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Câncer de testículo atinge os mais jovens e pode interferir na fertilidade

O câncer de testítulo, apesar de não ser um dos mais prevalentes entre a população masculina, é bastante preocupante porque atinge principalmente a população mais jovem, entre 20 e 34 anos, em plena idade reprodutiva. 

É nos testículos que é produzido o hormônio testosterona e também os espermatozóides. Daí a preocupação quanto à fertilidade masculina após o tratamento da doença. 

Tipos de Câncer Testicular

O câncer testicular é causado pelo desenvolvimento anormal de células nos testículos, o que pode resultar na formação dos tumores de células germinativas testiculares. Existem muitos tipos diferentes de tumor testicular, entre eles: 

➡️ Os tumores testiculares em crianças são mais frequentemente benignos do que malignos.

➡️Tumores de células germinativas seminomatosas ou não seminomatosos,  que acometem mais adolescentes e homens jovens e quase sempre são malignos. 

➡️Tumores testiculares em homens mais velhos, geralmente tumores estromais benignos.

Embora o câncer testicular seja responsável por menos de 1% dos cânceres em homens, esse é o tumor mais comum em homens com idade entre 20 e 30 anos de idade. Porém, com tratamento adequado, 95% dos pacientes ficam curados.  

Principais Causas do Câncer Testicular

O câncer de testiculo é mais frequente em homens com anormalidades no desenvolvimento genital, como a criptorquidia. Pessoas com essa condição, têm 50 vezes mais chances de desenvolver o câncer do que aqueles sem o problema. Pacientes inférteis também têm mais chance de terem esse tipo de câncer. 

Sintomas e Diagnóstico 

O sintoma mais comum de câncer de testículo é um nódulo no órgão, com ou sem dor, que pode ser sentido ao toque. Outros sintomas são o aumento ou endurecimento do testítuclo. 

O diagnóstico dessa neoplasia pode ser feito por meio de exame de ultrassom e exame de sangue,para medir moléculas que indicam a presença de câncer. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada são usados para procurar a propagação do câncer para outras partes do corpo.

Tratamento e Infertilidade

O tratamento padrão para câncer de testículo é a cirurgia de remoção do órgão afetado. As chances de cura são altas para a maioria dos pacientes cujos tumores não se espalharam para fora do testículo. Para melhorar a aparência genital após a retirada do testículo, pode ser inserida uma prótese para melhora da autoestima.

Boa parte dos pacientes também precisa se submeter a quimioterapia e a radioterapia, que podem comprometer a fertilidade. Como esse tipo de tumor afeta homens jovens, boa parte deles ainda não tem filhos ou desejam ter outros. Por isso, antes do início do tratamento, converse com seu médico sobre as maneiras de preservar a fertilidade. 

Uma das formas de preservar a fertilidade é o congelamento dos espermatozóides em bancos de esperma, que poderão ser utilizados quando o paciente desejar, através de técnicas de reprodução assistida. 

Faça regularmente o autoexame dos testículos e ao menor sinal de incômodo, dor ou nódulo, procure um urologista. A descoberta precoce da doença eleva as chances de cura e que o câncer se agrave ou espalhe para outros órgãos. 

Sexo depois do câncer de próstata: é possível?

 

O câncer de próstata é o mais frequente entre homens no mundo e pode afetar cerca de um milhão e trezentas mil pessoas todos os anos. Embora o câncer de próstata não seja uma causa de disfunção erétil, historicamente, os tratamentos para a doença sempre estiveram associados ao problema. 

Entre eles:

  • Cirurgia para remover a próstata;
  • Radioterapia
  • Terapia hormonal

Por isso, o medo da disfunção erétil passa a ser algo constante na vida dos homens depois do tratamento. E esse medo é normal, pois alguns estudos apontam que entre 7% e 90% dos homens podem ter o problema depois da cirurgia e radioterapia. 

Essa variação tão grande acontece devido ao perfil diversificado dos grupos analisados e à  fase que a doença no momento em que o tratamento foi iniciado. Já se sabe também que múltiplos fatores podem ocasionar a impotência, sendo assim, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada. 

