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Tudo sobre hormônios masculinos e saúde do homem

Tudo sobre hormônios masculinos e saúde do homem

O equilíbrio hormonal é fundamental para a saúde, afinal, os hormônios se relacionam a coordenam as diversas atividades do organismo. 

Por isso, na falta o excesso dessas substâncias, o indivíduo vai notar o surgimento de alguns sintomas que, a longo prazo, podem evoluir para problemas mais graves. 

Quais são os hormônios masculinos e seu papel no organismo

Os principais hormônios masculinos são produzidos nos testículos e são responsáveis por determinar as características sexuais secundárias, além de promoverem o impulso sexual e induzirem a formação de espermatozóides 

Na puberdade, uma glândula chamada hipófise produz dois hormônios chamados de gonadotrofinas, o folículo-estimulante (FSH) e o luteinizante (LH). Eles têm esse nome porque agem diretamente nas gônadas (testículos), estimulando a produção de testosterona. 

Depois que esse hormônio passa a circular pelo corpo do menino, começam as mudanças típicas do período: a voz engrossa, os pêlos aumentam, o pênis se desenvolve e o impulso sexual aumenta. Juntos, a testosterona e as gonadotrofinas provocam a espermatogênese. 

Além de atuar no desejo sexual e nas ereções, a testosterona, no adulto, também afeta muitas atividades metabólicas, como a produção de células do sangue, a medula óssea, o formação do osso, o metabolismo de lipídios e carboidratos, a função hepática e o crescimento natural da próstata.

O que é e como lidar com a testosterona baixa

Uma parcela significativa dos homens acima dos 40 anos vai apresentar uma queda na produção de testosterona. Trata-se da DAEM (Doença Androgênica do Envelhecimento Masculino), conhecida popularmente como andropausa. 

Como falei acima, esse hormônio exerce diversas funções no organismo do homem, de maneira que esse desequilíbrio pode gerar uma série de sintomas, como problemas de cognição, raciocínio,memória,  diminuição da força muscular e da libido, bem como perda da disposição geral. 

Em casos mais graves, as alterações dos níveis desse hormônio no corpo podem levar até mesmo à infertilidade, já que a testosterona é fundamental na produção de espermatozóides. 

A DAEM precisa ser sempre diagnosticada e tratada por um urologista ou endocrinologista, já que a reposição de testosterona pode ter efeitos colaterais e contraindicações. Alguns pacientes desconfiam que estão com níveis baixos de testosterona e realizam aplicações desse hormônio por conta própria, o que pode causar problemas muito sérios à saúde masculina. 

A questão hormonal e o câncer de próstata 

Uma das situações em a reposição de testosterona não é indicada é quando o paciente tem alguns tipos de câncer, principalmente o de próstata localmente avançado.

Níveis mais altos de testosterona podem fazer com que esse tipo de tumor aumente de tamanho. Não é à toa que muitos casos de câncer de próstata também são tratados com terapias de privação de andrógeno, fazendo com que o tumor pare de crescer e até mesmo diminua. Como efeito colateral, o homem pode experienciar diminuição da libido, disfunção erétil, ganho de peso e até mesmo diminuição do tamanho dos testículos e do pênis. 

Entretanto, em alguns pacientes que já conseguiram se curar da doença, é sim possível repor a testosterona (sempre com acompanhamento médico) e assim recuperar a potência sexual, por exemplo. 

Espero que esse texto tenha te ajudado a entender melhor a respeito do papel da testosterona na saúde masculina. Se você quer continuar se informando sobre saúde do homem, me acompanhe no Instagram, onde sempre faço reflexões a respeito desse assunto. 

Quase 30% dos homens terá prostatite ao longo da vida: entenda mais sobre a doença

Prostatite é a inflamação da próstata, glândula responsável pela produção do líquido que ajuda a compor o sêmen. Geralmente, a doença é causada por infecção bacteriana que, sem o tratamento adequado, pode se tornar um quadro crônico de inflamação e até levar à sepse. Entre os sintomas, estão dores pélvicas e urgência para urinar, devido ao inchaço da próstata. 

Como o homem desenvolve a prostatite

A prostatite bacteriana costuma ser causada por uma bactéria chamada Escherichia Coli, que também é responsável por muitas infecções urinárias. Entretanto, outros microorganismos como Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, Serratia e até mesmo a Enterococcus fecalis também podem estar relacionados à doença. 

