Quem acompanha o noticiário deve ter visto que, recentemente, perdemos o músico Paulo Jobim, de 72 anos, em decorrência de um câncer na bexiga. Na mesma data, o apresentador Celso Portiolli, 55, divulgou em suas redes que foi internado por conta de uma inflamação no órgão, em meio ao tratamento de um tumor. Da mesma maneira, Roberto Justus, 67, também usou uma rede social para anunciar a descoberta do câncer.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que, para cada ano do triênio 2020/2022, fossem diagnosticados no Brasil mais de 10 mil novos casos de câncer de bexiga. 

Vamos entender melhor sobre essa patologia maligna que se forma nas células que recobrem as paredes internas da bexiga?

Câncer de bexiga

A bexiga é um órgão muscular, elástico e oco, que é responsável por armazenar a urina que vem dos rins para, após, eliminá-la por meio da uretra.

Grande parte das vezes, o câncer de bexiga se aloca na camada mucosa, que fica em contato direto com a urina. Os sintomas englobam pequenos sangramentos visíveis, desconforto no baixo ventre e alterações urinárias.

Esse tumor costuma aparecer mais no público masculino do que no feminino, sendo mais predominante em homens brancos acima de 55 anos de idade. Outro fator de risco é o  tabagismo, que está associado à doença em 50 a 70% dos casos.

Além dele, podemos associar o câncer de bexiga a alguns medicamentos, à baixa ingestão de líquidos, irritações no órgão, histórico de tumor no local etc.

Tipo mais comum de câncer da bexiga

O tipo mais usual de câncer de bexiga é o chamado carcinoma de células de transição. Ele aparece, de início, nas células uroteliais que revestem a mucosa interna da bexiga, dos ureteres e da uretra, podendo ali ficar confinado. Sem o devido tratamento, o tumor pode se expandir e se espalhar pelo corpo.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito com um exame chamado de cistoscopia, que visualiza pequenos machucados, manchas ou pólipos na bexiga. O especialista insere uma sonda com uma câmera através da uretra, por onde é possível ver o órgão. 

Tratamento

O primeiro passo é remover a lesão, a fim de identificar o tipo e a agressividade do câncer. Depois disso, o médico faz uma investigação para entender se existe comprometimento de outros órgãos e, então, define a opção pela cirurgia ou quimioterapia.