Mas a boa notícia é que em grande parte dos casos, a disfunção é reversível!

Como é tratada a disfunção erétil?

A disfunção erétil pode ser ocasionada por múltiplas razões, que envolvem fatores psicológicos, hormonais, vasculares e nervosos, entre outros. 

Em alguns casos a disfunção erétil é ocasionada por lesões na remoção dos nervos cavernosos, responsáveis por permitir que o pênis fique ereto. Porém, depois de um período, a função sexual costuma voltar. 

Como os fatores da disfunção erétil são múltiplos, os tratamentos também precisam ser. As opções incluem:

  • medicações orais; 
  • terapia de injeção intracavernosa, que consiste injeções de medicamento no pênis antes da relação sexual;
  • implantes penianos, dentre outros.

Recuperação pós-cirúrgica

Se o paciente não tiver nenhuma intercorrência no meio do caminho, ele fica apto a ter relações sexuais depois de 45 dias da cirurgia.para remoção do câncer de próstata. E quanto antes o tumor é descoberto, melhor o prognóstico e a recuperação. 

Por isso, é bom lembrar da importância dos exames regulares, como o PSA e o toque retal em homens a partir dos 40 anos. 

Ter uma vida sexual ativa após o câncer é totalmente possível, mas é fundamental que o paciente siga as recomendações do médico após a cirurgia e mantenha os cuidados durante a recuperação. Se mesmo assim o problema persistir, converse com seu urologista e saiba que a disfunção erétil pode ser revertida com o tratamento adequado e uma dose de paciência. 

Capacitação Robótica nos Institutos Federais

Mas um Projeto de Lei pretende auxiliar na capacitação de mais médicos para a realização de cirurgias robóticas no país.  O Projeto de Lei 942/2022, da deputada federal Carla Zambelli, propõe o programa de qualificação acadêmica em cirurgia robótica em instituições de ensino federal, com intuito de que, no futuro, sejam incorporadas ao Sistema Único de Saúde, o SUS. 

De acordo com o texto do Projeto,  o Programa de Qualificação Acadêmica em Cirurgia Robótica tem por objetivo qualificar os estudantes de medicina das instituições federais, tanto para fins educacionais, quanto para prestação de serviço à sociedade. 

O Projeto prevê ainda a compra de robôs cirurgiões para os hospitais universitários, para que os estudantes possam se capacitar e, em contrapartida, atender os pacientes dessas instituições de forma gratuita. Após a certificação, os estudantes dessas instituições federais teriam que prestar atendimento especializado aos pacientes do SUS, por um determinado período. 

 

Justificativa do Projeto

Na justificativa do Projeto, a deputada defende que os hospitais universitários sempre foram referência na assistência à saúde pública e local de formação de profissionais e serviços de excelência e pesquisa.

A autora reconhece os benefícios que a cirurgia robótica proporciona aos pacientes, “sendo uma tecnologia em rápido crescimento e que irá revolucionar o futuro da prática médica.” Porém, os hospitais universitários públicos não têm robôs cirurgião ou oferecem qualquer tipo de formação de profissionais, o que contribui para inviabilizar a possibilidade de se especializar em cirurgia robótica. 

O PL ainda precisa passar pelas comissões na Câmara dos Deputados para depois ir a votação em plenário. 

 

Como é a Capacitação para Cirurgia Robótica hoje? 

Para obter a certificação em cirurgia robótica o médico precisa passar por algumas etapas até que seja considerado apto a realizar o procedimento sozinho. Primeiro é necessário realizar o treinamento em um simulador que tem as mesmas características do robô. Esse simulador também fornece métricas sobre o desempenho do aluno, mostrando os pontos que precisam ser aperfeiçoados. 

Depois é necessário que o médico vá a um centro de treinamentos para “tirar” a certificação. Só em um terceiro momento ele começa a realizar procedimentos auxiliados  por robôs, mas sempre assistido por um proctor, médico especialista com mais experiência que acompanha o cirurgião em seus primeiros procedimentos. Depois de cumprir essas etapas, o cirurgião pode começar a operar sozinho. 