Alguns fatores de risco que podem levar à contaminação são infecção urinária, uso de cateter vesical, infecção pelo HIV e inflamações da uretra causadas por doenças sexualmente transmissíveis como gonorreia ou clamídia. 

Mais uma vez, o uso de preservativo é fundamental na prevenção de diversas doenças, inclusive durante o sexo anal. Afinal, o ânus é uma região com alta concentração de bactérias que podem levar à prostatite e outras infecções. 

Os principais sintomas da inflamação da próstata são os seguintes: 

  • Febre
  • Calafrios
  • Disúria (dor ao urinar)
  • Dificuldade em urinar
  • Vontade frequente de urinar
  • Dor pélvica
  • Urina turva
  • Mal estar
  • Dores musculares e nas articulações

Com a inflamação, a próstata incha, o que comprime a uretra e dificulta a passagem da urina. Se o paciente já apresentar um quadro pregresso de hiperplasia benigna da próstata, este sintoma poderá aparecer ainda no começo da inflamação e de maneira mais intensa. 

Tratamento é feito com antibióticos

Depois do diagnóstico clínico, associado a um exame simples de urina ou urocultura, o médico irá receitar antibióticos por um período médio de quatro semanas. 

Dependendo do resultado da urocultura, que demora um pouco mais para ficar pronto, a medicação poderá ser alterada para um fármaco mais específico, voltado para a bactéria encontrada no exame. 

Geralmente, os sintomas melhoram com 48h do início do tratamento e alguns analgésicos ou antiinflamatórios também podem ser utilizados para minimizar o desconforto. 

Possíveis complicações da prostatite

A principal complicação da prostatite é um quadro crônico de inflamação, com sintomas leves que podem se assemelhar a uma cistite. Geralmente, ela é decorrência do tratamento inadequado da prostatite aguda. 

Uma das principais diferenças entre os dois quadros é a alta concentração bacteriana na próstata, de maneira que o toque retal pode ajudar no diagnóstico da prostatite crônica mas causar complicações quando o paciente está lidando com a infecção aguda. 

Outra complicação possível é o choque séptico, caracterizado por um intenso estado infeccioso no organismo. Ele corre quando a corrente sanguínea é invadida por agentes infecciosos, levando à uma intensa resposta inflamatória em todo o corpo. 

Se você quer saber mais sobre doenças benignas da próstata, não deixe de me acompanhar, também, no Instagram e Facebook. 

Orientação por Realidade Aumentada 3D: mais um avanço na cirurgia robótica

Novidade no campo da cirurgia robótica: Pesquisadores italianos desenvolveram uma ferramenta para a navegação cirúrgica intra operatória que sobrepõe, em tempo real, imagens de modelos tridimensionais da anatomia do paciente às imagens captadas pelos equipamentos cirúrgicos durante o procedimento videolaparoscópico ou robótico. 

O estudo compara esse recurso à ultrassonografia e foi divulgado na edição de novembro de 2019 da revista @euro_urol, uma publicação da Associação Europeia de Urologia. 👨🏻‍🔬

Ao utilizar o Sistema Cirúrgico da Vinci, por exemplo, o cirurgião já tem visualização em 3D, com um aumento de até 15 vezes da área operada. Com o novo recurso, ele vai enxergar ainda melhor as estruturas a serem operadas.

Se pensarmos, por exemplo numa nefrectomia (cirurgia indicada para casos de câncer de rim), fica fácil entender as vantagens da tecnologia: evitar que o paciente perca todo o órgão, permitindo que apenas a parte com tumor, mesmo os de maior extensão, seja extraída durante a operação. 🕹️

No estudo, os modelos tridimensionais foram criados a partir de tomografias computadorizadas pré-operatórias. Depois, com uma plataforma desenvolvida especialmente para essa finalidade, os modelos podem ser “manipulados” de acordo com a intervenção a ser feita. Por fim, esse vídeo é sobreposto às imagens da anatomia do paciente em tempo real e é exibido no monitor do Sistema Cirúrgico da Vinci. 

