O Versius, robô cirúrgico da CMR Surgical, foi testado pela primeira vez em seres humanos. A plataforma, capaz de auxiliar cirurgiões em operações laparoscópicas, foi usada em 70 pacientes do Hospital Deenanath Mangeshkar, em Pune, na Índia.

O robô foi utilizado no tratamento de uma variedade de problemas ginecológicos e gastrointestinais de diversos níveis. Os primeiros 30 pacientes do estudo tiveram um acompanhamento de 30 dias e não apresentaram eventos adversos. Os 40 restantes farão parte da próxima fase do teste.

O Versius já havia sido testado em cadáveres humanos e em porcos. Agora, com os bons resultados obtidos em humanos, a expectativa é de que o lançamento comercial da plataforma ocorra ainda neste ano.

Próximos passos

Para comprovar a eficácia e a segurança do dispositivo e conquistar a confiança dos cirurgiões e dos hospitais, a empresa tem submetido o Versius a mais testes clínicos do que os órgãos reguladores exigem. O próximo ensaio clínico envolverá 250 pacientes que necessitam de uma histerectomia ou remoção da vesícula biliar.

Um robô mais leve e mais barato

A CMR foi fundada em 2014 por cinco engenheiros médicos e levantou quase 150 milhões de dólares em investimentos privados para desenvolver a nova plataforma.

O sistema, que normalmente tem quatro braços em ação ao mesmo tempo, foi projetado para ser mais compacto, flexível, manobrável e transportável, justamente para facilitar o seu transporte e permitir que seja usado em locais diferentes.

A expectativa da empresa é de que a plataforma seja 40 vezes mais barata do que as já existentes, tornando-se uma opção mais acessível para as instituições de saúde. Além disso, o sistema usa instrumentos reutilizáveis, o que permite manter os custos cirúrgicos mais baixos.

A CMR é uma das líderes de uma nova leva de empresas que estão surgindo para desafiar o líder do mercado – o sistema da Vinci, fabricado pela empresa norte-americana Intuitive Surgical. 

Para o futuro próximo, é exatamente o que esperamos: custo mais baixo dos aparelhos e dos insumos utilizados, um maior número de médicos treinados para operar os sistemas e um maior número de plataformas disponíveis nos hospitais. Só assim poderemos beneficiar todos os pacientes que precisam.