins, é recomendado que o paciente ande pelo quarto ou hospital depois da cirurgia. Essa medida também é importante para prevenir outras complicações. 

Durante alguns dias, o paciente precisará manter uma dieta líquida e de fácil digestão. Aos poucos, os alimentos sólidos serão reintroduzidos. 

Na maioria dos casos, o paciente pode voltar às suas atividades dentro de 4 a 6 semanas depois da cirurgia. 

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