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Por que ainda se usa exame de toque retal para o diagnóstico de câncer de próstata?

O exame de toque retal para o diagnóstico de câncer de próstata tem sido um tema de debate entre médicos, pacientes e especialistas em saúde ao longo dos anos. Enquanto muitos argumentam que esse exame é um método valioso e necessário, outros questionam sua eficácia e conforto. Neste texto, vamos explorar a importância desse exame, como ele é realizado e por que ainda é amplamente utilizado.

O que é o exame de toque retal?

O exame de toque retal é um procedimento simples e rápido, no qual o médico insere um dedo lubrificado no ânus do paciente para examinar a glândula prostática. Durante o exame, o médico verifica a consistência da próstata, procurando por anormalidades como nódulos, áreas endurecidas ou irregularidades que possam indicar a presença de câncer ou outras condições.

  1. Detecção precoce de câncer

Um dos principais objetivos do exame de toque retal é a detecção precoce do câncer de próstata. Quando identificado em estágios iniciais, o câncer de próstata tem uma taxa de cura significativamente maior. O exame permite que os médicos identifiquem alterações que podem não ser evidentes em exames de sangue, como o PSA (Antígeno Prostático Específico).

  1. Complemento a outros testes

Embora o exame de PSA seja uma ferramenta valiosa na triagem do câncer de próstata, ele não é infalível. Os níveis de PSA podem ser elevados por várias razões que não estão relacionadas ao câncer, como inflamação ou infecção. O exame de toque retal fornece uma avaliação física que complementa os resultados do PSA, ajudando os médicos a tomar decisões mais informadas sobre a necessidade de biópsias ou acompanhamento adicional.

  1. Avaliação da saúde prostática geral

Além de detectar câncer, o toque retal permite a avaliação da saúde geral da próstata. O médico pode identificar condições como hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o aumento da próstata e pode causar sintomas urinários. Identificar essas condições precocemente pode levar a intervenções mais eficazes.

O debate em torno do exame

Apesar dos benefícios, o exame de toque retal tem seus críticos. Algumas das principais preocupações incluem:

  1. Desconforto e ansiedade

Para muitos homens, a ideia de um exame de toque retal pode ser desconfortável e até mesmo embaraçosa. Essa percepção pode levar à hesitação em procurar ajuda médica, resultando em diagnósticos tardios.

  1. Evidências mistas sobre a eficácia

Alguns estudos questionam a eficácia do toque retal em termos de aumento da taxa de sobrevivência ao câncer de próstata. Isso levou a recomendações conflitantes sobre a triagem para o câncer de próstata, e alguns especialistas defendem métodos alternativos de detecção.

A importância da conversa aberta

É essencial que os homens tenham uma conversa aberta e honesta com seus médicos sobre a triagem do câncer de próstata. O exame de toque retal deve ser discutido em conjunto com outras opções de triagem, como o teste de PSA. Cada paciente é único, e fatores como histórico familiar, idade e saúde geral devem ser considerados ao decidir sobre a triagem.

Conclusão

O exame de toque retal continua a ser uma ferramenta importante na detecção precoce do câncer de próstata e na avaliação da saúde prostática. Embora existam preocupações legítimas sobre desconforto e eficácia, é fundamental que os homens se sintam à vontade para discutir suas preocupações com seus médicos. A detecção precoce é a chave para um tratamento bem-sucedido, e o toque retal, embora possa ser um exame desconfortável, pode desempenhar um papel crucial nessa jornada.

Homens acima de 50 anos ou aqueles com histórico familiar de câncer de próstata devem considerar discutir o exame de toque retal com seu médico como parte de um plano abrangente de cuidados de saúde. A conscientização e a educação são essenciais para garantir que todos os homens recebam os cuidados que merecem.

Câncer de bexiga: Homens fumantes e mulheres são mais afetados

O câncer de bexiga, apesar de ser menos conhecido que o câncer de próstata, é uma doença grave que merece atenção e conscientização. 

 

Vamos explorar mais sobre essa condição, seus fatores de risco e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

 

Prevalência do câncer de bexiga

Na França, por exemplo, o câncer de bexiga afeta entre 13 mil e 20 mil novas pessoas todos os anos, sendo a maioria homens com mais de 60 anos de idade. Essa doença é responsável por cerca de 5 mil mortes anualmente. No Brasil e em outros países, as estatísticas também são alarmantes, destacando a necessidade de mais informações e medidas preventivas.

