Categoria: Dicas

3 perguntas frequentes sobre a próstata

É muito comum que o paciente chegue ao consultório com milhares de dúvidas e preconceitos a respeito do exame de próstata e um total desconhecimento acerca de sua importância para o diagnóstico precoce de doenças como o câncer. Segundo o INCA, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, e muito desse motivo se dá à falta de informação, preconceito e até vergonha. 

Por isso, hoje, venho esclarecer algumas questões: como é o exame de próstata? Com que idade devo começar a fazer o exame? O tratamento do câncer de próstata provoca incontinência urinária?

Confira!

Importância da próstata

Muito se fala em próstata, mas você sabe qual é a sua utilidade? Bom, a próstata é uma glândula do sistema genital masculino, que fica na frente do reto e logo abaixo da bexiga urinária. Podemos dizer que o seu tamanho varia de acordo com a idade. Por exemplo, em homens mais novos, ela costuma ser do tamanho de uma noz, mas pode crescer com o avançar da idade.

Sua principal função é produzir o fluido que serve como proteção e nutrição dos espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. 

Como é o exame de próstata? 

Por causa do preconceito que envolve o exame, muitos homens são diagnosticados com algum problema no órgão, como o câncer, quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma alta taxa de óbitos. Quando identificado em fase inicial, o câncer de próstata tem altos índices de cura.

Por isso, é tão importante fazer regularmente o exame de próstata, já que eles avaliam se há alterações presentes na glândula. Os exames, conhecidos como PSA e toque prostático, servem para diagnosticar a condição antes mesmo do surgimento de sintomas. O PSA avalia os níveis de concentração dessa glicoproteína que é produzida, primariamente, pelas células epiteliais da próstata. A sua presença no sangue do homem não é anormal, desde que a quantidade esteja equilibrada.

Caso haja alterações nesses exames, o médico especialista poderá solicitar outros, como medição do jato de urina e ultrassonografia transretal, para melhor investigação de tumores que podem ser malignos e evoluírem para câncer.

Com que idade devo começar a fazer o exame?

Simples. Se há na família alguém que tenha tido câncer de próstata, o homem deve começar o preventivo mais cedo, a partir dos 45 anos. Se não tem nenhum histórico na família, aí, sim, pode começar aos 50 anos.

O tratamento do câncer de próstata provoca incontinência urinária?

No caso de câncer, o cirurgião talvez precise cortar o músculo para retirar todo o tumor com uma boa margem de segurança, o que pode ocasionar perdas urinárias no pós-operatório.  Dependendo do quanto se corta o músculo, o paciente pode ter uma perda da continência ou incontinência urinária completa.

Porém, isso ocorre muito raramente, sendo em apenas 1% dos pacientes, geralmente aqueles obesos, sedentários e que fazem uso de cigarro. Os demais tendem a apresentar um grau de incontinência temporária, que some depois do tratamento. 

Vale dizer também que a radioterapia, tratamento muito comum do câncer, não deixa o paciente com incontinência urinária.

Câncer de bexiga: sangue na urina é um sinal que merece atenção!

Muito pouco ainda se fala sobre o câncer de bexiga, porém, você sabia que ele está entre os dez tipos de câncer mais comuns do mundo? 

Sabendo disso, é importante ficar atento aos sinais, que podem ser parecidos com outras doenças no trato urinário. O sangue na urina, por exemplo, é um sintoma que merece bastante atenção. 

Continue a leitura para saber mais!

Câncer de bexiga

A bexiga é o órgão que armazena a urina antes de ser eliminada do corpo. Durante a micção, os músculos da bexiga se contraem e a urina é eliminada através da uretra.  O câncer de bexiga ocorre quando parte das células do órgão começam a crescer e a se multiplicar de forma desordenada, criando tumores que podem invadir órgãos vizinhos. 

Trata-se de uma doença que possui alto risco de recidiva, além de progressão rápida. Mesmo que o paciente não sinta dor ao urinar, mas identifique sangue na urina, é preciso buscar ajuda profissional, visto que esse é o principal sintoma do tumor. Como é um sinal visível, isso faz com que os pacientes busquem ajuda médica logo. Por isso, normalmente, os tumores são diagnosticados no início.

Outros sintomas incluem desconforto ao urinar, vontade de fazer xixi várias vezes ao dia, dores na região pélvica e redução da urina. Em casos mais avançados, os pacientes podem apresentar sintomas como perda de peso, cansaço, fraqueza, perda do apetite, dor óssea e incapacidade de urinar. 