Interessante, não é? Reconstruções de alta precisão como essa são possíveis graças à colaboração entre urologistas e bioengenheiros. Assim, a nefrectomia parcial pode ser feita aliando duas das mais modernas tecnologias para o tratamento do câncer de rim: cirurgia robótica e realidade aumentada 🤝

De maneira geral, os resultados demonstraram que o uso de Realidade Aumentada tridimensional diminuiu o risco do desenvolvimento de complicações pós-operatórias, além de ter mostrado um impacto positivo no retorno da função renal pós-cirurgia. 👍🏻

A técnica ainda apresenta algumas limitações. Exige uma grande equipe de profissionais, além de ser necessário realizar novos estudos utilizando um grupo amostral maior. No entanto, ela já aponta possibilidades de aperfeiçoar ainda mais a cirurgia e, consequentemente, a recuperação e qualidade de vida dos pacientes. 🔭

Nova modalidade de cirurgia robótica permite a retomada da vida sexual mais cedo

Novas técnicas de cirurgia robótica estão sendo empregadas no tratamento do câncer de próstata com grande eficácia e redução de complicações para o paciente.

Uma das mais novas apostas é a prostatectomia robótica com preservação da fáscia endopélvica associada à disseccão retrógrada dos feixes neurovasculares. O nome é complicado, eu sei! Mas, na prática, significa tratar o câncer de próstata com a mesma segurança oncológica de outras técnicas, mas permitindo, além disso, uma recuperação mais precoce da continência urinária e da potência sexual.

Depois do câncer de pele não-melanoma, o tumor da próstata é o mais preponderante entre os homens. E a disfunção erétil é o efeito colateral mais temido entre os que sabem que terão que passar por um tratamento para curar a doença.

A técnica que citei foi descrita, inicialmente, pelo colega Rafael Coelho (@coelho_urologia), que tem se destacado no cenário internacional como grande pesquisador do assunto e como expert no tratamento do câncer de próstata, especialmente pela via robótica.

A ideia é preservar, o máximo possível, as estruturas anatômicas ao redor da próstata. Com a plataforma robótica, que permite enxergar melhor e também realizar movimentos mais delicados, é possível fazer uma dissecção mais precisa, mantendo íntegras tais estruturas.

Os resultados têm nos surpreendido positivamente e, por essa razão, temos difundido a técnica entre os colegas cirurgiões da urologia. Em diversos eventos da área realizados ao longo de 2019, pudemos compartilhar esses resultados, além de mostrar, em cirurgias realizadas ao vivo, como tudo é feito.

Desde o ano 2.000, homens diagnosticados com câncer de próstata podem tratar a doença por meio da prostatectomia radical assistida por robô. Atualmente, cerca de 10% das cirurgias para remoção desse tipo de neoplasia, no Brasil, já são feitas com o auxílio da robótica. 

As duas principais doenças da próstata e os seus sintomas


O câncer de próstata não é a única doença que pode atingir a glândula. Existem outros problemas que, apesar de serem pouco conhecidos, são muito comuns: a prostatite e a hiperplasia prostática benigna. 

Prostatite: processo inflamatório e infeccioso frequente em homens adultos. Ela pode aparecer repentinamente, o que caracteriza prostatite aguda, ou não apresentar sintomas, caracterizando a prostatite crônica. Apesar de ser causada, geralmente, por bactérias, existe a forma não bacteriana da doença.

– Causas: 

Bacteriana: a bactéria mais comumente responsável é a Escherichia coli, encontrada no trato urinário ou intestino grosso, e que pode atingir a próstata. 

Não bacteriana: microorganismos ainda não identificados. 

Em ambos os casos, a infecção pode ser facilitada após quadros de uretrites (como gonorreia), em decorrência de relações sexuais com parceiras que apresentem infecções no aparelho ginecológico ou depois de penetração anal sem preservativo. 

– Sintomas:

Bacteriana: febre alta, dores pélvicas ou na região baixa das costas, dor ao urinar, ardência durante a ejaculação, sêmen amarelado ou com presença de sangue, maior frequência na necessidade de urinar ou dificuldade em conter a vontade de urinar. 

Não bacteriana: dor na parte baixa das costas, incômodo ao urinar, ocorrência de jatos fracos ou com interrupções no fluxo da urina. 

– Diagnóstico:

Em ambos os casos, para confirmar os diferentes diagnósticos e dar início ao tratamento, o histórico médico do paciente é essencial. São associados ao histórico médico exames de secreção da próstata, colhida a partir de massagens na glândula. Podem ser necessários exames complementares, como ultrassonografia, exames de sangue e ressonância magnética. 

