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Conheça os principais sintomas do câncer de próstata e formas de prevenir a doença

Conheça os principais sintomas do câncer de próstata e formas de prevenir a doença

Esse é o segundo tipo de tumor mais frequente entre os homens, ficando atrás somente do câncer de pulmão. Infelizmente, ainda é comum que a doença só seja descoberta em estágios mais avançados e, por isso, é fundamental conhecer os principais sintomas do câncer de próstata e como preveni-lo. 

O que é câncer de próstata 

Mais frequente em homens a partir dos 40 anos, o tumor na próstata é uma neoplasia maligna, que costuma ser diagnosticada a partir dos exames de toque retal, de sangue e biópsia. 

Atualmente, já existem diversos tratamentos para a doença, entre elas a cirurgia de remoção de próstata (prostatectomia), que pode ser realizada tanto por via aberta quanto minimamente invasiva

Os principais sintomas do câncer de próstata 

A maioria dos sintomas do câncer de próstata também pode ser provocada por outras condições. Então, se você notar algum dos sintomas abaixo, não se desespere: procure um urologista para receber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. 

Os principais sintomas que indicam câncer de próstata são os seguintes:

  • Micção frequente
  • Jato urinário fraco ou interrompido
  • Vontade de urinar frequentemente à noite (nictúria)
  • Sangue na urina
  • Sangue no sêmen
  • Disfunção erétil.
  • Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos, em caso de metástase
  • Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.

Prevenção do câncer de próstata ainda é o melhor caminho 

Na maioria dos casos, o câncer de próstata se desenvolve lentamente, sem sequer ameaçar a vida do homem durante anos. 

Como a doença não costuma causar sintomas nesse estágio inicial, o rastreamento tem um papel fundamental na detecção precoce da doença, quando as chances de cura da doença podem ser superiores a 90%. 

Em algumas situações, inclusive, fazemos apenas uma vigilância ativa, para acompanhar o desenvolvimento da doença. 

Entretanto, uma pesquisa realizada em 2018 pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) apontou que 49% dos homens acima dos 45 anos nunca realizaram o exame de toque retal, fundamental para o diagnóstico da neoplasia. 

Eles costumam evitar a ida ao urologista e só procuram o médico quando identificam algum sintoma. O problema é que esperar o aparecimento dos sintomas significa, na maioria das vezes, deixar que o câncer evolua para estágios mais avançados, com tratamento mais difícil e menores chances de cura. 

Como prevenir o câncer de próstata na prática

A melhor forma de prevenir o câncer de próstata e outros tipos de tumor é levado uma vida saudável. Isso inclui uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, com pouca gordura de origem animal. 

A prática de atividade física regular também é fundamental, fazendo o controle do ganho de peso. 

Outros fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata são o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. A American Cancer Society recomenda não ingerir bebidas alcoólicas, mas, se forem beber, os homens não devem passar de duas doses diárias. 

Por fim, como falei, é importantíssimo que o homem faça o acompanhamento urológico a partir dos 40 anos de idade, quando o risco de desenvolver câncer de próstata aumenta significativamente. 

Entenda o que é o câncer de próstata resistente à castração

Entenda o que é o câncer de próstata resistente à castração

Nem todo câncer de próstata é igual. Além de diferenças devido ao estágio da doença, a resposta ao tratamento também define o tipo de tumor.

Um dos tratamentos mais comuns é a terapia hormonal, que tem como objetivo reduzir o nível de hormônios masculinos no corpo. 

Os andrógenos estimulam as células do tumor a crescerem e, portanto, diminuir o nível desses hormônios pode fazer com que os tumores diminuam de tamanho ou cresçam mais lentamente por um tempo. Entretanto, é importante ressaltar que a hormonioterapia não cura o câncer de próstata. 

Quando o câncer não responde a esse tipo de tratamento, é chamado de resistente à castração. 

Para quem a terapia hormonal é indicada

A terapia hormonal pode ser de diversos tipos e pode ser utilizada em diversas situações, como as seguintes:

  • O câncer de próstata já entrou em metástase. Portanto, o paciente não pode remover a glândula e nem passar por radioterapia.
  • O câncer entrou em recidiva após cirurgia ou radioterapia.
  • Em conjunto com a radioterapia como tratamento inicial, se o paciente tem alto risco de recidiva após o tratamento.
  • Antes da radioterapia, para tentar reduzir o tamanho do tumor e aumentar a eficácia do tratamento.