Vantagens da cirurgia robótica para câncer de próstata

A cirurgia robótica é um dos principais avanços da medicina do século. Criada nos Estados Unidos nos anos de 1980, a técnica chegou ao Brasil em 2008 e revolucionou a forma de tratar algumas doenças de forma minimamente invasiva e de grande precisão.

Nesses quase 15 anos presente no país, a cirurgia robótica já beneficiou milhares de pessoas nas mais diversas especialidades, sendo a urologia a principal delas.

 

Cirurgia Robótica no Tratamento do Câncer de Próstata

Para muitos homens com câncer de próstata é recomendada a prostatectomia radical, procedimento em que a próstata e os tecidos ao seu redor são removidos. Tradicionalmente, a cirurgia era realizada como uma operação aberta, depois passou a ser laparoscópica e a técnica mais moderna utilizada agora é a cirurgia assistida por robô.

A prostatectomia radical robótica é um procedimento minimamente invasivo realizado através de pequenas incisões de cerca de 5 cm no abdômen do paciente, onde os braços robóticos respondem a comandos feitos pelas mãos do cirurgião de forma precisa e controlada. 

 

Vantagens da Cirurgia Robótica no Tratamento da Próstata

As vantagens da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata incluem: 

  • menor tempo na sala de cirurgia e menor tempo sob o efeito da sedação;
  • perda de sangue reduzida e menores riscos de infecção;
  • incisões menores, com menos dor no local do corte, recuperação mais curta e cicatrizes pequenas;
  • como o procedimento é minimamente invasivo, o paciente sente menos dor no pós-operatório, necessitando de uma analgesia mais branda; 
  • alta hospitalar precoce e retorno mais rápido as atividades laborais;
  • preservação da função urinária e sexual masculina. 

 

Pós-operatório e Recuperação

A grande preocupação da maioria dos homens ao descobrirem um câncer na próstata é se serão capazes de ter uma ereção ou se manterão os hábitos urinários de antes da cirurgia, ou seja, se correm o risco de ter incontinência urinária.

Quando se fala em cirurgia aberta tradicional, realmente esses são alguns dos possíveis efeitos colaterais do tratamento em uma parcela significativa dos operados. Porém, os métodos robóticos são altamente eficazes para preservar o controle da ereção e da micção. Isso acontece porque durante a retirada do tumor, o cirurgião tem uma visão ampliada da região através de uma câmera 3D de alta definição e ampliação da área tratada, o que permite preservar o esfíncter, que controla a urina, e nervos sacrais, responsáveis pela ereção.  

Em geral, a micção volta ao normal entre três e seis meses após o tratamento, desde que o paciente siga rigorosamente as orientações do urologista e faça os exercícios recomendados. 

A recuperação da ereção vai depender de vários fatores, entre eles a idade do paciente, atividade sexual e ereção antes da cirurgia, cuidados no pós-operatório e, claro, fatores psicológicos. Esse último pode ser determinante para os pacientes, já que influenciam muito na hora do sexo. Em geral, a recuperação completa da ereção após a prostatectomia é de dois meses até dois anos após a cirurgia. 

Atualmente, a prostatectomia robótica é considerada o melhor tratamento para o câncer de próstata, independente do estágio em que ele esteja e da idade do paciente. Pacientes jovens são beneficiados pois terão a preservação da função sexual e urinária. Já os pacientes mais idosos, terão uma cirurgia segura, com menos riscos de complicação e recuperação mais rápida (benefícios também para os mais jovens). Os homens com tumores avançados ou que apresentam metástase podem recorrer às técnicas robóticas porque elas conseguem retirar somente a parte afetada pelo tumor, preservando os órgãos adjacentes.

Portanto, se você tem indicação para a prostatectomia, converse com seu urologista sobre os benefícios do método robótico e se ele é indicado para o seu caso. 

Teste genético ajuda no diagnóstico de câncer de próstata

Algumas doenças apresentam um potencial de transmissão hereditária ou genética. 

Com o câncer não é diferente. Quando familiares próximos têm algum tipo de câncer, essa mutação dos genes pode passar para os filhos e netos, aumentando as chances deles desenvolverem a doença. Nesses casos, exames de rastreamento podem ser extremamente importantes.