– Tratamento:

Bacteriana: uso de antibióticos por pelo menos duas semanas. No caso de pacientes que necessitarem de tratamento por via endovenosa ou que manifestarem grande obstrução da urina, podem passar por internação. 

Não bacteriana: mesmo que não seja necessário, indica-se o uso de antibióticos caso haja dificuldade em identificar a causa da doença. Dependendo da resposta do paciente, o tratamento pode ser interrompido ou continuado. Alguns pacientes demandam o uso de relaxantes musculares para relaxar a próstata. Massagens também são recomendadas caso seja preciso drenar o líquido inflamatório da glândula. 

Hiperplasia prostática benigna (HPB): é o nome complicado para falar de tumor benigno. A HPB é comum entre homens de idosos e é caracterizada por um aumento progressivo e benigno da próstata. Os nódulos formados durante o aumento da glândula podem pressionar a bexiga e obstruir a uretra, dificultando a saída da urina.

Causas:

Não existe consenso sobre a causa, mas uma situação que pode ser relacionada com a doença é a mudança hormonal do qual o organismo é alvo à medida que envelhece. Isso justifica a prevalência do problema em homens acima dos 60, 70 anos. 

Sintomas:

O sintoma mais perceptível é a alteração do fluxo urinário, tornando-se mais fraco de acordo com o aumento da próstata. Estes são exemplos de sintomas obstrutivos, mas eles também podem ser irritativos, como interrupções no jato de urina e maior frequência da necessidade de urinar. 

Diagnóstico:

O histórico médico é associado a exames de urina, de sangue e toque retal. Pode ser preciso um exame ultrassonográficos para calcular tamanho e características da próstata. 

Tratamento:

O tratamento pode começar de forma menos invasiva, com uma mudança no estilo de vida e a diminuição da ingestão de líquidos à noite. Caso não seja suficiente e o aumento da próstata esteja avançado, pode ser recomendada uma técnica chamada embolização das artérias prostáticas. O procedimento consiste em injetar microesferas para obstruir a artéria que sustenta a próstata, fazendo com que ela encolha. 

Conheçam Fred Moll, o pai da cirurgia robótica

Ao contrário dos pais, que trabalharam durante anos como pediatras, o americano Fred Moll decidiu trocar os consultórios pelas startups e fundou uma série de empresas inovadoras que estão moldando o futuro da medicina.

Tudo começou lá no início dos anos 80, quando ele era residente em cirurgia e entrou, pela primeira vez, em contato com as técnicas das cirurgias minimamente invasivas. Ao estudar as possibilidades para operações mais precisas e eficientes, acabou criando algo totalmente novo: a cirurgia robótica.

Desde esse momento, Moll começou a acreditar, piamente, que o mundo precisava de ferramentas de laparoscopia para outros tipos de cirurgias. Achava que, se os médicos tivessem as ferramentas certas, isso os incentivaria a usar técnicas menos invasivas e, consequentemente, mais benéficas e tranquilas para os pacientes. Que bom que ele estava certo!

A partir de então, ele foi estudar na Stanford Business School e fundou várias empresas até conhecer o trabalho de uma organização que desenvolvia um protótipo de cirurgia à distância para o departamento de Defesa americano. Foi quando ele conheceu um console operado por médicos, capaz de transmitir movimentos cirúrgicos para braços robóticos que reproduziam essas ações no paciente.

O projeto o inspirou a fazer algo totalmente diferente: e se fosse possível usar aqueles braços em cirurgias de alta precisão? E se combinássemos o movimento das mãos de um cirurgião com a robótica?

Moll percebeu que, por esse caminho, poderia possibilitar uma cirurgia muito mais precisa e eficiente. Para desenvolver a ideia, fundou a Intuitive Surgical em 1995 e a Auris em 2007. E o resto da história vocês já sabem.

Agora, a meta de Moll é levar a robótica a lugares onde ela nunca esteve. É usar os robôs em especialidades nas quais ele nunca foi testado. Essa é a missão da Auris, que já criou um equipamento capaz de diagnosticar e tratar câncer do pulmão sem a necessidade de cirurgia (sistema Monarch) e, atualmente, trabalha em uma plataforma capaz de combinar diferentes procedimentos em cirurgias complexas.