Porque alguns tumores se tornam resistentes à castração

É muito comum que tumores da próstata que inicialmente responderam muito bem à terapia hormonal voltem a aumentar de tamanho, mesmo com níveis muito baixos de andrógenos.

Isso pode acontecer por diversos motivos, como os seguintes:

  • As células tumorais estão produzindo mais moléculas receptoras de andrógenos
  • Houve uma mudança no gene do receptor de andrógenos, tornando-o mais ativo
  • Houve uma mudança na própria atividade das proteínas que controlam a função do receptor de andrógenos
  • O tumor aumentou de tamanho por outros mecanismos não relacionado ao receptor de andrógenos

No início de seu desenvolvimento, os tumores da próstata precisam de níveis relativamente altos de andrógenos para aumentar de tamanho. Entretanto, quanto mais a doença progride, maiores as chances de o câncer se tornar resistente à terapia hormonal. 

Caminhos do tratamento depois do diagnóstico

Geralmente, sabemos que o paciente tem um tumor resistente à castração quando os exames de sangue mostram níveis progressivamente altos de PSA e baixos níveis de testosterona. Quando isso acontece, a estratégia de tratamento deve mudar. 

O câncer de próstata resistente à castração representa, ainda, um desafio para a urologia. Entretanto, diversos tratamentos ainda estão disponíveis, de acordo com as condições e características clínicas de cada paciente. 

O mais recente avanço nesse sentido é a aprovação da darolutamida (Nubeqa®), um antiandrogênico oral que foi aprovado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo de 2020 e que já está em circulação no Brasil. 

Ele é utilizado no tratamento do câncer de próstata resistente à castração não metastático. Outros medicamentos bloqueadores androgênicos completos como apalutamida e enzalutamida também têm resultado positivo no tratamento desse tipo de tumor, mas com efeitos colaterais difíceis de manejar. 

Outras opções de tratamento incluem a inibição da síntese androgênica, imunoterapia, quimioterapia e radioterapia.

novas diretrizes para o tratamento do câncer de próstata

Saiba quais são as novas diretrizes para o tratamento do câncer de próstata avançado

A tomada de decisão a respeito dos melhores caminhos para o tratamento do câncer de próstata avançado é um tema constantemente debatido na urologia. 

Em junho de 2020, as entidades norte-americanas American Urological Association, American Society for Radiation Oncology, and Society of Urologic Oncology atualizaram as diretrizes de diagnóstico e tratamento desse tipo de tumor. 

Nos últimos anos, o panorama do câncer de próstata evoluiu muito devido às mudanças nos padrões de rastreamento pelo exame de PSA, bem como a aprovação de novos tipos de tratamento. Por esse motivo, foi necessário atualizar as recomendações no que diz respeito a doença. 

As novas diretrizes foram apresentadas durante a American Urological Association Virtual Experience 2020 e reúnem três declarações a respeito da avaliação e aconselhamento precoce:

  • Em pacientes com suspeita de câncer de próstata avançado e sem confirmação histológica anterior, os médicos devem obter diagnóstico tecidual a partir do tumor primário ou do local das metástases, quando for possível. 
  • Para pacientes com diagnóstico positivo de câncer de próstata avançado, o tratamento deve ser baseado em expectativa de vida, comorbidades, preferências de tratamento do paciente e características do tumor. 
  • O controle da dor e uso de paliativos deve ser oferecido sempre que possível.

Recorrência bioquímica sem doença metastática após esgotamento das opções de tratamento local

Os pacientes com recorrência de alterações no exame de PSA após o esgotamento de terapia local devem ser informados a respeito do risco do tumor entrar em metástase. Dependendo do caso, avaliações periódicas com exames de imagem e varredura óssea serão necessárias. 

Nesse sentido, se destaca o uso de tomografia computadorizada por emissão de prótons, um dos exames de imagem mais modernos em oncologia. 