 

Fatores de risco

 

  1. Tabagismo: o fator de risco mais significativo para o câncer de bexiga é o tabagismo. Os produtos químicos presentes no tabaco são filtrados pelos rins e excretados na urina, entrando em contato direto com a parede da bexiga e aumentando o risco de desenvolvimento de células cancerígenas. Fumantes têm três vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga do que não fumantes.
  2. Gênero: homens são mais afetados pelo câncer de bexiga do que mulheres. Acredita-se que a diferença esteja relacionada ao maior consumo de tabaco entre homens, bem como a fatores ocupacionais, já que muitos homens estão expostos a produtos químicos industriais que podem aumentar o risco de câncer de bexiga.
  3. Idade: o risco de câncer de bexiga aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 60 anos. No entanto, a doença pode ocorrer em qualquer faixa etária.
  4. Exposição a produtos químicos: trabalhadores em indústrias que utilizam produtos químicos, como a indústria de tintas, borracha, couro e têxtil, têm maior risco de desenvolver câncer de bexiga devido à exposição prolongada a substâncias nocivas.

 

Sinais e sintomas

Os sintomas do câncer de bexiga podem variar, mas os mais comuns incluem:

 

  • Hematúria: Presença de sangue na urina, que pode ser visível a olho nu ou detectado em exames laboratoriais.
  • Dor ao urinar: Sensação de queimação ou dor durante a micção.
  • Necessidade frequente de urinar: Aumento da frequência urinária, mesmo quando a bexiga não está cheia.
  • Dor abdominal ou nas costas: Dor na região inferior do abdômen ou nas costas pode ser um sinal de que o câncer está avançado.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de bexiga é geralmente feito através de exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, além de exames laboratoriais de urina. A cistoscopia, um procedimento que permite visualizar diretamente o interior da bexiga, é fundamental para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da doença.

 

Os tratamentos variam conforme o estágio do câncer e podem incluir:

 

  • Cirurgia: Remoção do tumor através de cistoscopia ou cirurgia aberta.
  • Quimioterapia: Uso de medicamentos para destruir células cancerígenas.
  • Imunoterapia: Tratamentos que ajudam o sistema imunológico a combater o câncer.
  • Radioterapia: Uso de radiação para destruir células cancerígenas.

 

Prevenção e conscientização

A prevenção do câncer de bexiga passa principalmente pela redução dos fatores de risco conhecidos. A cessação do tabagismo é a medida mais eficaz para diminuir o risco. Além disso, trabalhadores expostos a produtos químicos devem seguir rigorosamente as normas de segurança ocupacional.

 

A conscientização sobre os sinais e sintomas do câncer de bexiga é crucial para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz. Campanhas de saúde pública e educação sobre os riscos do tabagismo e a importância da detecção precoce podem salvar vidas.

 

Considerações finais

Embora o câncer de bexiga seja menos conhecido do que outros tipos de câncer, sua gravidade não deve ser subestimada. Homens fumantes e mulheres precisam estar cientes dos riscos e dos sinais de alerta desta doença. A adoção de hábitos de vida saudáveis, a redução da exposição a produtos químicos nocivos e a realização de exames de saúde regulares são medidas essenciais para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de bexiga.

 

Converse com seu médico sobre os riscos e a melhor forma de cuidar da sua saúde urológica. A prevenção e a informação são as melhores armas contra o câncer de bexiga.

Um testículo maior que o outro pode ser sinal de câncer?

Ao observar diferenças na anatomia dos membros genitais, é natural que surjam preocupações, especialmente quando essas mudanças envolvem a região íntima. Uma questão comum que pode surgir é a disparidade de tamanho entre os testículos. Mas será que ter um testículo maior que o outro é motivo para preocupação com relação ao câncer?

 

Anatomia e variações normais

O corpo humano é complexo e possui membros duplicados, dispostos simetricamente em lados opostos do corpo. Braços, mãos, pernas, pés e, claro, os testículos, estão sujeitos a algumas variações normais em termos de tamanho e formato. Essas diferenças podem ser perceptíveis e não necessariamente indicam um problema de saúde.