Há muitos anos os médicos já usam esses tipos de exames para identificar de forma precoce o câncer de mama e ovário. Ultimamente, os cientistas começaram a perceber que muitas dessas mesmas alterações genéticas podem levar ao risco de um homem desenvolver câncer de próstata. 

 

Riscos para o Desenvolvimento da Doença

Um homem tem de três a 10 vezes mais chances de ter câncer de próstata se seu pai ou  irmão tiverem a doença antes dos 60 anos de idade. Quanto mais membros da família tiverem a doença, maior o seu risco de também ter o tumor. Outro fator que influencia é a idade do paciente com o tumor. Quanto mais jovem, mais riscos de um familiar próximo também ser diagnosticado com essa neoplasia.

Cerca de 5% a 10% de todos os cânceres de próstata encontrados são hereditários. Isso significa que há uma chance maior da doença ocorrer na família. O câncer de próstata tende a ser mais agressivo em homens que têm certas mutações genéticas hereditárias em comparação com homens sem essas mutações.

 

Testes Genéticos para Detecção do Câncer de Próstata

Alguns genes ligados ao câncer de próstata também podem causar câncer de mama, ovário e outros. Esses genes têm 50% de chance de serem transmitidos às crianças. Os mais conhecidos desses genes são BRCA1 e BRCA2.

Descobrir que você tem uma mutação genética ligada ao câncer de próstata beneficia toda a família. Outros parentes também podem pensar em fazer os testes e descobrir se também têm essa herança genética.

Homens que apresentam essa mutação devem começar a ser rastreados para câncer de próstata em uma idade inferior aos demais homens sem histórico familiar da doença, para assim tentar descobri-la em suas fases iniciais, melhorando o prognóstico médico.

O exame é bem simples e se dá por meio da coleta do sangue ou saliva do paciente, onde é feito o sequenciamento do DNA. 

Portanto, se mais de um familiar foi diagnosticado com o câncer de próstata, converse com o seu médico sobre a possibilidade da realização do teste genético. 

Saiba como é feito o diagnóstico de câncer de bexiga

O câncer de bexiga está entre os 10 tipos de câncer mais comum no país, principalmente entre os homens acima de 55 anos de idade. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no triênio de 2020/2022 serão 10.640 novos casos da doença. 

A bexiga é um órgão que se assemelha a um balão e armazena a urina antes que ela seja expelida pelo corpo. O câncer de bexiga surge quando as células que revestem a parede interna do órgão apresentam algum tipo de mutação, crescendo de forma desordenada. À medida que o câncer cresce através das camadas da parede da bexiga, torna-se mais difícil de tratar.

Os principais sinais do câncer de bexiga são a hematúria ou sangue na urina, necessidade de ir ao banheiro com frequência, dor ao urinar e na região pélvica ou nas costas, entre outros. 

Tipos de Câncer de Bexiga

O câncer de bexiga pode ser classificado de diferentes maneiras, de acordo com as células que deram origem ao tumor. Os principais tipos são: 

  • Carcinoma de célula urotelial ou de transição. É o tipo de câncer de bexiga mais comum e representa a maioria dos casos, tendo início nas células do tecido interno da bexiga. 
  • Carcinoma de células escamosas: surgem depois de infecção ou irritação prolongadas na bexiga.
  • Adenocarcinoma: se formam na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

 O câncer de bexiga é considerado superficial quando se limita ao interior da bexiga e invasivo, quando se dissemina para órgãos próximos ou gânglios. 

Como é o Diagnóstico do Câncer de Bexiga

Com base nos relatos do paciente e nos testes clínicos, o urologista pode solicitar uma série de exames para diagnosticar o câncer de bexiga. Além do exame de urina, o paciente também deverá ser submetido a uma cistoscopia. Durante o exame, o médico consegue olhar dentro da bexiga e detectar se existe alguma anormalidade.

