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Câncer de próstata vai cair para o 14º tipo de tumor mais prevalente em 2040

Câncer de próstata vai cair para o 14º tipo de tumor mais prevalente em 2040

Atualmente, o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de tumor que mais afeta os homens e o quarto mais comum na população como um todo. Entretanto, um recente estudo publicado no Jama Network parece prever um cenário diferente para os Estados Unidos, em que esse tumor passará a ser o 14º mais comum, em 2040. 

A partir de estimativas de crescimento populacional e a incidência de câncer e de mortes em decorrência da doença na população atual dos EUA, os pesquisadores foram capazes de estabelecer estimativas a respeito de diversos tipos de câncer. 

Por exemplo, o estudo apontou que os tipos de tumor mais prevalentes entre a população norte-americana, em 2040, serão os de mama, melanoma, pulmão e intestino. Em 2020, os tumores mais comuns foram os de mama, pulmão, próstata e intestino. 

Isso significa que a incidência do câncer de próstata terá uma queda muito expressiva nos próximos vinte anos, passando da terceira para a décima quarta posição. 

Essa projeção foi baseada no registro de uma diminuição expressiva no diagnóstico de câncer de próstata de 1999 a 2015, o que pode estar relacionado a recomendações da Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos. 

Em 2008, a instituição desencorajou o rastreamento da doença em homens acima de 75 anos, e, em 2012, recomendou que nenhum homem passasse por exames de rastreamento. Felizmente, em 2018, orientou que homens de 55 a 69 anos façam uma decisão pessoal e informada a respeito do rastreamento do câncer de próstata. 

Urologista em BH – Outros tumores urológicos serão prevalentes entre os homens, em 2040

Apesar da boa notícia da diminuição na prevalência do câncer de próstata entre os homens nos próximos vinte anos, outros tumores urológicos se tornarão mais comuns entre eles. O destaque fica para o câncer de rim, que ocupava a sexta posição e agora está entre os cinco tumores mais prevalentes entre os homens:

Melanoma, câncer de pulmão, bexiga, rim e intestino serão os principais tipos de neoplasia que afetarão os homens norte-americanos. Em 2020, os tumores mais comuns entre os indivíduos do sexo masculino foram os de próstata, pulmão, intestino e bexiga

Tumor de próstata continua entre as principais causas de morte relacionadas ao câncer

Entretanto, em 2040, o câncer de próstata vai continuar sendo a segunda principal causa de morte por câncer entre os homens. A doença fica atrás do câncer de pulmão e à frente do câncer de fígado e pâncreas.

Esse pode ser um reflexo das mudanças de posicionamento da Força Tarefa de Serviços Preventivos, considerando que as chances de cura para o câncer de próstata são muito menores quando a doença é diagnosticada em estágio avançado. 

Além disso, vale considerar que as projeções estão sujeitas a mudanças e não são determinantes do que de fato irá acontecer nos próximos vinte anos. De todo modo, o estudo nos oferece algumas orientações importantes a respeito do perfil dos pacientes urológicos até 2040, e nos lembra que a saúde do homem vai muito além da próstata. 

 

Entenda o que é o câncer de próstata resistente à castração

Entenda o que é o câncer de próstata resistente à castração

Nem todo câncer de próstata é igual. Além de diferenças devido ao estágio da doença, a resposta ao tratamento também define o tipo de tumor.

Um dos tratamentos mais comuns é a terapia hormonal, que tem como objetivo reduzir o nível de hormônios masculinos no corpo. 

Os andrógenos estimulam as células do tumor a crescerem e, portanto, diminuir o nível desses hormônios pode fazer com que os tumores diminuam de tamanho ou cresçam mais lentamente por um tempo. Entretanto, é importante ressaltar que a hormonioterapia não cura o câncer de próstata. 

Quando o câncer não responde a esse tipo de tratamento, é chamado de resistente à castração. 

Para quem a terapia hormonal é indicada

A terapia hormonal pode ser de diversos tipos e pode ser utilizada em diversas situações, como as seguintes:

  • O câncer de próstata já entrou em metástase. Portanto, o paciente não pode remover a glândula e nem passar por radioterapia.
  • O câncer entrou em recidiva após cirurgia ou radioterapia.
  • Em conjunto com a radioterapia como tratamento inicial, se o paciente tem alto risco de recidiva após o tratamento.
  • Antes da radioterapia, para tentar reduzir o tamanho do tumor e aumentar a eficácia do tratamento.

