O crescimento contínuo da próstata é chamado de hiperplasia prostática benigna e faz parte do processo natural do envelhecimento do homem. Isso ocorre porque, com o tempo, as células dessa pequena glândula se multiplicam, aumentando seu tamanho e causando alguns sintomas que podem prejudicar a qualidade de vida do homem.

Vale ressaltar que a hiperplasia prostática não é um sinal de câncer e nem aumenta as chances de o paciente desenvolver a doença, embora ambas as condições causem alterações no exame de PSA. Ou seja, nada de pular a ida ao urologista ou fugir do exame de toque retal!

Com o dedo, o médico consegue verificar não só o tamanho da próstata como também sua consistência, diferenciando a HPB de um tumor. Inclusive, alguns homens podem, inclusive, ter as duas condições ao mesmo tempo. 

De qualquer forma, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que 50% dos homens apresentem algum grau de HPB após os 50 anos. Desses, 30% irá necessitar de algum tipo de tratamento ao longo da vida.

Tratando a hiperplasia prostática benigna

Quando o paciente está assintomático ou só apresenta sintomas leves, geralmente só monitoramos o aumento da próstata e não fazemos nenhum tipo de intervenção. Contudo, com o tempo, o problema pode acabar causando desconfortos como dificuldade de urinar, jato urinário fraco, gotejamento, micção em dois tempos, sensação de bexiga cheia mesmo depois de fazer xixi, idas frequentes ao banheiro durante a noite e vontade incontrolável de urinar.

Ou seja, embora não sejam sintomas graves, passar por essas situações durante o cotidiano pode acabar impactando a qualidade de vida do paciente, que precisa sempre se preocupar se tem um banheiro por perto, demorar para ir ao banheiro e perder a qualidade do sono. 

Nessas situações, o primeiro tratamento costuma ser feito utilizando medicamentos como  como bloqueadores alfa 1, finasterida e dutasterida, que levam de três a seis meses para acabar totalmente com os sintomas. 

Enquanto alguns deles atuam no relaxamentos das musculaturas da região, facilitando a saída da urina, outros impedem o crescimento da próstata. Cada caso é único, por isso somente o médico poderá dizer qual o melhor tipo de medicamento para o paciente. 

Quando a cirurgia é indicada para tratar a hiperplasia prostática benigna

Já em casos mais avançados, a hiperplasia prostática benigna pode chegar a causar sangue na urina, infecção urinária de repetição, cálculos recorrentes na bexiga, retenção urinária e até insuficiência renal. Geralmente, a cirurgia é indicada nesses casos, já que busca prevenir não só dores e desconforto, mas também outros danos mais sérios à saúde do homem.

Diversas técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas no tratamento hiperplasia prostática benigna. Entre as minimamente invasivas por exemplo, estão a videolaparoscopia, a cirurgia robótica e a cistoscópica, em que a glândula é acessada por meio da uretra do paciente.

Uma das técnicas mais interessantes, nesse sentido, é a prostatectomia simples, em que apenas uma parte da próstata é removida, preservando seu núcleo central.