Em fevereiro deste ano, a Auris foi comprada pela Johnson & Johnson por US$ 3,4 bilhões. Com a venda, o plano é poder acelerar o desenvolvimento da plataforma e a criação de novas técnicas cirúrgicas e combinar a tecnologia da Auris com a inovação de todo o portfólio da companhia. Tá aí uma dica de personalidade para ficarmos de olho em 2020!

Câncer de próstata: para cada fase, um tipo de tratamento

Para todas as fases da evolução do câncer de próstata, há um tratamento adequado. E a escolha mais adequada deve ser individualizada e definida após discussão entre médico e paciente sobre os riscos e benefícios de cada método.

As opções para cada fase são:

➡ Doença localizada (confinada à próstata)

  • Vigilância ativa – acompanhamento clínico da doença, quando o tumor é pouco agressivo

O paciente é acompanhado de perto, fazendo exames regulares de PSA e toque retal a cada 6 meses. Biópsias poderão ser realizadas, para verificar a evolução da doença. Mas, se a qualquer momento for constatado o crescimento do tumor ou alguma alteração com base nos resultados dos exames de acompanhamento, o tratamento é iniciado. Essa abordagem pode ser indicada se a doença não estiver provocando nenhum sintoma e se o tumor estiver se desenvolvendo lentamente, for pequeno e estiver contido dentro da próstata. 

  • Cirurgia radical – aberta (convencional), laparoscópica e robótica

A cirurgia — chamada prostatectomia radical — consiste na remoção de toda a próstata, das vesículas seminais e, por vezes, dos linfonodos regionais. É obrigatória a retirada da próstata inteira porque, na maioria das vezes, o tumor é multifocal. 

A prostatectomia radical realizada em plataforma robótica é, atualmente, a cirurgia mais comum para o tratamento do câncer da próstata, sendo responsável por mais de 90% de todas as prostatectomias realizadas nos Estados Unidos. Isso porque a tecnologia fornece visão HD e 3D da região, filtragem de tremor, incisões pequenas e uma série de outros importantes recursos. Com isso, o paciente tem um retorno mais rápido às suas atividades rotineiras, um tempo mais curto de hospitalização e um risco reduzido de ter incontinência e impotência sexual. Outras vantagens são a menor perda sanguínea, menor necessidade de transfusão e menos dor em todo o processo.

A prostatectomia radical laparoscópica também é uma cirurgia minimamente invasiva que não demanda uma grande incisão e que conta com importantes tecnologias, como a fibra ótica e a magnificação da imagem pela visão ampliada, o que permite realizar o procedimento de forma precisa. Ela também possibilita benefícios como menor índice de infecção, redução da dor pós-operatória e do sangramento, um menor período de hospitalização e um retorno mais rápido às atividades normais.

  • Radioterapia

A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais com radiação. As técnicas evoluíram bastante na última década e, hoje, é possível dirigir os raios com muito mais precisão, de modo a atingir predominantemente a próstata e poupar ao máximo o reto e a bexiga. 

Podem ser empregadas duas formas: a radioterapia externa e a interna. Na radioterapia externa, o tumor de próstata é enquadrado no campo de radiação através de exames de imagem e de cálculos matemáticos. O tratamento tem a duração aproximada de sete a oito semanas (de segunda a sexta-feira).

Já a radioterapia interna é uma técnica que se baseia na colocação de sementes radioativas no interior da próstata, que são introduzidas por via retal sob anestesia. O procedimento é realizado em um único dia, e não requer internação hospitalar. Mas o procedimento só é indicado para tumores pequenos, com PSA baixo (geralmente menor do que 10 ng/mL) e pouco agressivos.

➡ Doença localmente avançada (ultrapassa somente os limites da próstata)

Cirurgia radical acompanhada ou não de hormônio e Radioterapia.

➡ Doença avançada (já presente em outros órgãos):

Tratamento clínico com hormonioterapia, quimioterapia e drogas orais, que melhoram a qualidade de vida e aumentam a sobrevida.

A hormonioterapia é uma indicação para pacientes com envolvimento ósseo ou de outros órgãos, com uma probabilidade de resposta maior que 85%. Porém, ao contrário da radioterapia e da cirurgia, na doença localizada, o tratamento hormonal tem a capacidade de controlar, e não de curar o câncer.

