Já são 11 anos desde que a primeira cirurgia robótica foi realizada no Brasil. A tecnologia tão revolucionária, especialmente para a urologia, foi ao país pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Naquela época, tínhamos apenas dois sistemas robóticos no país, havia poucos cirurgiões brasileiros treinados e a cirurgia era acessível somente a uma pequena parcela da população.

Hoje, já há plataformas disponíveis em todas as regiões do país. Nos últimos cinco anos, o número de cirurgias robóticas cresceu 500%, tornando-se mais disponível e acessível a um número maior de pessoas.

Mas pode melhorar, e muito. Atualmente, a cirurgia robótica ainda não consta na lista de procedimentos da ANS e, por isso, ainda existe a necessidade de o paciente complementar com parte do custo (que já foi bem maior) para pagar materiais e equipe.

Agora, mais do que nunca, vislumbramos um futuro bastante animador em relação ao uso da tecnologia na urologia.

O números não param de crescer:

  • Mundialmente, as principais cirurgias realizadas com o uso do robô são as urológicas, representando 60% do total (seguida pelas cirurgias gerais e ginecológicas);
  • Nos Estados Unidos, onde os robôs cirúrgicos são amplamente disponíveis, mais de 90% das cirurgias para o tratamento do câncer de próstata são realizados utilizando a técnica robótica;
  • E, atualmente, todas as cirurgias abdominais em urologia, que eram comumente realizadas por via aberta, já podem ser feitas por robótica.

Os avanços são cada vez mais positivos, principalmente para casos de câncer de próstata. Afinal, a plataforma permite realizar cirurgias altamente precisas em regiões mais profundas ou de difícil acesso pelos métodos convencional ou laparoscópico.

E com a transformação digital que já estamos vivenciando, espera-se que, em breve, aplicativos similares aos de rotas sejam utilizados na cirurgia robótica, funcionando como uma espécie de navegador que mostrará, ao cirurgião, quais os melhores caminhos para o procedimento. E este é só um exemplo do que está sendo desenvolvido por aí.

Mas além dessas novidades, o que esperamos mesmo para o futuro é que haja um custo mais baixo dos aparelhos e dos insumos utilizados, um maior número de médicos treinados no nosso próprio país prontos para operar o sistema, e um maior número de sistemas nos nossos hospitais, para que possamos beneficiar, universalmente, toda a nossa população.