Porque alguns tumores se tornam resistentes à castração

É muito comum que tumores da próstata que inicialmente responderam muito bem à terapia hormonal voltem a aumentar de tamanho, mesmo com níveis muito baixos de andrógenos.

Isso pode acontecer por diversos motivos, como os seguintes:

  • As células tumorais estão produzindo mais moléculas receptoras de andrógenos
  • Houve uma mudança no gene do receptor de andrógenos, tornando-o mais ativo
  • Houve uma mudança na própria atividade das proteínas que controlam a função do receptor de andrógenos
  • O tumor aumentou de tamanho por outros mecanismos não relacionado ao receptor de andrógenos

No início de seu desenvolvimento, os tumores da próstata precisam de níveis relativamente altos de andrógenos para aumentar de tamanho. Entretanto, quanto mais a doença progride, maiores as chances de o câncer se tornar resistente à terapia hormonal. 

Caminhos do tratamento depois do diagnóstico

Geralmente, sabemos que o paciente tem um tumor resistente à castração quando os exames de sangue mostram níveis progressivamente altos de PSA e baixos níveis de testosterona. Quando isso acontece, a estratégia de tratamento deve mudar. 

O câncer de próstata resistente à castração representa, ainda, um desafio para a urologia. Entretanto, diversos tratamentos ainda estão disponíveis, de acordo com as condições e características clínicas de cada paciente. 

O mais recente avanço nesse sentido é a aprovação da darolutamida (Nubeqa®), um antiandrogênico oral que foi aprovado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo de 2020 e que já está em circulação no Brasil. 

Ele é utilizado no tratamento do câncer de próstata resistente à castração não metastático. Outros medicamentos bloqueadores androgênicos completos como apalutamida e enzalutamida também têm resultado positivo no tratamento desse tipo de tumor, mas com efeitos colaterais difíceis de manejar. 

Outras opções de tratamento incluem a inibição da síntese androgênica, imunoterapia, quimioterapia e radioterapia.

Brasileiros criam medicamento que mata células do câncer de bexiga

Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer de bexiga, na maioria dos casos,  tratamento recomendado é a ressecção do tumor por via endoscópica (um aparelho é introduzido através do canal de uretra). Esse tratamento possibilitar a cura e o controle da doença.

E, em casos selecionados, depois dessa cirurgia, pode-se aplicar um medicamento chamado onco-BCG como uma terapia complementar. É o que chamamos de imunoterapia com BCG, que faz com o sistema imunológico crie condições de atacar as células cancerígenas, atuando principalmente para evitar a recorrência do tumor e o seu “enraizamento” em camadas mais profundas da bexiga.

O problema desse tratamento é que alguns pacientes sofrem bastante com os efeitos colaterais, que incluem ardência ao urinar, sensação de queimação na uretra, sintomas de gripe, febre com calafrios, fadiga e até sangramento urinário.

Foi por isso que pesquisadores da Unicamp desenvolveram a primeira imunoterapia 100% brasileira, uma vacina capaz de matar as células do câncer sem causar tanto desconforto. E com um super bônus: o medicamento é seis vezes mais potente e tem demonstrado bons resultados inclusive em pessoas que já estavam desenganadas.

A droga

Fruto de um estudo de 13 anos, o nanofármaco ajuda o sistema imunológico a combater os tumores malignos produzindo interferon, uma proteína que consegue matar as células tumorais de forma mais efetiva e menos tóxica do que os tratamentos usuais.

Desde maio de 2017, essa droga vem sendo utilizada em pacientes que estão na seguinte situação: já passaram por todo tipo de tratamento, enfrentam a metástase e, até então, não havia mais nada que a medicina pudesse fazer por eles.

Nesses casos, houve uma redução de 40% a 50% no número e no tamanho de tumores, e a expectativa inicial de vida que era de, no máximo, três meses, já passa de um ano.

Com o bom resultado, a Comissão de Ética em Seres Humanos da Unicamp liberou o teste da medicação para pacientes com câncer de bexiga em qualquer estágio da doença.

Esses testes continuam e a expectativa é de que vacina chegue ao mercado em seis anos. Os resultados estão sendo apresentados em congressos da área e serão publicados na ASCO, Congresso Americano de Oncologia. Mais uma novidade que merece a nossa atenção (e torcida!).

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