Na prática, a hormonioterapia do câncer de próstata consiste em privar o organismo da testosterona, o que pode ser feito de duas formas: pela orquiectomia (remoção cirúrgica dos testículos) ou pelo bloqueio com medicamentos que impedem os testículos de produzir a testosterona, hormônio masculino que alimenta a doença. As duas drogas mais utilizadas para o bloqueio hormonal medicamentoso são a gosserrelina e a leuprolida.

Embora a hormonioterapia seja bastante eficaz nas fases iniciais, as células malignas eventualmente se tornam resistentes ao tratamento hormonal. Nessas situações, podem ser utilizadas outras medicações que bloqueiam a ação da testosterona, por exemplo: dietilestilbestrol, bicalutamida, flutamida, nilutamida e cetoconazol. Em certos casos, os corticoides também podem ser utilizados.

Quimioterapia

A quimioterapia é o tratamento com medicamentos para destruir o câncer, administrados por via intravenosa ou por via oral. Para atingir as células cancerígenas em todo o corpo, ela é administrada na corrente sanguínea, tornando este tratamento potencialmente útil para tumores que se disseminaram (metástase) para outros órgãos.

Em alguns casos, a quimioterapia é usada se a doença está disseminada e a terapia hormonal não dá nenhuma resposta. Pesquisas recentes mostraram que a quimioterapia pode ser útil se administrada junto com a hormonioterapia. 

Um novo robô cirurgião pode estar a caminho

O mercado da cirurgia robótica não para de crescer, e isso é muito, muito bom. Com esse avanço, temos grandes chances de o tratamento ser cada vez mais acessível a um número cada vez maior de pessoas, algo que todos nós esperamos. 

A novidade da vez é uma plataforma de porta única chamada ColubrisMX SPSR, que consiste em um braço robótico que transporta um tubo de 2,5 cm que é inserido através de uma incisão também de apenas 2,5 cm.

Todos os instrumentos, incluindo a câmera, são flexíveis, e o console, que é aberto, traz uma tela HD com visão 3D, controles manuais (controle de instrumento) e controles de pedal (controle de overtube e controle de coagulação – corte monopolar e bipolar).

No teste clínico, foram realizados 33 procedimentos urológicos em 10 porcos Yorkshire, com peso entre 25 e 35 kg: linfadenectomia pélvica, nefrectomia total, pieloplastia, anastomose da uretro-bexiga e nefrectomia parcial com controle vascular. Todos as cirurgias foram concluídas com sucesso e sem complicações. 

Com todas as avaliações que estão sendo realizadas, o ColubrisMx SPSR tem demonstrado ser uma possível nova alternativa eficaz para a realização de cirurgias robóticas urológicas. Mas ainda devemos esperar os resultados em ensaios clínicos em seres humanos para termos mais certeza da sua utilidade na prática médica.

ColubrisMX 

A ColubrisMX é uma empresa de dispositivos médicos que projeta e desenvolve a próxima geração de dispositivos robóticos microcirúrgicos. Esses robôs microcirúrgicos de última geração e minimamente invasivos, poderão executar procedimentos em regiões delicadas do corpo que ainda não podem ser acessadas pela tecnologia atual.

A companhia fica em Houston, no Texas, no coração do Texas Medical Center, maior instalação médica do gênero no mundo. Inicialmente, a ColubrisMX começou no Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, mas logo ficou estabelecida como uma empresa em março de 2017.

5 tecnologias que estão revolucionando a cirurgia: Robô cirúrgico do Google

O Google também está entrando com tudo no campo da cirurgia robótica. A partir de uma colaboração entre a Ethicon Endo-Surgery (uma divisão da Johnson & Johnson) e a Verily (antiga Google Life sciences), foi fundada em 2015 a Verb Surgical, uma empresa que usará tecnologia robótica para ser pioneira no que eles chamam de “Cirurgia 4.0”, que transcende o paradigma atual de cirurgia mestre-escrava e incorpora o aumento da autonomia robótica e aprendizado de máquina.

Para isso, a plataforma da Verb consiste em cinco pilares de tecnologia: robótica, visualização, instrumentação avançada, conectividade e análise de dados. Quando lançada, essa será a primeira plataforma de cirurgia digital totalmente conectada do mundo.