 

Comparação e expectativas

É comum que as pessoas comparem seus testículos, esperando que sejam simétricos ou muito semelhantes em tamanho e formato. No entanto, pequenas disparidades são normais e não devem ser motivo de preocupação. Cada testículo pode ter um tamanho ligeiramente diferente, e isso é perfeitamente comum.

 

Sinais de alerta para câncer

Quando se trata de sinais de alerta para câncer testicular, é essencial estar atento a quaisquer mudanças físicas ou sensações incomuns nos testículos. Embora variações de tamanho entre os testículos sejam comuns e, geralmente, não indiquem um problema de saúde, certos sintomas devem ser levados a sério e podem exigir avaliação médica imediata.

 

  1. Dor ou desconforto persistente: Sentir dor ou desconforto persistente em um dos testículos pode ser um sinal de alerta para o câncer testicular. Essa dor pode variar de leve a intensa e pode ser acompanhada por sensação de peso ou pressão na região.
  2. Inchaço ou aumento repentino de tamanho: Se um dos testículos apresentar inchaço significativo ou um aumento repentino de tamanho, isso pode indicar a presença de um tumor. É importante estar ciente de qualquer mudança na aparência dos testículos e procurar avaliação médica se ocorrer algum inchaço anormal.
  3. Sensação de peso ou sensibilidade: Uma sensação de peso ou sensibilidade nos testículos, especialmente se for persistente ou acompanhada por outros sintomas, como dor ou inchaço, pode ser um sinal de alerta para o câncer testicular. Essa sensação pode indicar a presença de um tumor ou outras anormalidades.
  4. Mudanças na textura ou consistência: Alterações na textura ou consistência dos testículos, como endurecimento ou áreas irregulares, podem ser indicativas de câncer testicular. Essas mudanças podem ser detectadas durante a autoexame ou durante um exame médico.
  5. Presença de nódulos ou protuberâncias: A presença de nódulos ou protuberâncias palpáveis nos testículos é um sintoma comum do câncer testicular. Esses nódulos podem ser detectados durante o autoexame ou durante um exame médico e devem ser avaliados por um profissional de saúde.

É importante ressaltar que esses sinais de alerta não devem ser ignorados e exigem avaliação médica adequada. Se você notar qualquer um desses sintomas ou tiver preocupações com a saúde dos seus testículos, consulte um médico urologista para uma avaliação completa e orientação sobre os próximos passos. O diagnóstico precoce do câncer testicular aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido e recuperação.

 

Importância da avaliação médica

Se você notar algum desses sintomas, é fundamental procurar orientação médica imediatamente. Um médico especialista pode realizar exames físicos, como a palpação dos testículos, e solicitar exames adicionais, como ultrassonografia, para avaliar qualquer anormalidade e determinar o tratamento adequado, caso necessário.

 

Conclusão

Ter um testículo maior que o outro nem sempre é motivo de preocupação, pois variações normais na anatomia são comuns. No entanto, é crucial estar atento a sinais de alerta que possam indicar problemas de saúde mais graves, como o câncer testicular. A realização de exames de rotina e a busca por assistência médica ao primeiro sinal de preocupação são essenciais para garantir a saúde urológica e o bem-estar geral.

Cirurgia robótica: os planos de saúde cobrem esse procedimento?

Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem se destacado como uma opção avançada e eficaz em diversas áreas da medicina. Com sistemas precisos e tecnologicamente avançados, essa modalidade cirúrgica oferece benefícios significativos para os pacientes, como incisões menores, menor tempo de recuperação e taxas reduzidas de complicações pós-operatórias.

 

No entanto, muitos pacientes se deparam com uma questão crucial: os planos de saúde cobrem esse procedimento?

 

Os benefícios da cirurgia robótica

A cirurgia robótica tem transformado a abordagem cirúrgica em uma variedade de especialidades médicas, incluindo urologia, ginecologia, cirurgia geral e cardiovascular. Com sistemas robóticos avançados, os cirurgiões podem realizar procedimentos complexos com incisões mínimas, reduzindo o trauma nos tecidos, o tempo de recuperação e o risco de complicações pós-operatórias.