Para esses pacientes, o tratamento mais indicado é a observação ou inscrição em ensaios clínicos, já que o bloqueio hormonal não deve ser iniciado rotineiramente, segundo especialistas. 

Câncer de próstata sensível ao hormônio metastático

Os médicos devem avaliar a extensão da metástase, utilizando imagens convencionais, e observando sintomas do espalhamento da doença no momento da apresentação. Isso irá orientar as discussões sobre o prognóstico e manejo da doença.

Além disso, eles devem obter os valores de PSA do paciente em intervalos de três a seis meses após o início do tratamento de bloqueio hormonal, bem como considerar exames de imagem periódicos. 

Independemente da idade e histórico familiar, o aconselhamento genético e testes de linha germinativa são indicados, segundo especialistas.

Nesses casos, a terapia de privação androgênica (ADT) deve ser oferecida de maneira contínua, em combinação com outras terapias, como a quimio, por exemplo. Para pacientes com baixo volume de metástase, a radioterapia primária pode ser uma opção, em combinação com o bloqueio hormonal. 

Câncer de Próstata Não Metastático Resistente à Castração

Nesses pacientes, os médicos devem obter medições seriais de PSA em intervalos de três a seis meses, bem como calcular o tempo de duplicação do PSA  a partir do desenvolvimento da resistência à castração.

Exames de imagem devem ser utilizados em intervalos de 6 a 12 meses para acompanhar o desenvolvimento de metástase. 

Em adição ao bloqueio hormonal contínuo, os médicos devem oferecer medicações como a  apalutamida, darolutamida ou enzalutamida.

Fora do contexto de um ensaio clínico, quimioterapia ou imunoterapia sistêmica não são indicadas a esses pacientes. 

Câncer de próstata metastático resistente à castração

A tomada de decisão sobre o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração deve ser feita de acordo com resultados laboratoriais de base, bem como revisão do local da doença metastática e os sintomas relacionados. 

Anualmente, será importante avaliar a extensão da metástase com exames de imagem convencionais ou de acordo com a falta de resposta à terapia. O aconselhamento genético também pode ser útil para estabelecer risco familiar e possíveis tratamentos direcionados.

Em pacientes recém-diagnosticados, o médico pode indicar bloqueio hormonal contínuo, associado a outras medicações. Já em pacientes que passaram por outros tipos de tratamento, a recomendação poderá variar. Recomendo consultar o documento na íntegra para saber todos os detalhes das novas diretrizes. 

Se você quer continuar se informando sobre as principais notícias no mundo da urologia, urocirurgia e uro-oncologia, me acompanhe no LinkedIn. Sempre compartilho novidades da área por lá! 

Câncer de próstata: Como escolher entre cirurgia e outros tratamentos

O câncer, por si só, é uma doença que afeta muito o psicológico das pessoas. Quando o assunto é um tumor na próstata, estamos em terreno ainda mais delicado. Além de lidar com a finitude da vida, o paciente tem sua sexualidade e intimidade abaladas, então é natural que ele fique confuso entre as várias possibilidades de tratamento.

No geral, o câncer de próstata pode ser tratado de diferentes formas, como por cirurgia, em que a próstata é removida; por radioterapia, em que radiações ionizantes são utilizadas para destruir ou diminuir o tumor; ou por HIFU, um ultrassom focalizado de alta intensidade. 

Há, também, casos em que não fazemos nenhum tipo de tratamento mas, sim, a chamada  vigilância ativa com exames periódicos.

Como cada caso é único, o médico vai definir, junto com o paciente, qual a melhor conduta  na busca da cura para a doença. Todos os métodos citados acima têm efetividade comprovada, quando bem indicados.

A radioterapia pode causar perda do controle das funções intestinais, além de ser realizada em sessões, num processo que pode levar um tempo relativamente longo. Depois desse tratamento, pode demorar alguns meses até que os exames mostrem, com certeza, que o câncer foi curado. Além disso, uma terapia hormonal pode se fazer necessária para complementar a radioterapia. 

A prostatectomia, por outro lado, oferece riscos como qualquer procedimento cirúrgico, como hemorragia, infecções e problemas com a anestesia. Apesar de algumas delas serem imprevisíveis, um cirurgião experiente e ambiente hospitalar preparado são grandes aliados para lidar com esses problemas.

