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Conheça os tipos de câncer de rim e as diferenças entre eles

Conheça os tipos de câncer de rim e as diferenças entre eles

Nem todo câncer de rim é igual e isso é muito importante para pensarmos no prognóstico e tratamento do paciente. Esse é um órgão bastante complexo, formado por estruturas de células diversas que podem todas passar por processos carcinogênicos e se multiplicarem até formarem tumores. 

Podemos dizer que o câncer de rim se divide em duas grandes categorias chamadas carcinoma de células renais ou tumores corticais renais, e tumores uroteliais ou carcinoma de células transicionais. Existem muitos outros subtipos de carcinoma de células renais e ainda mais tipos de câncer de rim considerados raros, então vou explicar um pouco sobre cada um. 

Carcinoma de células renais

Até 90% dos casos de câncer de rim correspondem a carcinomas de células reais. Esse tipo de tumor se desenvolve na parte principal do rim, que contém as estruturas que chamamos de túbulos renais. 

Cada rim humano contém milhões de néfrons, unidade funcional do rim responsável pela formação da urina. Cada néfron está associado a um túbulo renal, que se unem para formar dutos condutores da urina. Todo tumor desenvolvido nessa região é chamado de carcinoma de célula renal ou cortical renal, mas nem todos eles são malignos. 

Carcinoma de células renais claras: Esse tipo de câncer de rim corresponde a 7 em cada 10 casos registrados aqui no Brasil. Ele possui esse nome porque quando analisamos suas células cancerosas sob o microscópio, elas têm uma aparência clara ou pálida. 

Tumores papilares: Correspondem a 10 a 15% dos tumores renais, e formam pequenas projeções semelhantes a um dedo no tumor, por isso se chamam papilares. Existem, também, mais dois subtipos de tumores papilares, sendo que o timo 1 é mais comum e cresce  lentamente, enquanto o tipo 2 é muito mais agressivo e imprevisível. 

Além disso, os tumores papilares estão associados a algumas síndromes genéticas hereditárias, e se o médico suspeitar que esse pode ser o seu caso, ele poderá sugerir um teste genético. Ter certeza de que o paciente é portador desse tipo de síndrome pode oferecer informações muito úteis para traçarmos um plano de tratamento eficaz.

Carcinoma cromófobo de células renais: Correspondem a 5% a 10% dos tumores de células renais. Assim como o tumor de células renais claras, ele também tem aparência clara sob o microscópio, mas podem atingir tamanhos significativos. Apesar disso, são considerados tumores menos agressivos. 

Tumores de ducto coletor: Considerado extremamente raro, esse tipo de tumor é muito agressivo e costuma não responder ao tratamento convencional. 

Tumores não classificados: Esses tipos de câncer de rim não se parece com nenhum outro tipo de tumor sob o microscópio, e geralmente são muito agressivos. Correspondem a 3% a 5% dos tumores renais.

Carcinoma de células transicionais 

Os tumores uroteliais começam no revestimento da pelve renal, onde os túbulos renais deixam a urina. Como esse revestimento é formado por células de transição que se parecem com aquelas que revestem os ureteres e a bexiga, esse tipo de tumor pode se parecer com um com um tumor de bexiga sob o microscópio. 

Outra semelhança com o câncer de bexiga é que esse tipo de tumor está frequentemente associado ao tabagismo ou à exposição a determinados químicos industriais. 

Tipos muito raros de câncer de rim

Existem dois tipos de câncer de rim que são excepcionalmente raros: o tumor de Wilms, que costuma acometer crianças e é raríssimo em adultos e o sarcoma renal.

A maioria dos tumores de Wilms é unilateral e costumam crescer e alcançar grandes volumes antes de serem diagnosticados. Não é incomum que a doença seja descoberta quando o tumor já está maior do que o próprio rim, o que não é, necessariamente, um indicativo de metástase. 

Já o sarcoma renal é um tipo raro e muito agressivo de câncer de rim que se desenvolve nos vasos sanguíneos ou no tecido conjuntivo renal. Geralmente, o prognóstico do paciente não é positivo. 

Espero que o post de hoje tenha te ajudado a entender melhor o câncer de rim, que é uma doença considerada silenciosa e perigosa! Se tiver alguma dúvida, pode deixar aqui nos comentários.