 

Os desafios na cobertura dos planos de saúde

Apesar dos avanços na tecnologia e da crescente demanda por cirurgias robóticas, muitos pacientes enfrentam dificuldades para obter a cobertura desse tipo de procedimento por parte dos planos de saúde.

 

Isso se deve, em parte, ao fato de que a cirurgia robótica pode não estar incluída nos rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 

 

A busca por cobertura através da justiça

Diante da negativa de cobertura por parte dos planos de saúde, muitos pacientes têm recorrido ao sistema judiciário em busca de garantir o acesso à cirurgia robótica. Mesmo que eventualmente a cirurgia robótica não esteja listada nos procedimentos cobertos pela ANS, os pacientes têm obtido sucesso na obtenção de decisões judiciais favoráveis, garantindo a cobertura integral da cirurgia ou o reembolso das despesas com sua realização.

 

Os direitos dos pacientes e a legislação brasileira

A legislação brasileira reconhece o direito à saúde como um direito fundamental de todo cidadão, garantindo o acesso a tratamentos médicos adequados e eficazes. Nesse sentido, os pacientes têm o direito de buscar tratamentos modernos e avançados, como a cirurgia robótica, quando necessário, mesmo que inicialmente negados pelos planos de saúde.

 

Assessoria jurídica especializada e apoio aos pacientes

Para os pacientes que enfrentam dificuldades na obtenção da cobertura da cirurgia robótica, contar com o auxílio de uma assessoria jurídica especializada pode ser fundamental. Advogados especializados em direito à saúde podem orientar e representar os pacientes em processos judiciais, buscando garantir seus direitos e assegurar o acesso ao tratamento necessário.

 

Garantindo o acesso a tratamentos modernos

Em suma, a cirurgia robótica representa uma opção moderna e eficaz de tratamento em diversas condições médicas, oferecendo benefícios significativos para os pacientes. Embora os desafios na cobertura pelos planos de saúde ainda persistam, os pacientes têm o direito de buscar acesso a esse tipo de procedimento, seja por meio de decisões judiciais ou do reembolso das despesas. 

 

Com o apoio da legislação e da assistência jurídica especializada, é possível garantir o acesso a tratamentos modernos e avançados, promovendo a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Estudo urodinâmico: entenda melhor sobre esse exame e quando ele é indicado!

O estudo urodinâmico, ou avaliação urodinâmica, é um exame médico crucial para verificar a função do trato urinário inferior e identificar a origem de diversos problemas urinários. Este teste detalhado fornece insights importantes sobre como a bexiga e a uretra estão funcionando, ajudando a diagnosticar a causa exata de sintomas urinários e a planejar o tratamento adequado.

 

Este exame detalhado ajuda os médicos a entender como a bexiga e a uretra estão funcionando, sendo crucial para diagnosticar problemas relacionados ao armazenamento e esvaziamento urinário. A bexiga possui funções vitais, principalmente armazenar urina e permitir uma micção eficiente e controlada, aspectos fundamentais para a saúde e o bem-estar do indivíduo.

 

Disfunções no sistema urinário inferior podem manifestar-se de várias maneiras, como incontinência urinária, urgência, frequência urinária aumentada, dificuldade de esvaziamento da bexiga, ou sensações dolorosas durante a micção. Esses sintomas não só causam desconforto físico, mas também afetam a qualidade de vida, a saúde mental e o bem-estar social do paciente.

 

O estudo urodinâmico avalia diversos parâmetros, como o fluxo urinário, volume da bexiga, pressões internas e funcionamento dos esfíncteres, fornecendo informações detalhadas da dinâmica urinária. Essas informações são vitais para que o médico possa compreender qualquer anormalidade ou disfunção e, assim, determinar o melhor curso de tratamento.

 

Entender a necessidade e o processo envolvido em uma avaliação urodinâmica pode ajudar pacientes a se sentirem mais preparados e tranquilos ao se submeterem ao exame. Além disso, promove uma maior conscientização sobre a importância da saúde urinária e encoraja as pessoas a procurarem assistência médica ao experimentarem sintomas, contribuindo para diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.

 

Como é realizado o estudo urodinâmico?

