De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, no triênio de 2020 a 2022 cerca de 66 mil homens serão acometidos com o câncer de próstata, por ano, no Brasil. Essa estatística coloca esse tipo de tumor como o mais prevalente entre a população masculina, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
O câncer de próstata, muitas vezes, só é descoberto em fases mais avançadas da doença pois a maioria dos sintomas podem ser confundidos com outras patologias, como doenças benignas da próstata ou problemas urinários.
Por isso, a melhor forma de prevenir o aparecimento da doença é fazer os exames de rotina como o PSA e o toque retal a partir dos 40 anos de idade ou de acordo com a recomendação médica, principalmente em pacientes negros, mais suscetíveis a doença, ou pessoas com histórico familiar de câncer de prostata. Em casos suspeitos de câncer, é colhido material para confirmação do tumor através da biópsia.
Tipos de Tratamento
O tratamento do câncer de próstata vai depender, entre outros fatores, do tipo do tumor, idade do paciente, localização e se ele já apresenta metástase. Com base nesses dados o médico apresenta ao paciente as alternativas de tratamento e o caminho a ser seguido.
O tratamento pode variar de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU), cirurgia e radioterapia. O HIFU é um tratamento não invasivo, onde o urologista insere uma sonda no reto do paciente e gera um um ultrassom focado, capaz de queimar as células cancerígenas. O tratamento pode ser focal, parcial ou total, englobando toda a próstata. A vantagem desse método é que ele é livre de radiação e é feito de forma ambulatorial.
Em grande parte dos casos os pacientes precisam ser submetidos a uma cirurgia para a retirada do tumor, chamada prostatectomia. Ela pode ser feita da maneira tradicional, que é a cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica. Nesse tipo de procedimento, o cirurgião retira a próstata e regiões periféricas atingidas pelo câncer.
A radioterapia também pode ser recomendada para o tratamento do câncer de próstata, onde o paciente é submetido a radiação que destrói as células cancerígenas. O número de sessões vai depender do grau de acometimento do paciente. Durante o tratamento são relatados como efeitos colaterais a impotência sexual, náuseas, problemas intestinais e dor ou sangramentos.
Exames que detectam a gravidade da doença
Com o avanço da tecnologia aplicada à medicina, alguns exames ajudam a detectar a severidade da doença em cada paciente e a direcionar o médico para os melhores tipos de tratamento. Um desses exames é o teste Polaris, que analisa o RNA de 46 genes e verifica a gravidade da doença em pacientes com diagnóstico de câncer de próstata.
Esse exame genômico avalia os riscos do paciente morrer em decorrência da doença, caso a próstata não seja retirada, e também faz um prognóstico para metástase nos próximos 10 anos.
Esse exame contribui para que oncologista, urologista e o paciente definam as melhores estratégias de tratamento de acordo com a agressividade da doença, levando em consideração a qualidade de vida do paciente. E como eu sempre gosto de frisar, é a tecnologia a serviço da saúde.
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