Por outro lado, é importante ressaltar que principalmente graças à cirurgia robótica, as prostatectomias estão cada vez mais bem sucedidas em preservar os nervos responsáveis pela contenção da urina e manutenção da ereção, possíveis sequelas do tratamento do câncer de próstata. Além disso, com bastante paciência e acompanhamento médico adequado, a impotência pode ser reversível.

Outro ponto a ser levado em consideração é que enquanto a cirurgia oferece a possibilidade de remover completamente o câncer, as sessões de radioterapia buscam diminuí-lo cada vez mais, até que desapareça. Alguns homens se sentem desconfortáveis com a ideia de manter o tumor no corpo por esse período, e preferem removê-lo juntamente da próstata. 

Já o  HIFU, que tem apresentado resultados bastante positivos na cura dessa neoplasia, só pode ser utilizado em tumores de tamanho pequeno a intermediário. Então, apesar de bem-sucedido, tem aplicabilidade limitada. 

Cada caso é único e sempre defendo que essa deve ser uma decisão compartilhada, em que tanto o conhecimento técnico do médico quanto o desejo do paciente devem ser levados em conta. 

Também encorajo meus pacientes a conversarem com outros homens que passaram pelo diagnóstico de câncer de próstata, ou pelo menos realizar uma extensa pesquisa para tomar essa decisão com mais segurança

Imagens de cartelas de comprimidos

Novo medicamento para tratamento do câncer de próstata: Darolutamida


Dentro dos próximos meses os pacientes brasileiros terão mais uma opção de medicamento para câncer de próstata não metastático. Trata-se da darolutamida (Nubeqa®), um antiandrogênico oral que foi aprovado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo de 2020 e que deve começar a circular em breve.

A medicação é uma inibidora do hormônio androgênio e é indicada no tratamento de câncer de próstata que ainda não entrou em metástase e permanece resistente à terapia de privação hormonal.

Esse tipo de câncer continua progredindo apesar do tratamento, e os medicamentos antiandrogênicos buscam reduzir o nível dos hormônios que estimulam as células cancerígenas.

Agindo como um inibidor do receptor de androgênio, a darolutamida vai impedir que o hormônio seja recebido pelas células do câncer de próstata, retardando que cresçam e se espalhem pelo organismo.

Para a comunidade de especialistas, o momento conhecido como fase de resistência à castração não-metastática sempre foi um desafio tanto do ponto de vista diagnóstico quanto pela falta de tratamentos eficazes.

Medicamentos antiandrogênicos como a apalutamida e enzalutamida, que já estão no mercado brasileiro há dois anos, costumam apresentar resultados também positivos no tratamento desse tipo de câncer de próstata, mas com efeitos colaterais por penetrarem o Sistema Nervoso Central.

Nesse momento o paciente ainda não apresenta sintomas, então o objetivo da medicação antiandrogênica é justamente impedir que o câncer se espalhe e limitar os efeitos colaterais para que o médico tenha mais flexibilidade no tratamento.

Em relação à outros medicamentos de função similar, a darolutamida apresenta resultados muito positivos para atrasar com menor toxicidade a propagação do câncer, ou seja, gerando mais qualidade de vida para o paciente.

O câncer de próstata é o quarto mais comum em todo o mundo e o segundo mais frequente entre os homens. Dos pacientes com câncer do tipo resistente à castração, um terço entra em metástase em dois anos.

Com a aprovação da Anvisa, o Brasil é o segundo país do mundo a aderir à terapia com darolutamina, oferecendo mais uma possibilidade para ser discutida entre médico e paciente, possibilitando escolher o melhor tratamento a se seguir.

Dia Nacional de Combate ao Câncer #NovembroAzul

Além de estarmos em pleno mês mundial de combate ao câncer de próstata, é lembrado hoje o Dia Nacional de Combate ao Câncer, reforçando ainda mais os esforços dos médicos e dos órgãos de saúde em conscientizar a população à respeito da importância da prevenção. 