5 fatos sobre o câncer de rim que todos precisam saber

5 fatos sobre o câncer de rim que todos precisam saber

O câncer de rim é o terceiro tumor mais frequente do aparelho geniturinário e representa cerca de 3% dos cânceres diagnosticados em adultos. Infelizmente, ainda é comum que esse tipo de doença só seja descoberto depois de entrar em metástase.

Isso se deve, em parte, à falta de conhecimento da população a respeito da incidência e prevenção desse tipo de tumor. Por esse motivo, reuni 5 fatos importantíssimos a respeito do câncer de rim para que você fique bem informado e possa tomar atitudes concretas para evitar esse e outros problemas de saúde. 

Tabagismo, obesidade e hipertensão são os principais fatores de risco

Fator de risco é tudo aquilo que aumenta a possibilidade de a pessoa desenvolver uma doença. O Tabagismo, a obesidade e a hipertensão estão ligados à diversos tipos de de tumor, mas no caso do câncer de rim, a questão tem a ver, principalmente, com a função primária do órgão, que é filtrar o sangue. 

Um estudo publicado em 2014 na revista científica The Lancet apontou que o aumento de 5kg/m² no Índice de Massa Corporal está relacionado a um risco 25% maior de desenvolver a doença. O ganho de peso faz com que o órgão precise filtrar mais sangue do que o normal para atender à demanda do organismo.

Quando o assunto é tabagismo, as substâncias cancerígenas presentes no cigarro entram na corrente sanguínea através dos pulmões e vão ser filtradas pelos rins, onde podem incentivar o desenvolvimento de um tumor.

Já a relação entre o câncer de rim e a hipertensão não está totalmente clara ainda. Alguns estudo sugerem que certos medicamentos utilizados no tratamento da doença podem aumentar o risco de tumores.

Atividade física é uma grande aliada na prevenção do câncer de rim

De acordo com uma pesquisa publicada no British Journal of Cancer, que analisou a associação entre atividade física e câncer renal, a prática de exercício físico pode chegar a diminuir o risco de desenvolver a neoplasia em até 22%. 

Ainda faltam pesquisas para determinar quais tipos, intensidade e frequência de exercícios físicos podem ser mais efetivos. Entretanto, não faltam evidências científicas de que levar uma vida ativa faz toda a diferença na prevenção do câncer. 

O câncer de rim não costuma apresentar sintomas na fase inicial

Atualmente, quase metade dos tumores renais é diagnosticada acidentalmente, durante um exame de check-up, por exemplo. Geralmente, as massas nos rins são identificadas em exames de imagem como ultrassom ou tomografia computadorizada realizados por outro motivo.

Isso ocorre porque raramente o câncer de rim apresenta sintomas em fases iniciais. Alguns deles são sangue na urina, dor lombar, varicocele e massa abdominal palpável. 

Homens têm três vezes mais chances de ter câncer de rim do que mulheres

As estatísticas sempre demonstraram que a porcentagem de homens que desenvolvem câncer de rim é três vezes maior do que a de mulheres. 

O motivo, segundo um estudo publicado na revista científica Nature Communications, parece ser os andrógenos, conjunto de hormônios masculinos como a testosterona. 

Os pesquisadores também identificaram que os homens são mais suscetíveis a metástases pulmonares do câncer renal do que as mulheres. Em contrapartida, houve pouca diferença entre os gêneros em relação à metástases nos gânglios linfáticos. 

Isso parece acontecer porque as células cancerígenas no sistema linfático têm poucos receptores de andrógenos. 

O principal tratamento é a remoção de parte ou todo o rim

Quando uma massa é identificada no rim do paciente, é difícil dizer se é maligna ou benigna. Por esse motivo, o padrão de tratamento é a remoção do tumor para biópsia, juntamente de parte ou a totalidade do órgão. 

Dependendo do tamanho do tumor, localização e estado de saúde do paciente, pode ser possível remover somente parte do rim. Esse procedimento é chamado de nefrectomia parcial. 

Entretanto, em muitos casos é mais indicado remover todo o órgão, numa cirurgia chamada nefrectomia radical. 

Ambos os procedimentos podem ser realizados de maneira minimamente invasiva, com a videolaparoscopia ou cirurgia robótica. 

Se você quer continuar se informando sobre o tratamento do câncer de rim, me acompanhe no Facebook e Instagram. Sempre abordo esse assunto por lá!

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