Durante o exame, que é minimamente invasivo, medem-se a pressão na bexiga e na uretra e o fluxo de urina em diversas situações. O paciente pode ser solicitado a urinar em um equipamento especial que mede o fluxo e a quantidade de urina. Sensores são utilizados para registrar as pressões e o comportamento da musculatura envolvida no processo de armazenamento e liberação da urina.

 

Quando o exame é indicado?

O estudo urodinâmico é indicado para pacientes que apresentam sintomas como incontinência urinária, frequência urinária aumentada, urgência para urinar, dificuldades para iniciar a micção, sensações de esvaziamento incompleto ou esforço durante a micção. Também é relevante para casos de sintomas neurogênicos relacionados à bexiga, resultantes de condições como lesões na medula espinhal ou doenças neurológicas.

 

Preparação e o que esperar

Geralmente, o estudo urodinâmico não requer uma preparação complexa. É recomendado que o paciente chegue ao exame confortavelmente hidratado e com a bexiga moderadamente cheia. Após o exame, é comum sentir uma leve sensação de desconforto ao urinar, mas isso geralmente se resolve em pouco tempo.

O impacto da diabetes da saúde urológica

A diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pelo descontrole dos níveis de açúcar no sangue devido à incapacidade do pâncreas em produzir insulina suficiente ou pela ineficiência do corpo em utilizar essa insulina, a diabetes pode ter repercussões em várias partes do corpo, incluindo o sistema urológico. Este artigo explora como a diabetes afeta a saúde urológica e as medidas que os indivíduos podem tomar para mitigar esses efeitos.

 

Entendendo a diabetes e seu impacto geral

Antes de nos aprofundarmos nos efeitos urológicos, é essencial entender o que é a diabetes. Existem dois tipos principais: Tipo 1, onde o corpo não produz insulina, e Tipo 2, onde o corpo não usa insulina de forma eficaz. Ambos resultam em altos níveis de glicose no sangue, que, ao longo do tempo, podem causar uma série de complicações em várias partes do corpo, incluindo nervos, rins, olhos e vasos sanguíneos.

A conexão entre diabetes e saúde urológica

A saúde urológica refere-se ao funcionamento do sistema urinário e dos órgãos reprodutivos. Em pessoas com diabetes, a saúde urológica pode ser significativamente impactada de várias maneiras:

 

  • Infecções do Trato Urinário (ITUs): os altos níveis de glicose na urina podem ser um terreno fértil para bactérias, aumentando o risco de ITUs. Estas infecções podem ser mais frequentes, graves e difíceis de tratar em diabéticos.
  • Disfunção da bexiga: a neuropatia diabética, danos nos nervos causados por altos níveis de açúcar no sangue, pode levar a uma bexiga hiperativa ou a uma bexiga que não se esvazia completamente. Isso pode resultar em incontinência urinária ou retenção urinária crônica.
  • Disfunção Erétil (DE): nos homens, o diabetes pode danificar nervos e vasos sanguíneos, o que pode levar à dificuldade em obter ou manter uma ereção. Estima-se que homens com diabetes sejam 3 vezes mais propensos a ter DE do que homens não diabéticos.
  • Doença Renal Diabética: os rins filtram o excesso de glicose do sangue. Com o tempo, o alto nível de glicose pode sobrecarregar e danificar esses filtros, levando a uma condição conhecida como nefropatia diabética, que pode progredir para insuficiência renal.

 

Gerenciando o impacto da diabetes na saúde urológica

Enquanto a diabetes pode ter um impacto significativo na saúde urológica, existem várias estratégias que os indivíduos podem adotar para gerenciar ou minimizar esses efeitos:

 

  • Controle rigoroso do açúcar no sangue: manter os níveis de glicose dentro de uma faixa saudável é crucial. Isso pode envolver monitoramento regular, medicamentos, insulina e mudanças no estilo de vida, como dieta e exercício.
  • Hidratação adequada: beber bastante água pode ajudar a diluir a urina e reduzir o risco de ITUs.
  • Exames regulares: consultas regulares com um urologista podem ajudar a identificar e tratar precocemente qualquer problema urológico.
  • Estilo de vida saudável: um estilo de vida saudável, incluindo dieta balanceada, exercícios regulares e abstenção de fumar, pode ajudar a gerenciar tanto a diabetes quanto os problemas urológicos relacionados.
  • Educação e conscientização: entender a conexão entre diabetes e saúde urológica e estar ciente dos sinais e sintomas de problemas urológicos pode levar a diagnósticos e tratamentos mais precoces.