Fora isso, ainda se sabe pouco sobre a novidade, já que o sistema está envolto em sigilo corporativo. O que se pode adiantar é que a companhia está trabalhando ativamente com empresas parceiras e com médicos para testar a plataforma em laboratórios pré-clínicos.

Apesar de todo o mistério, nós já temos algumas pistas: a Verb Surgical está licenciando a tecnologia robótica da Stanford Research International Robotics (SRI), que iniciou o desenvolvimento do sistema cirúrgico telerobótico M7 em 1998.

As principais características deste sistema incluem 2 braços robóticos com 7 graus de liberdade, um sistema leve pesando 15 kg, feedback visual, auditivo e tátil ao cirurgião e compensação para movimentos externos.

Este sistema foi desenvolvido principalmente para telecirurgia de longa distância (particularmente no campo de batalha) e testes foram conduzidos tanto a 60 pés debaixo d’água quanto a bordo da aeronave NASA C-9, simulando cirurgia em gravidade zero.

O Big Data e o aprendizado de máquina baseados no Google também terão, naturalmente, um papel importante para ajudar os cirurgiões a tomar decisões melhores e mais completas no meio de uma operação.

Além disso, já se sabe que o robô de Verb terá cerca de 20% do tamanho das plataformas atuais, permitindo que o cirurgião trabalhe mais próximo do paciente. Por isso, a aposta do mercado é que o sistema seja consideravelmente mais barato que os atuais, podendo custar cerca de 2 milhões de dólares ou mais.

Diante todas essas pistas e dado o considerável apoio financeiro e expertise das empresas envolvidas, o potencial da Verb Surgical é, no mínimo, muito estimulante.

5 tecnologias que estão revolucionando a cirurgia: Sistema Senhance

O da Vinci continua sendo o robô cirurgião mais conhecido e utilizado mundialmente. Mas ele não é o único: nos últimos anos, muitas empresas desenvolveram sistemas com recursos de alta tecnologia que tornam a cirurgia robótica cada vez mais avançada e abrangente.

Um deles é o Senhance, que compete no mercado com o com a Intuitive Surgical e sua linha de sistemas da Vinci. Desenvolvido pela empresa norte-americana TransEnterix, a plataforma já sendo utilizada para reparar hérnias, remover vesículas biliares e tratar várias outras condições urológicas e ginecológicas.

Diferenciais

Embora funcione de maneira semelhante ao da Vinci, o Senhance conta com um enorme diferencial: feedback tátil nos controles. O cirurgião consegue “sentir”, nas pontas dos próprios dedos e em tempo real, quando o robô entra em contato com estruturas anatômicas.

Além disso, os controles do instrumento são mais ergonômicos e se assemelham bastante aos instrumentos cirúrgicos tradicionais, o que pode ajudar bastante na transferência de habilidades do cirurgião da cirurgia convencional para o sistema robótico.

Outro importante avanço proporcionado pelo Senhance é o óculos laparoscópico em 3D-HD, que além de permitir que o médico veja o interior do corpo em alta definição, conta com um sistema de rastreamento ocular para controle de câmera. Pela primeira vez em uma plataforma cirúrgica robótica, o cirurgião consegue mover a câmera laparoscópica simplesmente movendo os próprios olhos. 

A dinâmica da cirurgia é a mesma: pequenos instrumentos cirúrgicos são inseridos através de mínimos orifícios e os cirurgiões controlam o robô a partir de uma estação de trabalho. O equipamento conta com três braços robóticos laparoscópicos em carrinhos separados (em oposição ao carrinho único do da Vinci) e alças laparoscópicas com seis graus de liberdade para controlar os instrumentos.

Aprovações

Na Europa, o sistema é licenciado para uso em procedimentos abdominais, pélvicos e torácicos, excluindo cirurgia cardíaca. Nos Estados Unidos, o Senhance recebeu aprovação da FDA em outubro de 2017, tornando-se o primeiro novo operador de robótica cirúrgica abdominal no país desde 2000. 

Recentemente, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão concedeu aprovação ao robô para laparoscopia em cirurgia geral, ginecológica, urológica e alguns procedimentos torácicos, o que é um marco importante já que o país é o segundo maior mercado de robótica cirúrgica do mundo, perdendo apenas para os estadunidenses.

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