No caso do câncer de próstata, a chance de cura pode chegar até 90% se a doença for diagnosticada precocemente. Mas, melhor e mais seguro que é isso, é fugir completamente dela:

– Não fume

O cigarro carrega cerca de 4720 substâncias, sendo mais de 400 delas altamente cancerígenas. Segundo estatísticas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo é a principal causa de câncer evitável no mundo, estando por trás de grande parte dos cânceres de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero e leucemia.

– Não abuse de bebidas alcoólicas

Além de potencializar os efeitos do tabaco, o álcool aumenta a chance de desenvolvimento de alguns tumores, como intestino, esôfago e fígado. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, 18 gramas (aproximadamente duas doses) de álcool por dia são suficientes para aumentar significantemente o risco de desenvolver câncer de mama. Com o consumo de 50 gramas diárias, o risco aumenta em 50%. Outro estudo, realizado pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center, descobriu que as mesmas 50 gramas, em homens, dobram as chances de desenvolver câncer de próstata.

– Mantenha hábitos de sexo seguro

Hoje, sabe-se que o papiloma vírus humano (HPV) – doença sexualmente transmissível – é o principal responsável por alguns tipos de câncer como o câncer do colo do útero, vulva, pênis e orofaringe (garganta). Por isso, a importância de praticar sexo seguro e sempre com o uso da camisinha – até mesmo para o sexo oral.

– Coma frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas

Dietas pobres em nutrientes podem aumentar o risco de ao menos seis tipos de câncer, como boca, estômago e intestino. Alimentar-se bem, com comidas saudáveis e uma dieta equilibrada, também ajuda a manter um peso saudável, o que é imprescindível já que o sobrepeso e a obesidade são dois dos principais fatores de risco para câncer. 

– Evite o consumo de alimentos ricos em sódio e conservantes

Os alimentos processados – o que incluem enlatados e embutidos como mortadela, presunto, salame, mortadela, bacon e salsicha -, são ricos em uma substância chamada nitrosamina, que é cancerígena. Por isso, é importante que esse tipo de alimento seja evitado ao máximo, assim como fast foods que, em geral, são ricos em processados.

– Pratique atividades físicas todos os dias

A prática de atividades físicas promove um bem geral ao organismo e também protege contra o câncer, diminuindo a circulação das citocinas pró-inflamatórias no organismo. A recomendação é de que o exercício tenha duração mínima de 30 minutos.

– Mantenha-se atento à sua saúde

O corpo dá sinais quando algo não está certo. Isso também vale para casos de câncer. É importante que se preste atenção, pois só assim é possível notar a presença de algum caroço estranho, uma íngua, mancha na pele ou outro sinal. É importante realizar todos os exames de diagnóstico precoce indicados pelo seu médico.

Agora que você já sabe o que fazer, é só começar. 

3 coisas que você precisa saber sobre esta notícia

Um estudo publicado ontem no periódico científico The Lancet e apresentado no Congresso da European Society of Cardiology mostrou que o câncer é a principal causa de morte nos países ricos, ultrapassando as doenças cardiovasculares – que são a principal causa de mortalidade entre os adultos em todo o mundo.

Esse resultado é um alerta porque, se as tendências atuais persistirem, dentro de poucas décadas, o câncer poderá se tornar a maior causa de mortes em todo o planeta, especialmente se considerarmos que as taxas de doenças cardíacas estão diminuindo em escala global.

E quem afirma isso são os próprios pesquisadores. Segundo os autores do estudo, que são da Universidade Laval de Quebec, no Canadá, essas são evidências de uma nova “transição epidemiológica” global entre diferentes tipos de doenças crônicas.

Dentro dessa realidade, acho importante ponderar três pontos:

  • A expectativa de vida da população tem aumentado muito na maior parte do mundo, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1950, por exemplo, a expectativa de vida média global ao nascer era de apenas 46 anos. Em 2015, cresceu para mais de 71. E sabemos que, infelizmente, o risco de desenvolver doenças como o câncer, aumenta com a longevidade.

O fato de o organismo estar permanentemente dividindo suas próprias células já é um fator de risco para o idoso. Isso porque, durante esse processo, é comum que ocorram alterações no material genético que, em condições normais, são corrigidas e eliminadas pelo sistema imunológico. No entanto, nos idosos, isso nem sempre ocorre de forma ideal, o que contribui para o crescimento excessivo e desordenado das células, quadro que leva ao aparecimento do câncer.

