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5 tecnologias que estão revolucionando a cirurgia: Treinamento de cirurgiões com Realidade Virtual

Você já pensou em como os futuros médicos cirurgiões poderiam treinar suas técnicas de forma totalmente segura, ainda que algum erro seja cometido durante a cirurgia?


O mercado tecnológico sim, e a solução para isso é a realidade virtual (Virtual Reality – VR, em inglês). Uma tecnologia utilizada nos videogames e que agora permite, tanto a residentes quanto a cirurgiões mais experientes, o desenvolvimento de suas habilidades em ambientes que se aproximam muito dos reais. 


Como funciona

A aparelhagem (geralmente composta por um notebook, óculos de realidade virtual e controles ou luvas) permite que o médico simule uma cirurgia, desde a entrada no centro cirúrgico, passando pela execução da intervenção, até o momento de finalização do procedimento, que é previamente selecionado para o teste. Algumas plataformas oferecem, inclusive, a simulação de eventuais complicações.

Para isso, os simuladores utilizam aspectos chave como o realismo visual, realismo fisiológico e estímulo háptico (sensação do tato). Ao iniciar o treinamento, o médico tem a oportunidade de experimentar a sensação de pegar os instrumentos, encaixar e desencaixar peças acessórias e realizar a cirurgia em um paciente virtual, que tem suas funções vitais monitoradas por aparelhos como se estivesse em um centro cirúrgico real.

Feedback

Como ferramenta de aprendizagem, os sistemas contam com uma avaliação crítica e um feedback de tudo o que é feito nos testes. Geralmente, os programas classificam o desempenho de cada um com base no tempo, na precisão e em outras métricas nas quais os cirurgiões são comumente avaliados. Assim, o profissional pode aprimorar ainda mais suas habilidades, diminuindo o tempo de uma cirurgia e facilitando o pós-operatório dos pacientes.

Uma inovação necessária

Várias empresas já disponibilizam a tecnologia para diferentes especialidades, e ela já está em uso aqui no Brasil em estados como São Paulo e Pernambuco. A expectativa dos especialistas é que, em até 10 anos, haja uma implementação efetiva da inteligência artificial e da realidade virtual no campo da medicina não só aqui, mas em todo o mundo.

E isso é muito necessário: estudos internacionais apresentados pelo Johnson & Johson Institute mostraram que há cinco bilhões de pessoas no mundo sem acesso a cuidados cirúrgicos. Os relatórios revelaram ainda que médicos cirurgiões não qualificados geram três vezes mais complicações e cinco vezes mais mortalidade nas cirurgias frente a cirurgiões qualificados.

Sem dúvidas, o futuro caminha para o uso do máximo apoio da tecnologia na área médica, principalmente na cirúrgica. Entretanto, nunca é demais lembrar que isso não significa a substituição do contato interpessoal entre nós e o paciente. O papel do médico é, e sempre será, fundamental em qualquer tipo de tratamento.

#10yearschallenge da medicina urológica

A última sensação da internet é o chamado desafio dos 10 anos, que tomou as redes sociais em que as pessoas postam uma sequência de duas fotos:uma mais antiga, de 2009, e outra mais recente, de 2019.

 

A brincadeira me lembrou como a medicina evoluiu absurdamente em 10 anos, especialmente na área da urologia. Com presença cada vez mais forte da tecnologia, os diagnósticos foram aperfeiçoados e o tratamentos trazem grande esperança para quem convive com doenças que, antes, eram vistas quase como sentenças de morte.

 

Mais do que nunca, remédios que atuam por diferentes mecanismos trazem grande esperança para quem convive com doenças que, antes, eram vistas como sentenças de morte.

 

Outra grande mudança nesse contexto foi a compreensão de que o paciente deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar. O envolvimento de profissionais como urologista, oncologista, fisioterapeuta e radioterapeuta permite uma discussão mais ampla dos casos e possibilita compreender e tratar o paciente de forma integral e integrada.

 

Hoje, podemos contar com exames mais precisos e procedimentos avançados que, além de curar, proporcionam menos ou quase nenhuma sequela ao paciente, diminuindo não apenas as estatísticas de óbitos, mas o caráter assustador de certas enfermidades.

 

É o caso das cirurgias minimamente invasivas, especialmente a cirurgia robótica. Essa tecnologia foi criada nos Estados Unidos e, desde o ano 2000, o robô cirúrgico da Vinci tornou-se o mais utilizado em cirurgias laparoscópicas por lá. Tanto que 95% das cirurgias de câncer de próstata realizadas no país são realizada pela plataforma robótica. No Brasil contudo, ela está presente há apenas dez anos, e conquistando espaço ano a ano.

 

Em Belo Horizonte, há atualmente três plataformas em ação, e a previsão é que cheguem mais para para consolidar de vez a nossa presença nesta seara e, possivelmente, elevar o estado à mesma posição dianteira que sempre ocupou no que diz respeito à oferta dos melhores tratamentos em urologia.

 

Olhando para trás e vendo o que temos hoje, fica claro que a cirurgia robótica é, com certeza, o maior e mais importante avanço que tivemos na urologia, tanto para os pacientes quanto para os médicos, que agora podem realizar intervenções muito mais complexas e desafiadoras com muito mais segurança e precisão.

 

A inovação deu aos cirurgiões e às equipes certas capacidades que vão além do que é naturalmente humano. E isso só tende a se expandir ainda mais, principalmente levando em conta as inúmeras possibilidades que a convergência de tecnologias carregam, como computação, inteligência artificial e sensores.

 

Lembrando que uma forma como a indústria de tecnologia constrói valor é democratizando-a, reduzindo seu custo e permitindo que ela atinja bilhões de pessoas. Portanto, a acessibilidade ao que já temos será ampliada e a medicina avançará mais nos próximos 10 anos do que avançou nos últimos 100.

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