 

O impacto da diabetes na saúde urológica é significativo e multifacetado. No entanto, com um gerenciamento eficaz da condição e uma comunicação aberta com profissionais de saúde, os indivíduos com diabetes podem tomar medidas proativas para proteger sua saúde urológica. Entender os riscos e adotar um estilo de vida saudável são passos cruciais para manter tanto o bem-estar urológico quanto o geral em face da diabetes.

 

Entenda a tecnologia usada no tratamento da hiperplasia prostática benigna

A dilatação do volume da próstata é uma enfermidade bastante corriqueira entre os homens após os 50/60 anos, representando a quarta doença urológica mais comum entre eles.

 

A próstata não tem o seu crescimento interrompido e, com o passar dos anos, essa glândula vai se tornando cada vez maior. 

 

Esse fenômeno recebe o nome de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), popularmente chamado de próstata aumentada.

 

Ao entrar na casa dos 70 anos, estima-se que, pelo menos 70% dos homens, já terão desenvolvido essa condição. 

 

Vamos entender um pouco mais sobre essa doença e quais as novidades que poderão ajudar no seu tratamento?

 

Quais consequências a expansão da próstata pode trazer?

 

A localização da próstata é um fator crítico para entendermos os sintomas que a HPB pode gerar. 

 

Como ela está alocada logo abaixo da bexiga, é comum os hábitos urinários sofrerem alteração.

 

É comum que os portadores dessa condição passem a urinar com mais frequência, tenham mais dificuldade para conter a urina, convivam com a sensação de que a bexiga não esvaziou por completo, entre outros sintomas que impactam na sua qualidade de vida.

 

Essas alterações podem desencadear um sentimento de insegurança desses homens e até prejudicar a sua rotina, uma vez que eles tendem a evitar sair de casa por medo de não conseguirem segurar o xixi ou por precisarem ir ao banheiro com muita frequência.

 

Em decorrência do comprometimento do funcionamento da bexiga e dos rins, complicações como a obstrução da uretra, retenção urinária aguda e insuficiência renal também podem acontecer.

 

Mas esses desconfortos não são definitivos. Atualmente, os tratamentos estão se aprimorando cada vez mais e ajudando a devolver a qualidade de vida aos pacientes.

 

Como tratar a HPB?

 

Para alguns casos os tratamentos medicamentosos podem ser suficientes, mas, para outros, são necessárias intervenções cirúrgicas. Principalmente, para aqueles em que houve intensa obstrução da uretra. 

 

Opções cirúrgicas menos invasivas, com acesso feito pelo canal da uretra para alcançar a próstata, trouxeram várias vantagens. Porém,  recentemente, surgiu uma  opção que consegue combinar as vantagens oferecidas pelas cirurgias, sem as desvantagens das mesmas, 

 

Estou me referindo ao Laser Holep, uma sigla para Enucleação Endoscópica Prostática com Holmium Laser. Esse recurso é cada vez mais utilizado e recomendado pela Sociedade Americana e Europeia de Urologia, por conseguir tratar próstatas de qualquer tamanho.

 

Ela também acontece pelo canal da urina, o que dispensa os cortes no abdome e na bexiga. Porém, diferentemente da raspagem clássica, esse método consegue enuclear todo o tecido sobressalente da próstata. A sua recuperação também é mais tranquila: o paciente tem alta um dia após o procedimento e não precisa usar sonda.

 

O Holep se diferencia da raspagem de próstata (RTU) pela sua maior eficácia: ela remove maiores quantidades de tecido, com a recuperação mais rápida. As chances de acontecer efeitos colaterais também são reduzidas.

 

Para aqueles que tomam anticoagulantes o Holep também é indicado. Como não há cortes, os riscos de sangramento são extintos e o paciente não precisa suspender a sua medicação.

Seu pai teve câncer de próstata? Então fique atento!