Portanto, com o aumento da idade da população, aumenta também o número de diagnósticos dessa doença. E isso nos leva para o segundo ponto.

  • Os diagnósticos estão cada vez melhores, mais precisos e acessíveis e, com isso, as pessoas estão fazendo mais os exames de rotina como a mamografia, o exame de toque retal e a colonoscopia, por exemplo. Até certo tempo atrás, muitas pessoas faleciam antes de descobrirem a causa. Hoje, com o aumento da procura e da realização de exames de diagnóstico, o número de casos registrados também aumenta, consequentemente.
  • O terceiro ponto que eu gostaria de destacar é sobre a queda do número de mortes relacionadas a fatores de risco como obesidade, tabagismo, falta de atividade física. Nos países ricos, as populações estão cada vez mais conscientes da necessidade de melhorar esses hábitos e eles estão totalmente relacionados à doenças cardiovasculares. Essa, portanto, é uma explicação para sua queda. 

De acordo com a pesquisa, habitantes de países pobres têm 2,5 vezes mais possibilidades de morrer vítimas de doenças do coração do que os moradores das nações mais ricas.

Esse fato mostra e prova como é importante insistirmos na conscientização da população sobre a importância de se manter um estilo de vida saudável. As descobertas sugerem que taxas mais altas de óbitos por doenças cardíacas em países de baixa renda podem ser principalmente devido a uma menor qualidade dos cuidados de saúde.

Lembrando que os problemas cardiovasculares estão muito relacionados a fatores como obesidade, colesterol elevado, diabetes… Tudo o que a combinação má alimentação + sedentarismo pode causar (além do tabagismo, claro).

Toda essa questão tem sido mais trabalhada em certas nações. Com políticas públicas de promoção à saúde e uma população bem orientada e educada, a incidência de casos tendem a sofrer um certo impacto.

Algumas medidas que fazem muita diferença é a cobrança de impostos especiais sobre consumo de tabaco e álcool, legislações que impeçam o fumo em ambientes fechados de trabalho e locais públicos, campanhas para reduzir os níveis de sal e gorduras trans nas comidas e programas de conscientização pública sobre como melhorar a dieta e aumentar a atividade física.

Teste em urina detecta câncer de próstata 5 anos antes de ele aparecer

Um grupo de cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), em Norwich, Reino Unido, desenvolveu um teste simples de urina que consegue revelar se homens terão câncer de próstata cinco anos antes do aparecimento da doença. E o mais interessante: sem que eles precisem passar por biópsias.

Segundo os pesquisadores, o Prostate Urine Risk (PUR) é tão sensível quanto os métodos atuais e consegue identificar, inclusive, o nível de agressividade da doença e em que ponto os homens precisarão de tratamento.

O estudo para o desenvolvimento do teste envolveu 537 homens e identificou 35 genes diferentes que eram marcadores de risco para o câncer, prevendo se os indivíduos teriam que realizar mais exames ou se eles precisariam se submeter a algum tipo de tratamento.

De acordo com o principal autor do estudo, Shea Connell, da Norwich Medical School da UEA, o objetivo do teste é reduzir, enormemente, a chance de os homens passarem por biópsias desnecessárias, o que realmente seria muito bom.

E, apesar de a indicação do PUR ser para homens com suspeita de câncer de próstata, ele também poderia ser usado para pessoas já diagnosticadas com câncer de baixo risco, para monitorar quando elas vão precisar de tratamento dentro desses cinco anos.

A expectativa dos cientistas é que o teste esteja disponível para o público dentro de três anos. 

Se tudo isso se comprovar e o Prostate Urine Risk passar nas exigências das agências reguladoras, um grande número de homens poderia evitar uma biópsia inicial desnecessária, e o acompanhamento repetido e invasivo de pacientes com doença de baixo risco poderia ser drasticamente reduzido. Portanto, fiquemos na torcida! 

Novas opções de tratamento aumentam sobrevida de pacientes com câncer de próstata

Quando o câncer de próstata chega no seu estado mais grave, há poucas opções terapêuticas a serem exploradas e essa é a razão pela qual insistimos no diagnóstico precoce.