Em alguns casos, o médico pode realizar uma cistoscopia com luz azul. Nela, um medicamento especial é colocado na bexiga durante o exame. Assim as células cancerosas absorvem essa droga e depois brilham quando o médico lança uma luz azul através do escopo. Isso contribui para que o médico veja as células  cancerígenas com mais facilidade. Durante a cistoscopia também são retiradas parte das células para biópsia comprobatória da doença.

Além desses exames, também podem ser solicitados raio-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética etc. Quando o câncer de bexiga já se espalhou para os ossos, o paciente também deverá ser submetido a uma cintilografia óssea. 

Tratamentos 

O tratamento para o câncer de bexiga vai depender do grau e do tipo do tumor. Existem muitas maneiras de tratar a doença e os tratamentos podem ser combinados. Entre os procedimentos mais comuns para controle da doença estão a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

É Possível Prevenir o Câncer de Bexiga?

Ainda não se sabe as causas exatas do câncer de bexiga, mas alguns fatores podem contribuir para o aparecimento da doença e um dos principais deles é o tabagismo. Já se sabe que os fumantes têm mais chances de serem acometidos por esse tipo de câncer. 

Outros fatores de risco são: beber pouca água, exposição a produtos químicos ou à radiação, infecções urinárias frequentes. 

Como você viu, o câncer de bexiga pode – e deve – ser prevenido. Cuidados simples no dia a dia já contribuem para se evitar a doença. Consultas regulares com seu médico também são indicadas para se descobrir a doença em suas fases iniciais, até porque, pacientes submetidos a tratamentos nos primeiros estágios do câncer têm grandes chances de cura.

Meu PSA veio alterado. E agora?

O câncer de próstata é um dos mais incidentes e letais entre os homens de todo o mundo, mas muitos deles nem sabem que têm essa glândula. A próstata se localiza na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e em frente ao reto. Trata-se de uma glândula do sistema reprodutor masculino que fabrica o líquido prostático, que protege os espermatozoides.

No passado, o diagnóstico de câncer de próstata costumava ser feito quando o tumor já estava avançado, invadindo órgãos vizinhos e formando metástases ósseas. A introdução do PSA e do toque retal nas recomendações internacionais para a saúde dos homens, permitiu a detecção mais precoce da doença, reduzindo a chance dos pacientes morrerem por complicações do câncer.

Como funciona o teste do PSA e quando é considerado alto? 

O teste de PSA é um exame de sangue que mede uma proteína que a próstata produz. Homens com câncer de próstata, geralmente, apresentam altos níveis dessa proteína. No entanto, níveis elevados nem sempre significam câncer.

O PSA tende a aumentar com o avanço da idade, mas, em geral, considera-se alto um PSA acima de 4,0 ng/mL. Neste caso, o urologista vai solicitar a repetição do teste e outros exames complementares. Pacientes com idade avançada, fatores de risco ou histórico familiar também podem ser submetidos a uma biópsia de próstata para verificar se há câncer. 

Doenças ligadas ao PSA alto

Descartado o câncer de próstata, o médico irá averiguar outras doenças ligadas à próstata que também causam o aumento do PSA. São elas: 

Hiperplasia prostática benigna –  é um problema bastante comum em homens após os 50 anos, que se caracteriza pelo aumento da próstata e pode aumentar os níveis de PSA. A hiperplasia prostática benigna não aumenta o risco de câncer de próstata, mas seus sintomas podem ser semelhantes. Os sintomas incluem:  dificuldade para urinar, irritação ou demora para começar e terminar de urinar, várias ao banheiro frequentes, jato de urina fraco. 

Prostatite – se caracteriza por uma inflamação da próstata, podendo se tornar um problema crônico. Essa condição pode ocorrer devido a uma infecção bacteriana. Homens com prostatite tendem a apresentar elevação dos níveis de PSA, além de dificuldade e dor ao urinar, febre, pressão no reto, problemas de ejaculação ou alterações na função sexual. 

Infecções no trato urinário – essas infecções podem se desenvolver na uretra, rins ou bexiga, causando alterações no nível de PSA. Exames simples de urina podem detectar se a alteração no teste advém de doenças prostáticas ou de infecções urinárias. 