“Meu pai teve câncer de próstata. Isso significa que eu também terei a doença?” Essa é uma das muitas perguntas que escuto no consultório, e a resposta é: existe um aumento na taxa de incidência quando pai, irmãos e primos apresentam a doença – para se ter uma ideia, as chances aumentam em até 10 vezes.

Vamos entender melhor?

Sobre o câncer de próstata

De acordo com pesquisas, o câncer de próstata atinge cerca de 10% da população masculina com 50 anos no mundo e aproximadamente 30% dos homens com mais de 70 anos. Um estudo recente mostrou que o Brasil conta com mais de 60 mil casos de câncer de próstata por ano. Nesse sentido, estar atento aos sinais e fazer o diagnóstico precoce são fatores essenciais para garantir maior sucesso no tratamento.

Os sintomas mais comuns da doença são: 

◾Dificuldade ou sangramento ao urinar;

◾Dor na região da pelve;

◾Vontade frequente de urinar;

◾Sangue presente no sêmen.

Diagnóstico

Por meio do exame de toque e de alterações na dosagem do PSA é possível diagnosticar a doença que, se estiver em seu estágio inicial, há grandes chances de cura. Por isso, é fundamental ir ao urologista pelo menos uma vez ao ano.

Quando existe alteração nos níveis de PSA ou anormalidades identificadas no exame de toque retal, o médico poderá pedir outros exames para confirmar ou descartar a presença de um câncer.

Síndromes familiares

Existe um aumento na taxa de incidência quando pai, irmãos e primos apresentam o câncer de próstata. Com três familiares com a doença, por exemplo, as chances crescem em até 10 vezes. Sabendo disso, é crucial essa pessoa realizar exames preventivos de forma precoce, em torno dos 40 anos de idade.

No entanto, nem todo mundo que tem histórico familiar terá a doença. Mesmo assim, se existe histórico de câncer de próstata em sua família, converse com seu urologista sobre a periodicidade dos exames de rastreamento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a investigação prostática anual para este tipo de paciente deve ser iniciada aos 45 anos de idade, mas em certos casos, é preciso antecipar ainda mais este cuidado.

Prevenção

Para evitar a doença é importante manter hábitos saudáveis como praticar exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada e evitar o consumo excessivo de cigarro e bebidas alcoólicas. Vale dizer que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 150 minutos de atividade física por semana ajudam na prevenção.

Lembre-se: quanto antes o câncer de próstata for diagnosticado, maiores serão as chances de cura!

As medidas que tornam a cirurgia robótica ainda mais segura

As medidas que tornam a cirurgia robótica ainda mais segura

A cirurgia robótica trouxe muitos avanços para o tratamento de diversos tipos de enfermidade, reduzindo riscos associados a procedimentos.

Isso não significa, naturalmente, que procedimentos assistidos por robô são livres de riscos. Ainda que minimamente invasiva, a cirurgia robótica pode ter intercorrências. Nesse sentido, contar com um cirurgião experiente, equipe preparada e tecnologia de ponta para prevenir e controlar qualquer tipo de problema é fundamental. 

Quais os riscos de uma cirurgia robótica?

De maneira geral, podemos categorizar os riscos da cirurgia robótica como aqueles relacionados ao uso do sistema e aqueles que são gerais, parte do procedimento em si. 

A telecirurgia, por exemplo, em que o médico está localizado em outra cidade e até estado em relação ao paciente tem seus riscos específicos. Afinal, o controle preciso dos movimentos do robô vai depender da qualidade da conexão de dados entre o console do cirurgião e o robô na sala de cirurgia. De todo modo, essa não é uma prática comum.

Além disso, qualquer tipo de dispositivo mecânico ou eletrônico está sujeito a falhas, motivo pelo qual as plataformas robóticas são equipadas com recursos para minimizar as chances de qualquer problema técnico acontecer. 

Como a cirurgia robótica reduz os riscos dos procedimentos

Os mecanismos pelos quais a plataforma robótica minimiza os riscos diretos para os pacientes são a redundância do sistema, tolerância a falhas e o uso de alertas do sistema. 

A redundância é a adição de um dispositivo ou componente no sistema capaz de operar com excelência quando o dispositivo primário falha. A tolerância a falhas é a habilidade de um sistema continuar operando sem interrupção quando um de seus componentes falham. Por fim, o alerta do sistema é a entrega imediata de informações a respeito de determinadas circunstâncias durante a cirurgia em tempo real.