Mas temos uma boa notícia para pacientes em estágios mais avançados da doença: de acordo com recentes estudos, a combinação entre medicamentos antitumorais e a terapia hormonal pode aumentar a vida de pacientes em estágio avançado e reduzir a progressão da doença.

Dois estudos apresentados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia (Asco), maior evento mundial de oncologia, que aconteceu no início deste mês nos Estados Unidos, chegaram a esse resultado: o TITAN e o ENZAMET.

O TITAN avaliou a eficácia e a segurança da apalutamida, uma molécula pertencente a uma classe de medicamentos que inibem a função normal dos hormônios masculinos, como a testosterona (que alimenta e faz crescer o câncer de próstata).

Para chegar ao resultado, o estudo contou com a participação de 230 instituições em todo o mundo e mais de mil pacientes, todos com câncer de próstata metastático e, em média, 68 anos de idade.

Eles foram divididos em grupos: o primeiro recebeu a terapia hormonal junto com o medicamento apalutamida e, o outro, um placebo combinado com a terapia hormonal. Após 24 meses de tratamento, a intervenção combinada com a droga gerou uma redução de 33% no risco de morte e uma queda de 58% na chance de progressão da doença.

Com base nesses dados, a expectativa agora é que a apalutamida obtenha a aprovação da agência reguladora dos Estados Unidos para ser utilizada no câncer de próstata avançado já nos próximos meses.

Já o segundo estudo, chamado ENZAMET, foi o responsável por mostrar a efetividade do bloqueador hormonal enzalutamida. Os cientistas recrutaram 1.125 homens, divididos conforme o tratamento experimental.

O primeiro grupo recebeu o medicamento enzalutamida. O segundo, apenas outros remédios antitumorais. Os participantes também foram subdivididos quanto ao uso combinado ou não da droga odocetaxel, que é um remédio quimioterápico.

Dos 596 homens com tumores maiores e mais graves, 71% dos que receberam enzalutamida continuavam vivos após três anos de estudo. Entre os que receberam outros medicamentos esse número foi de 64%. E, entre os homens que receberam enzalutamida sem docetaxel, 83% estavam vivos, versus 70% do grupo controle.

Agora, os resultados do trabalho serão compilados com os de ensaios similares para que os pesquisadores tenham um conjunto de dados que inclua mais de 10 mil homens. Com esse grande agrupamento de informações, eles esperam poder fazer extensas comparações entre medicamentos e, assim, determinar quais grupos específicos de homens poderão se beneficiar com cada tipo de estratégia de tratamento.

Esse novo uso de drogas já conhecidas é muito animador e reforça a percepção de que, nem sempre, os avanços em termos de benefícios aos pacientes dependem exclusivamente do desenvolvimento de drogas inéditas. Vamos aguardar atentos aos desdobramentos desses estudos e torcer para que ele ofereçam, de fato, um novo caminho para todos nós.

Testículos: Já fez seu autoexame hoje?

Felizmente, não estamos falando de uma doença muito frequente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer testicular representa cerca de 5% de todos os tumores que afetam os homens no Brasil. Falar sobre esse assunto, no entanto, é muito importante por vários motivos.

✔O primeiro deles é que a doença atinge majoritariamente  jovens em idade produtiva – segundo o INCA, rapazes na faixa dos 20 aos 40 anos.

✔O carcinoma é também um dos poucos que partem do princípio de cura e não de sobrevida. Conforme demonstra a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a chances de cura chegam a 95%, mesmo com metástase instalada.

✔Temos ainda o fato de que, embora rara, a incidência da enfermidade tem aumentado nos últimos anos. Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute mostrou que, de 1988 a 2008, a prevalência passou de 3,7 casos por 100 mil americanos para 5,4 por 100 mil (as causas do fenômeno ainda não são claras).

✔Trata-se, por fim, de uma neoplasia cujos sintomas podem ser detectadas por meio do autoexame – o que ajuda muito no diagnóstico precoce, situação desejável em qualquer tipo de câncer.

No post de hoje, portanto, minha intenção é ajudar você a entender melhor esse tema, além de ensiná-lo a examinar sua genitália.