Mas vale dizer que esses sinais também são comuns em outras doenças como infecção urinária, aumento benigno da próstata, bexiga hiperativa e pedras nos rins e bexiga.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco podem contribuir altamente para o câncer de bexiga, como o tabagismo, responsável por mais da metade dos casos. As substâncias químicas presentes no cigarro entram na corrente sanguínea e são filtradas pelos rins. Na bexiga, a urina ainda carrega seus componentes e pode danificar as células do órgão.

Outros fatores incluem:

  • exposição a diversos compostos químicos
  • baixo consumo de líquidos
  • analgésicos em excesso
  • idade e etnia

Tratamento

Quando o câncer de bexiga está nos estágios iniciais, o tumor pode ser retirado por via endoscópica através da uretra, com uma ressecção transuretral endoscópica. Contudo,  em estágios mais avançados, pode ser necessária a retirada total da bexiga e órgãos próximos. 

Por isso, seja qual for o sintoma, não hesite em procurar um urologista, afinal, as causas para esse problema podem ser várias, porém, quanto antes for tratado, mais chances de sucesso.

Urolift: Entenda o novo tratamento para próstata aumentada

Urolift: Entenda o novo tratamento para próstata aumentada

O Urolift é um novo tratamento para a próstata aumentada, condição que é uma realidade para parcela significativa dos homens com mais de 50 anos, quando as células dessa glândula começam a se multiplicar de maneira anormal. 

Em parte dos casos, o aumento do tamanho da próstata não traz sintomas significativos e o homem sente poucas mudanças além da diminuição do jato de urina. Entretanto, outros podem passar por uma queda na qualidade de vida causada pela por dificuldades na hora de urinar, sangramentos, retenção de urina e infecções de repetição na bexiga, uretra e próstata. 

Em casos como esses, a intervenção médica é fundamental para minimizar o desconforto e prevenir problemas mais sérios, como o desenvolvimento de infecções resistentes e até mesmo cálculos na bexiga. 

Geralmente, o tratamento inicial é feito com medicamentos, que buscam relaxar a musculatura ou inibir o crescimento da próstata. Caso essa abordagem não seja bem sucedida, é a hora de investir em técnicas como a cirurgia, que é muito segura e pode ser feita de maneira minimamente invasiva. Se você quiser saber mais sobre esse tratamento, confira esse post aqui.

Contudo, o foco de hoje é um tratamento inovador que chegou recentemente ao Brasil: o Urolift. 

Entenda como funciona o Urolift e quais são suas vantagens

O Urolift é um procedimento minimamente invasivo que pode ser descrito como o grampeamento da próstata. Neste método, pequenos implantes são utilizados para levantar e fixar a próstata longe da passagem da urina, o que diminui drasticamente os sintomas da hiperplasia prostática benigna

Na prática, isso significa que não são feitos cortes ou remoção do tecido prostático, ou aquecimento do mesmo. 

Para além de seu caráter minimamente invasivo, com recuperação rápida e alta no mesmo dia do procedimento, uma das principais vantagens do Urolift é evitar o uso de medicação e manter a ejaculação. Isso é muito importante, principalmente, para os pacientes jovens. 

Nos Estados Unidos, o Urolift é feito somente com anestesia local, mas, no Brasil, os médicos têm utilizado a sedação para deixar o paciente mais confortável, já que o acesso à próstata é feito pela uretra. Inclusive, não é necessário usar sonda para urinar depois do procedimento.

Para quem o Urolift é indicado? 

Esse tratamento foi aprovado pela Food And Drug Administration já há alguns anos. Recentemente, teve sua indicação expandida para próstatas com até 100 gramas. Isso significa que o Urolift não é indicado para homens com a próstata muito grande.

Homens com infecções no trato urinário ou qualquer outra condição que possa impedir a inserção do dispositivo pela uretra também não são bons candidatos ao  Urolift. 

Vale ressaltar que, apesar de trazer inovações e vantagens, o Urolift não é tão efetivo quanto a cirurgia para hiperplasia prostática benigna, porque aproximadamente 12% dos pacientes precisam refazer o tratamento.  

As medidas que tornam a cirurgia robótica ainda mais segura

As medidas que tornam a cirurgia robótica ainda mais segura

A cirurgia robótica trouxe muitos avanços para o tratamento de diversos tipos de enfermidade, reduzindo riscos associados a procedimentos.

Isso não significa, naturalmente, que procedimentos assistidos por robô são livres de riscos. Ainda que minimamente invasiva, a cirurgia robótica pode ter intercorrências. Nesse sentido, contar com um cirurgião experiente, equipe preparada e tecnologia de ponta para prevenir e controlar qualquer tipo de problema é fundamental. 

Quais os riscos de uma cirurgia robótica?

De maneira geral, podemos categorizar os riscos da cirurgia robótica como aqueles relacionados ao uso do sistema e aqueles que são gerais, parte do procedimento em si. 