Colocação de cateter urinário ou procedimentos médicos – após a inserção de um cateter urinário ou depois de exames como a cistoscopia, toque retal, biópsia, cirurgia ou ressecção transuretral da próstata, o PSA pode sofrer alterações. O ideal é que o teste seja realizado passadas algumas semanas desses procedimentos.

Outros fatores também podem aumentar o PSA, entre eles: exercícios de alta intensidade, alteração na ejaculação, retenção urinária, etc. 

E agora? 

Como você pode observar, vários fatores podem aumentar o nível de PSA. Apesar desta alteração ser sinal de alerta, não significa que pacientes com essa condição tenham o câncer de próstata. 

Consultas regulares com o urologista e exames anuais para acompanhamento do PSA, principalmente em homens acima dos 50 anos, são de suma importância para a detecção precoce tanto do câncer quanto de outras doenças que atingem a próstata. E você, já fez sua consulta de rotina? 

#AbrilLilás Mês de conscientização sobre o câncer de testículo

Conhecido como Abril Lilás, este é o mês dedicado à prevenção e conscientização a respeito do câncer de testículo, um tumor mais raro, que acomete entre 2% e 3% da população masculina. 

O que são os testículos e qual a sua função? 

Antes de falarmos propriamente sobre o câncer de testículo, é importante entender o que são os testículos e para que eles servem. 

Os testículos fazem parte do sistema reprodutor masculino e, em geral, são do tamanho de uma bola de ping pong, nos homens adultos. Eles se localizam dentro do escroto, que fica pendurado sob a base do pênis. As principais funções dos testículos são produzir os espermatozóides, responsáveis pela fecundação feminina, e hormônios, como a testosterona.

Fatores de Risco e Sintomas

Os  principais fatores  de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo são: a criptorquidia, que é quando o testículo se encontra fora do escroto durante o nascimento, lesões na bolsa escrotal ou exposição a agrotóxicos. 

Um sintoma típico do câncer de testículo é um inchaço ou nódulo indolor em um dos testículos ou alteração na forma ou textura deles. Em geral, o tumor acomete homens entre 15 e 50 anos e é descoberto por um acaso, quando o homem toca o órgão. Em muitos casos, esses nódulos são descobertos pelas companheiras, que incentivam os homens a procurarem uma consulta médica.

Muitas vezes, o  câncer de testículo pode ser confundido com outras patologias. Por isso, conhecer o próprio corpo e fazer o autoexame regularmente ajuda a detectar a doença em suas fases iniciais, melhorando as chances de cura do paciente. 

Diagnóstico e Tratamento

Durante o exame para diagnosticar o câncer de testículo, o médico vai palpar o órgão em busca de nódulos. E o exame clínico é o que muitas vezes afasta os homens do consultório do urologista, seja por vergonha ou preconceito.

Após os testes clínicos, o médico irá solicitar um exame de ultrassom para comprovar ou descartar a enfermidade. Exames de urina, radiografia e tomografia computadorizada também podem ser solicitados. 

Com o diagnóstico confirmado, o tratamento geralmente é a orquiectomia, que é a remoção testicular. Após a retirada do órgão, o paciente pode ser submetido à radioterapia ou quimioterapia, que em geral apresentam boas respostas no estadiamento da doença, com chances de cura de cerca de 95%.

Na maioria dos homens, a remoção do testículo não causa problemas em ter filhos ou durante o sexo, pois a parte que ficou continua produzindo espermatozóide e a testosterona. Para restabelecer uma aparência normal, o homem pode colocar uma prótese testicular implantada cirurgicamente no escroto, que se parece com um testículo normal.

Portanto, lembre-se de fazer o autoexame pelo menos uma vez por mês e, caso note que algo está diferente do normal, procure o seu médico. O diagnóstico precoce é o melhor aliado do homem para a cura do câncer de testículo.

4 problemas urológicos com os quais você deveria se preocupar

O câncer de próstata é o tumor maligno que mais atinge os homens, no Brasil. Mas, outras doenças podem atingir o sistema reprodutor e urinário masculino e, se não tratadas, afetam significativamente a qualidade de vida dos homens. 