O que é como se manifesta o câncer testicular?

Eu sei que você sabe, mas não custa relembrar: testículos são estruturas localizadas dentro da bolsa escrotal. Sua principal função é produzir espermatozóides e testosterona, o hormônio sexual masculino.

O câncer nessa região pode pertencer a dois grandes tipos: germinativo não seminomatoso, de caráter mais agressivo, e o tumor germinativo seminomatoso, de crescimento mais lento. Há ainda uma terceira variedade bem mais rara, constituída por linfomas, sarcomas e pelo tumor de Sertoli e Leydig.

As causas da doenças ainda são um tanto misteriosas para a ciência. Sabe-se, porém, que alguns fatores de risco podem estar associados ao seu aparecimento. O mais comum é a criptorquidia, isto é, a permanência do testículo fora da bolsa escrotal depois do nascimento. Outros elementos relacionados são algumas síndromes genéticas raras, traumas crônicos, infecção por HIV e história da doença no passado. Alguns estudos mostram risco ligeiramente maior em pessoas com histórico familiar de câncer de testículo.


O tumor é normalmente sentido na forma de nódulo ou massa rígida, que cresce e fica perceptível ao ver ou apalpar o saco escrotal (frequentemente, do lado direito) e seus arredores. Pouquíssimos pacientes apresentam dor aguda nos testículos – geralmente provocada por hemorragia interna nesse órgão. Dor nas costas, tosse, edema indicam metástases decorrentes do avanço da doença.

Autoexame e diagnóstico

Embora a presença do tumor testicular nem sempre seja sempre perceptível, o ideal é que os homens realizem mensalmente o autoexame da genitália, a fim de detectar os sintomas da doença. Simples, o procedimento não costuma levar mais que cinco minutos. Para fazê-lo, basta ficar de pé, em frente ao espelho e procurar por alterações visíveis na região. Depois, é preciso examinar cada testículo com as mãos e os dedos, bem como identificar o epidídimo – canal pelo qual o transporte do esperma acontece – para diferenciá-lo de nódulos. Ao fim do post tem um passo a passo bem detalhado sobre o método 😉

Qualquer alteração deve ser relatada ao seu médico. No consultório, o protocolo é a realização do exame físico, seguido de solicitação de exames. O mais importante é a ultrassonografia, que, além de revelar a existência do tumor (muitas vezes, em  estágio não não palpável), aponta sua relação com os órgãos vizinhos.

Testes laboratoriais também estão no pacote, sobretudo os que avaliam marcadores tumorais como Beta HCG, DHL, e alfa-fetoproteína. A tomografia pélvica e do abdômen e os raios X são comumente solicitados no pré-e pós operatório.

Tratamento

O tratamento do câncer de testículo é, principalmente, cirúrgico. O que o cirurgião faz é retirar o testículo afetado, substituindo-o por uma prótese de silicone. Desde que um dos órgãos seja preservado, a operação não afeta permanentemente a fertilidade, tampouco a sexualidade.

Em alguns ocasiões – bem mais raras, por sinal – há necessidade de remoção dos dois testículos. A capacidade de ter filhos, nesse caso, pode se garantida através do congelamento do esperma. Já para manter a normalidade da função sexual, o paciente passa a fazer reposição de testosterona sob orientação médica.

A presença ou não de metástases determinará a necessidade de tratamentos adjuvantes como radioterapia e quimioterapia. A literatura médica recomenda que, mesmo nos casos de infertilidade temporária, a pessoa só tenha filhos dois anos após o término do tratamento quimioterápico.

Passo a passo do autoexame dos testículos

Como fazer

  • De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto relevo na pele do escroto.
  • Examine cada testículo com as duas mãos. Posicione-o entre os dedos indicador, médio e polegar e movimente-o. Você não deve sentir dor. Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior que o outro — é normal.
  • Procure o epidídimo — pequeno canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma. Isso é importante para se familiarizar com tal estrutura e não confundi-la como uma massa suspeita.

O que procurar

  • Qualquer alteração no tamanho dos testículos
  • Sensação de peso no escroto
  • Dor no abdômen inferior, na virilha, nos testículos ou no escroto
  • Líquido que sai do escroto.

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