A telecirurgia, por exemplo, em que o médico está localizado em outra cidade e até estado em relação ao paciente tem seus riscos específicos. Afinal, o controle preciso dos movimentos do robô vai depender da qualidade da conexão de dados entre o console do cirurgião e o robô na sala de cirurgia. De todo modo, essa não é uma prática comum.

Além disso, qualquer tipo de dispositivo mecânico ou eletrônico está sujeito a falhas, motivo pelo qual as plataformas robóticas são equipadas com recursos para minimizar as chances de qualquer problema técnico acontecer. 

Como a cirurgia robótica reduz os riscos dos procedimentos

Os mecanismos pelos quais a plataforma robótica minimiza os riscos diretos para os pacientes são a redundância do sistema, tolerância a falhas e o uso de alertas do sistema. 

A redundância é a adição de um dispositivo ou componente no sistema capaz de operar com excelência quando o dispositivo primário falha. A tolerância a falhas é a habilidade de um sistema continuar operando sem interrupção quando um de seus componentes falham. Por fim, o alerta do sistema é a entrega imediata de informações a respeito de determinadas circunstâncias durante a cirurgia em tempo real.

Além disso, o Food and Drug Administration (FDA) recomenda que médicos e hospitais que utilizam cirurgia assistida por robô se assegurem de que os cirurgiões tenham o treinamento adequado e as credenciais necessárias, além de outros membros da equipe. 

Lembrando que o processo de treinamento de um cirurgião para operar com o robô é longo e envolve uma série de etapas. Primeiro, ele precisa passar por muitas horas de cirurgias num simulador, que conta com todos os instrumentos que existem no robô real.

Essa plataforma, chamada Mimic, gera relatórios para que o médico possa descobrir quais pontos precisa melhorar antes de passar para os próximos níveis de expertise. É necessário completar pelo menos 20 horas de simulações antes de partir para algum centro de treinamento, onde ele poderá tirar a sua certificação

Depois de voltar para casa, o médico poderá operar somente com a presença de um proctor, cirurgião mais experiente que estará ao seu lado para oferecer segurança e passar ainda mais ensinamentos por pelo menos 20 cirurgias. 

Como você pode ver, o treinamento para operar com o robô é rigoroso e a própria plataforma conta com diversos recursos para blindar qualquer tipo de problema técnico durante a cirurgia. 

Se você ainda tem dúvidas sobre como funciona a cirurgia robótica, confira esses posts aqui do meu blog e, se tiver alguma pergunta em específico, pode me mandar no Instagram, ok?

Como escolher o seu cirurgião

Formação acadêmica, participação em congressos, artigos publicados, número de cirurgias realizadas, capacidade de diagnóstico, pacientes famosos, e por aí vai. Há muitas maneiras de avaliar um médico cirurgião e escolher o melhor entre tantas opções. Mas, geralmente, uma das questões mais importantes não é levada em conta: a relação médico/paciente.

Na minha opinião, um bom cirurgião é também aquele que acolhe as pessoas e as deixam confortáveis, em uma relação de confiança e muita clareza. Afinal, a empatia é o primeiro laço criado entre médico e paciente. Laço que se solidifica com o preparo técnico e a humanização do atendimento prestado durante a consulta.

Além dessa questão, algumas dicas podem ajudar no processo de encontrar um profissional, com segurança e confiabilidade:

1 – Não escolher o médico ao acaso

Busque referências. Converse com pessoas que tenham feito alguma cirurgia com o profissional e pergunte como foi o atendimento no pré e, principalmente, no pós-operatório. Hoje, isso pode ser feito de uma maneira muito simples e rápida, por exemplo, via redes sociais. Verificar os comentários nas páginas do médico é um bom começo.

2 – Checar a formação técnica e científica do médico

Cheque se o profissional é membro efetivo da entidade de classe da sua especialidade – no meu caso, temos a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – e se ele tem certificação e habilitação para realizar o procedimento proposto. Essas informações podem ser facilmente verificadas na internet, no site do Conselho Regional de Medicina. Informe-se também sobre a titulação acadêmica (Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado) e a instituição onde foi realizada, assim como participações em congressos, simpósios, palestras, apresentações de trabalhos e publicações (nacionais e internacionais).

3 – Analisar o peso da experiência

Verifique se o cirurgião é um especialista na operação específica que você precisa e se ele já atuou em alguma instituição pública ou privada com alto volume de pacientes (centros de referência). Isso pode sinalizar experiência na resolução de casos clínicos mais complexos. Esse critério é muito importante quando se trata, especialmente, de cirurgias para o tratamento do câncer de próstata, quando há alguma chance de o paciente ficar impotente e incontinente após a cirurgia.