No post de hoje, detalho quatro problemas urológicos que são muito comuns entre o público masculino e com os quais todo homem deveria se preocupar!

 

  • Hiperplasia Prostática Benigna 

 

A próstata é uma glândula, do tamanho de uma noz. Com a idade, a próstata tende a aumentar de tamanho. 

A hiperplasia prostática benigna, HPB, é um aumento não maligno da próstata, também conhecido como próstata aumentada. As causas do HPB ainda não são bem conhecidas pelos médicos, mas sabemos que essa condição pode começar a se manifestar por volta dos 30 anos e evoluir lentamente, só causando sintomas após os 50 anos.

A idade avançada, portanto, é um fator de risco para o aumento da próstata, problema que chega a afetar 40% a 50% dos homens com idade entre 51 e 60 anos. Porém, desses, apenas 10% precisam de tratamento. 

Os sinais e sintomas mais comuns da hiperplasia prostática benigna são: fluxo de urina fraco, dificuldade em começar a urinar, incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, sangue na urina e incontinência urinária.

O tratamento é à base de medicamentos que promovem o relaxamento da próstata. Caso o paciente não responda ao tratamento clínico, uma cirurgia pode ser recomendada. As cirurgias mais comuns são a ressecção transuretral da próstata, RTU, em que é feita uma raspagem no interior do órgão, ou a aplicação de laser para desobstruir a uretra. Esse segundo método tem a vantagem de ser menos invasivo e é realizado principalmente em homens que fazem uso de anticoagulantes. 

 

  • Prostatite

 

Como o próprio nome já indica, a prostatite é uma inflamação na próstata. Prosta (próstata) + tite (inflamação). A doença pode ser causada por bactérias originárias do trato urinário ou pela manipulação da próstata, como para a realização de biópsias.

Apesar de poder atingir homens de todas as idades, a prostatite é comum em homens jovens e de meia idade. Os sintomas variam dependendo da causa da prostatite e podem incluir: micção dolorosa, difícil ou frequente, sangue na urina, dor na região da virilha, reto, abdominal ou lombar, febre e calafrios, dor ao ejacular ou disfunção sexual. 

A escolha do melhor tratamento vai depender do grau da prostatite e também da origem do problema. Em caso de prostatites originadas por infecções bacterianas, o médico pode receitar antibióticos. Como tratamento coadjuvante, também podem ser prescritos anti-inflamatórios, para alívio da dor, e alfa-bloqueadores, que irão ajudar a relaxar a próstata e a bexiga, ajudando na micção. 

 

  • Estenose Uretral  

 

A estenose uretral é o estreitamento da uretra, tubo que transporta a urina da bexiga até o pênis durante a micção. Esse estreitamento pode ser causado por inflamações ou lesões na uretra, provenientes de tuberculose, infecções sexualmente transmissíveis ou colocação de sondas, por exemplo. 

Muitos homens com estenose relatam desconforto ao urinar, diminuição do fluxo urinário, várias idas ao banheiro, vontade de ir ao banheiro à noite, ardência ao urinar e gotejamento após urinar. O problema pode se desenvolver gradualmente, levando o homem a ter que “empurrar ou forçar” para a urina sair ou de repente, exigindo atendimento médico imediato.

Depois do diagnóstico da estenose uretral o paciente pode ser submetido a uma  uretrotomia, que  é quando o médico corta o tecido cicatricial para abrir a área de bloqueio ou a reconstrução da uretra. 

 

  • Bexiga Hiperativa

 

A bexiga hiperativa é um grupo de sintomas urinários onde há uma necessidade ou desejo súbito e descontrolado de urinar. Outro sintoma é a necessidade de urinar muitas vezes durante o dia e a noite ou, ainda, a sensação de que você “tem que ir” ao banheiro com urgência e várias vezes. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a bexiga hiperativa não é uma doença e sim um sintoma de algum outro problema. 

Em geral, a bexiga hiperativa aparece em homens com mais de 50 anos, sendo mais comum depois dos 75 anos devido a fatores fisiológicos provenientes do envelhecimento. Com o passar dos anos, a bexiga perde a capacidade de segurar a urina por conta do enfraquecimento da região pélvica. 