Além disso, o Food and Drug Administration (FDA) recomenda que médicos e hospitais que utilizam cirurgia assistida por robô se assegurem de que os cirurgiões tenham o treinamento adequado e as credenciais necessárias, além de outros membros da equipe. 

Lembrando que o processo de treinamento de um cirurgião para operar com o robô é longo e envolve uma série de etapas. Primeiro, ele precisa passar por muitas horas de cirurgias num simulador, que conta com todos os instrumentos que existem no robô real.

Essa plataforma, chamada Mimic, gera relatórios para que o médico possa descobrir quais pontos precisa melhorar antes de passar para os próximos níveis de expertise. É necessário completar pelo menos 20 horas de simulações antes de partir para algum centro de treinamento, onde ele poderá tirar a sua certificação

Depois de voltar para casa, o médico poderá operar somente com a presença de um proctor, cirurgião mais experiente que estará ao seu lado para oferecer segurança e passar ainda mais ensinamentos por pelo menos 20 cirurgias. 

Como você pode ver, o treinamento para operar com o robô é rigoroso e a própria plataforma conta com diversos recursos para blindar qualquer tipo de problema técnico durante a cirurgia. 

Se você ainda tem dúvidas sobre como funciona a cirurgia robótica, confira esses posts aqui do meu blog e, se tiver alguma pergunta em específico, pode me mandar no Instagram, ok?

Pesquisa comprova: meninos não vão ao urologista

Este foi o resultado de uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia, feita com 3.305 adolescentes dentro dessa faixa etária. E sabem o que é mais preocupante? É exatamente nessa fase que nós descobrimos e prevenimos algumas doenças que causam infertilidade na vida adulta, como a varicocele, por exemplo. 

Por isso, é importante reforçar que os adolescentes do sexo masculino podem começar a frequentar o urologista assim que a puberdade der seus primeiros sinais, independentemente da idade. Principalmente porque nós não temos a função exclusiva de tratar doenças, mas também de esclarecer dúvidas em um período de rápido desenvolvimento físico, cognitivo, social e sexual que traz consequências diretas para a vida adulta. 

Portanto, pais, incentivem seus filhos! Agendem uma consulta para eles. E se você tiver nessa faixa etária, deixe todos os medos e preconceitos de lado e procure um bom urologista. Ter alguém em quem confiar numa fase tão importante fará toda a diferença em todos os aspectos da sua vida.

Os principais problemas urológicos na adolescência:

Varicocele – dilatação das veias nos testículos. É a causa mais comum, conhecida e tratável de infertilidade masculina: acomete em torno de 35% dos homens com infertilidade primária e 80% com infertilidade secundária, embora esteja presente em aproximadamente 20-25% da população masculina em geral. Assintomática, a doença é geralmente detectada em consulta de rotina pelo exame físico dos genitais e, quando necessário, corrigida por microcirurgia.

Balanopostite – é o processo inflamatório mais frequente que ocorre no pênis. É uma inflamação conjunta da glande e prepúcio (balanite é inflamação da glande; postite é inflamação do prepúcio). A causa mais comum é uma infecção fúngica aguda causada pela candida albicans. Não é considerada uma infecção sexualmente transmissível, pois pode-se desenvolver sem a realização de penetração, embora o casal possa compartilhar a cândida durante o ato sexual. O tratamento é feito com cremes tópicos associados à medicação via oral.

Fimose – é a incapacidade (ou apenas uma dificuldade, em diversos graus) para retrair o prepúcio, que é a pele que recobre a glande ou a “cabeça” do pênis. Pais e pacientes podem confundir fimose com o excesso de prepúcio, que não sugere nenhum problema, se não há dificuldade de retração prepucial.

Ejaculação precoce – é caracterizada pela ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, quando o tempo desde a penetração vaginal até a ejaculação passa a ser insatisfatório para o homem ou para o casal. No jovem, a causa costuma estar relacionada à ansiedade e à inexperiência do ato sexual. O tratamento é realizado basicamente por meio de psicoterapia sexual e de farmacoterapia. 

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