4 – Analisar o atendimento

Já na consulta, além da questão do atendimento humanizado que eu já citei (e tenho como pilar fundamental da atuação médica), avalie também o cuidado com que o profissional explica o procedimento que será realizado e o critério para selecionar sua equipe, hospital e materiais. O ideal é optar por um lugar onde diferentes especialidades trabalhem juntas, principalmente se o caso for câncer de próstata. Poder contar com uma abordagem multidisciplinar faz toda a diferença no tratamento.

5 – Fazer perguntas

Não fique com dúvidas! Faça quantas perguntas quiser até se sentir totalmente seguro. Afinal, é a sua vida e a sua saúde que estão em questão. Pergunte ao cirurgião sobre resultados, quantas vezes ele realizou a cirurgia, quantas operações faz por semana/mês/ano, qual é a sua taxa de sucesso, que porcentagem de pacientes requer tratamentos adicionais após a prostatectomia radical (em casos de câncer de próstata), como ele lida com complicações específicas que podem surgir após a cirurgia…

E pergunte também sobre a sua busca pelo aprimoramento profissional em novas tecnologias. A formação de um bom cirurgião depende de treinamento, talento, desejo de melhorar e revisão meticulosa das técnicas mais modernas e dos resultados de cada uma delas.

Compostos do café podem retardar e até impedir câncer de próstata

Cientistas japoneses descobriram que dois compostos encontrados no café podem retardar ou mesmo impedir o crescimento do câncer de próstata. São eles o acetato de kahweol e o cafestol, ambos hidrocarbonetos presentes no café comum.

O objetivo dos pesquisadores era verificar como as substâncias encontradas naturalmente nos grãos agiam na proliferação de células cancerosas da próstata humana cultivadas in vitro.

Inicialmente, seis compostos foram testados. Até que eles observaram que as células tratadas com o acetato de kahweol e o cafestol cresceram mais lentamente que as células doentes que não foram tratadas com essas duas substâncias.

 

Os testes

Foi quando os cientistas partiram para a segunda etapa do estudo: a de testes em camundongos. Os compostos foram administrados em um grupo de 16 cobaias que receberam células cancerígenas da próstata por meio de transplantes:

– Quatro ficaram como controle;

– Quatro foram tratadas com acetato de kahweol;

– Quatro foram tratadas com cafestol;

– E as últimas quatro foram tratadas com a combinação dos dois compostos.

Após 11 dias de tratamento, o grupo tratado com o uso combinado das moléculas apresentou um desenvolvimento bem mais desacelerado do tumor. Além disso, os pesquisadores também observaram que não foram registradas células tumorais nativas, ou seja, que se replicaram no corpo.

Isso significa que esses compostos podem ter um efeito até sobre células que, hoje, são resistentes a drogas usadas no tratamento do câncer. Com isso, novos medicamentos com base nessas moléculas poderiam ser desenvolvidos para tratar o câncer de próstata mais resistente.

As descobertas foram realizadas por pesquisadores da Universidade de Kanazawa, no Japão, publicadas na revista The Prostate e divulgadas no último Congresso da Associação Europeia de Urologia, que aconteceu em Barcelona.

Mas, sempre há um porém. E, apesar de as conclusões serem bem animadoras, o estudo ainda precisa ser encarado com um certo cuidado.

 

Considerações

Por mais que seja um estudo-piloto, o trabalho mostra que o uso desses compostos é cientificamente viável. Mas ainda não é possível dizer se o mesmo efeito visto nos camundongos ocorre em humanos.

Além disso, mesmo que os dados sejam promissores e bastante animadores, não devem fazer com que as pessoas mudem seu consumo de café. Afinal, sabemos que apesar de efeitos positivos, ele também tem efeitos negativos, se consumido em excesso.

Por isso, é necessário que se descubra mais sobre os mecanismos que agem por trás desses achados. O próximo passo dos cientistas é considerar como essas descobertas podem ser testadas em uma amostra maior e, em seguida, em humanos. Vamos aguardar!

 

testosterona

Cuidado com a testosterona: o hormônio do tesão também leva mais cedo ao caixão

Já vi pessoas adotarem os mais diversos tipos de culto mas, recentemente, um específico tem me chamado atenção: o culto à testosterona.

Sim! O uso desse hormônio arrebanha cada vez mais fiéis, sobretudo do sexo masculino, seduzidos por alguns “milagres” prometidos aí: aumento da massa magra, músculos esculpidos,  emagrecimento rápido, força de Hércules e libido turbinada. Que paraíso, não é mesmo?

O problema é que o inferno fica logo ao lado. As “graças” alcançadas podem vir acompanhadas de desordens cardiovasculares e do fígado, infertilidade, câncer de próstata e até danos cerebrais.

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