O tratamento inclui fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico e medicamentos. Em casos mais complexos o médico pode prescrever a aplicação de toxina botulínica, estimulação nervosa ou mesmo a cirurgia. 

Idas regulares ao médico, podem ajudar a prevenir ou descobrir precocemente essas e outras doenças urológicas, melhorando a resposta do organismo ao tratamento. 

Lifting de escroto: cirurgia oferece riscos para quem busca só tratamento estético

 

O lifting de escroto, nome popular da escrotoplastia, é um procedimento cirúrgico usado para reparar, tratar ou até criar um novo escroto.

 

O procedimento é indicado para tratar crianças que nasceram com defeitos congênitos, adultos com lesões ou má-formação e cirurgias para mudança de identidade sexual. No entanto, a cirurgia tem se tornado bastante popular principalmente em homens acima dos 50 anos, que buscam um padrão estético para o escroto, que com o envelhecimento tende a aumentar de tamanho e ficar mais flácido. 

 

Mas o que é o escroto e para que ele serve? No texto de hoje vou responder a essa e outras perguntas.

 

O que é o escroto e qual a sua função?

 

O escroto é uma das estruturas do sistema reprodutor masculino, semelhante a um saco, localizado logo abaixo do pênis. O escroto ajuda a proteger os testículos, que é responsável pela produção e armazenamento dos espermatozóides. 

 

A localização do escroto também é estratégica. Como ele está pendurado para fora do corpo, ajuda a manter o sêmem em uma temperatura mais baixa, criando condições ideais para a produção do esperma. 

 

Dentro da bolsa escrotal também se encontra o epidídimo, tubos localizados em cada um dos testículos, cuja função é mover os espermatozóides dos testículos e carregá-los para fora dele. Portanto, muito mais que proteger os testículos, o escroto também protege os tubos que liberam os espermatozóides durante a ejaculação. 

 

Ao longo do dia é comum tanto a forma quanto a textura do escroto sofrerem variações devido  a vários estímulos, como a excitação sexual, temperatura, atividades físicas etc. Por exemplo, é comum o escroto se contrair quando a temperaturas está mais baixa, durante o sexo ou quando se pratica algum exercício. Da mesma forma, quando o homem está mais relaxado, o escroto se alonga e fica “maior”. 

 

Com o passar dos anos, assim como outras partes do corpo, o escroto pode ficar mais flácido, o que gera incômodo em muitos homens, que recorrem ao lifting de escroto para melhorar o aspecto do mesmo, seja por insatisfação própria ou para agradar o parceiro(a).

 

Como é realizado o lifting de escroto? 

 

Como eu citei no começo deste texto, o lifting de escroto é uma recomendação médica para corrigir patologias congênitas, tanto em bebês quanto em adultos, lesões e para cirurgia de mudança de identidade sexual. 

 

O tipo de procedimento vai depender do tipo de reconstrução necessária. Em geral, após a anestesia, o cirurgião faz uma pequena incisão na base do pênis para remover o excesso de pele, que na sequência é cortada. Dependendo do caso, a pele de outra parte do corpo pode ser enxertada no escroto, como forma de reforçar a estrutura. Finalizada a cirurgia, o corte é fechado. Depois do procedimento, alguns cuidados são necessários e o médico pode também recomendar abstinência sexual, que gira em torno de três semanas para a recuperação do local. 

 

Riscos do lifting de escroto

 

Apesar de ser uma cirurgia simples, a escrotoplastia ou lifting de escroto traz riscos ao paciente, como sangramento e infecções, como qualquer outro procedimento médico. 

 

As principais complicações da cirurgia são: lesão do nervo, rejeição do tecido implantado, cicatrização difícil, gerando marcas no local operado, lesão no seu trato urinário, problemas durante a relação sexual. 

 

Por isso, caso você pense em fazer o lifting de escroto por razões puramente estéticas, avalie bem os riscos e complicações decorrentes da cirurgia e converse com o seu urologista se a cirurgia é realmente necessária. E lembre-se, não a aparência que irá definir sua masculinidade.

 

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