O câncer de bexiga é mais comum entre homens do que entre as mulheres. Porém, a taxa de sobrevivência, entre elas, é menor. De acordo com um relatório publicado pelo Instituto Nacional do Câncer, provavelmente, isso se deve ao fato de que elas estão recebendo o diagnóstico mais tarde.
Provavelmente, isso se deve ao fato de que elas estão recebendo o diagnóstico mais tarde. Por um lado, as pacientes demoram a reportar ao médico a presença de sangue na urina, principal sintoma da doença e que costuma ser interpretado como sangue menstrual, sangramento pós-menopausa ou mesmo como sintoma de uma infecção urinária comum.
Por outro, os médicos não tendem a suspeitar inicialmente do câncer de bexiga, já que esse tipo de tumor não está sequer entre as dez neoplasias mais comuns entre as mulheres. Na maioria dos casos, a mulher pode sair do consultório médico com uma receita para antibióticos.
Como esse sangramento não é acompanhado de dor e os episódios podem demorar semanas e até meses para ocorrer de novo, médico e paciente pensam que o medicamento funcionou, quando na realidade o tumor só ganhou mais tempo para se desenvolver e se espalhar.
Entretanto, vale ressaltar que a mulher pode ter câncer de bexiga e uma infecção urinária ao mesmo tempo. Se o sangramento persistir depois do tratamento com antibióticos, não deixe de procurar o médico e procure um urologista.
Fatores de risco para o câncer de bexiga em mulheres
Assim como nos homens, o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga é o tabagismo. Fumantes têm até três vezes mais chances de ter a doença do que não fumantes e aproximadamente 50% de todos os casos de paciente com câncer de bexiga estão relacionados ao cigarro.
Outro fator de risco importante é a exposição a determinados tipos de substâncias no trabalho. Para esse tipo de tumor, produtos químicos utilizados na indústria têxtil, couro, tintas e produtos de borracha e gráficas podem ser perigosos.
Fatores genéticos e histórico familiar também têm um papel importante no desenvolvimento do câncer de bexiga. Pessoas com mutações nos genes NAT e GST ou pessoas com parentes próximos que já tiveram a doença estão mais propensas a desenvolvê-la.
Como você pode ver, nem todos os fatores de risco estão sob controle da paciente, motivo pelo qual deve-se evitar acumular mais de um deles.
Sintomas da doença
O principal sintoma do câncer de bexiga em mulheres é o sangue na urina, que pode aparecer em pequena quantidade ou chegar a mudar a cor do líquido para rosa, laranja ou vermelho.
Inclusive, nem sempre o sangue presente na urina é visível a olho nu. A paciente pode achar que o sangramento desapareceu, mas ele só se tornou sutil o suficiente para não ser notado por ela no vaso sanitário, e somente um exame laboratorial poderá determinar se há ou não a presença de sangue na urina.
Outros sinais precoces do câncer de bexiga são a necessidade de urinar com mais frequência do que o normal, dor ou queimação ao urinar, vontade de ir ao banheiro mesmo depois de já ter ido ou dificuldades para urinar. Esses sintomas, naturalmente, não são exclusivos desse tipo de câncer e podem ser indicativos de infecções na bexiga ou trato urinário.
Depois que a doença já está avançada e se espalhou para outras partes do corpo, a mulher pode não conseguir urinar, perder o apetite, sentir dor na lombar ou nos ossos, cansaço excessivo e ter perda de peso não explicada.
Tratamento cirúrgico do câncer de bexiga em mulheres
Principalmente quando o tumor não está mais em estágios muito iniciais, a cirurgia é uma parte importante do tratamento da doença. Nesse procedimento, removemos a bexiga e, dependendo do caso, construiremos uma neobexiga. Também é possível fazer uma derivação urinária, em que a urina será drenada por meio de uma saída pelo abdômen da paciente.
Nesse sentido, uma das principais diferenças entre a cistectomia radical para homens e mulheres é que, quando as chances do câncer ter se espalhado são altas, também é necessário remover os ovários e parte da vagina. Isso pode trazer, inclusive, implicações em relação à fertilidade da mulher.
Tanto nos homens quanto nas mulheres, a cirurgia robótica tem sido uma excelente alternativa para passar por esse procedimento de maneira minimamente invasiva, o que significa mais precisão durante a cirurgia e recuperação mais rápida para o paciente.
Espero que o post de hoje tenha trazido informações importantes a respeito do câncer de bexiga em mulheres. Se você suspeita que pode ter a doença, busque ajuda médica, e se você está procurando tratamento cirúrgico, entre em contato com a minha equipe. Estou preparado para te ajudar a enfrentar o câncer.
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